quinta-feira, 7 de abril de 2016

VEREADOR RAFAEL PURGATO DEFENDE A DEMOCRACIA NA CÂMARA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ


Uma ordem que tem o dever de representar um conjunto de advogados e o dever de zelar pela democracia e pela legalidade não poderia estar apoiando um processo de impeachment como esse que está sendo construído”. Fala do vereador Rafael Purgato (PCdoB) em sessão da Câmara nesta terça-feira a favor da democracia.

A discussão de extensa repercussão nacional chegou nessa terça-feira, 5 à Sessão da Câmara Municipal de Jundiaí, devido a uma moção apresentada pelo presidente da Casa Marcelo Gastaldo a pedido da 33ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Jundiaí (OAB) a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Ao explicar seu posicionamento, o vereador Rafael Purgato falou sobre a luta do seu partido pela democracia. “Sou do PCdoB, um partido que em todos os momentos da história recente do país em que teve uma quebra da ordem institucional lutou pela democracia, um partido que foi perseguido, massacrado mas sempre se manteve firme em seu posicionamento e minha fala hoje aqui segue essa mesma linha”.

Para o vereador, a OAB Jundiaí cometeu um equívoco ao apresentar a moção na Casa sobre um processo de impeachment que não tem base jurídica. “Essa nova direção eleita da OAB foi colocada sob judice e o presidente eleito Bressan falou que era importante respeitar a eleição, a escolha dos advogados, agora apresenta essa moção que não se respeita o voto popular em um processo sem fundamentação jurídica. Ele teve apoio na eleição de advogados da corrente popular que gostariam de uma OAB diferente, mais democrática, não é isso que vemos agora”, alegou.

Mesma opinião compartilhada pelo advogado Thiago Santos, para ele a OAB Jundiaí atropela a legalidade e atua de mãos dadas com a arbitrariedade ao apoiar um pedido eminentemente político sem preencher requisitos legais. “Os representantes da Ordem dos Advogados do Brasil devem ser incansáveis defensores da legalidade, democracia e justiça social, e deveriam ter apreendido com o grave erro cometido em 64. A OAB Jundiaí sequer consultou seus membros ou tomaram o cuidado em deixar claro, que tal opinião, não é unanimidade entre a classe”, afirmou.

De acordo com o vereador, o processo de impeachment é um golpe contra a democracia, pois não há sequer uma prova contra a presidenta diferente de muitos que a acusam. “Temos que respeitar a democracia ela foi eleita e até agora não conseguiu governar, o governo pode ser bem ou mal avaliado, as pessoas gostarem ou não, isso faz parte do processo democrático, agora não podemos tirar um presidente sem prova nenhuma de irregularidades”.

Purgato complementa ao afirmar que o impeachment é uma manobra da oposição para assumir o poder e barrar as investigações da Lava Jato. “Torcemos que as investigações da Lava Jato vá ate as últimas consequências, a lista da Odebreacht tem mais de 24 partidos, tem agora o escândalo das empresas offshore, a presidente não apareceu em nenhuma dessas listas, agora querem tirá-la do poder para parar as investigações, não podemos permitir isso”.

O vereador foi enfático ao falar sobre o vice Michel Temer que entrará para história como um grande golpista dessa nação.”Ele foi eleito para ser vice-presidente, se ele quer virar presidente ele precisa ganhar a eleição. É isso que queremos para o país? Ter Michel Temer e Cunha governando o Brasil?”, questionou.

Confira o vídeo do discurso na Câmara do vereador: 
http://vermelho.org.br/noticia/278901-39

Texto: Eliane Silva Pinto
Foto: Ana Cristina Cavalcante

Um comentário:

  1. No Governo da presidente Dilma como em todos os Governos, ha evidentemente as maçãs podres, pessoas que se aproveitaram da confiança para obter vantagens e se enriquecer levianamente, porém também existem pessoas boas e sérias no governo, pessoas que se dedicam ao seu trabalho e para o bem dos brasileiros. Essas pessoas são maioria. E assim, como separar o joio do trigo, tambem ha a necessidade de se punir os aproveitadores. Devemos, como cidadãos apesar de ser chato, acompanhar com atenção o desenrolar dessa trama toda ai, pois talvez depois dessa tempestade, dependendo do resultado, termos de enfrentar o furacão. Ninguém, em sa consciência vai admitir Cunha Presidente!

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