sábado, 16 de abril de 2016

JUNDIAÍ CONTRA O GOLPE


Nesta sexta-feira, 15 a cidade de Jundiaí conheceu a união o povo da esquerda pela democracia, um ato realizado na Praça Erazê Martinho, praça Ponte Torta, mostrou que Jundiaí não tem apenas um lado, também tem o lado de pessoas que acreditam nos avanços obtidos com o governo de esquerda e lutaram até o fim para não permitir que haja retrocesso, que não tenha o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Por volta das cinco horas dezenas de pessoas deram vida a recém inaugurada praça Erazê Martinho, o local como muitos falaram não poderia ser outro, Erazê Martinho foi vereador do PT e um aguerrido lutador pelos direitos sociais.

Com cartazes, faixas e bandeiras dos movimentos sociais e políticos, a praça representou o sentimento de todos ali presentes. “Lutar até o fim”. O ato foi organizado pela Frente Brasil Popular de Jundiaí e Região formada por mais de 30 movimentos sociais, culturais, entidades políticas e sindicais.

Em sua fala o vereador Rafael Purgato (PCdoB) reiterou o apoio e a luta do PCdoB para não permitir o golpe no país. “O PCdoB é um partido de muitas lutas e nessa defenderemos o governo até o fim, não é possível essa manobra para tirar uma presidente eleita pelo voto do povo, dá vergonha de ver esse complô desses políticos e da grande mídia a favor do golpe, somos muitos e vamos resistir até o final”, enfatizou.


O advogado Anderson Leriano foi enfático ao afirmar o incômodo de muitos ao ver o filho da empregada sentado no banco de faculdade. “Quando decidi fazer faculdade acharam uma loucura como ‘pode o filho de uma empregada ser doutor?’, hoje sou formado e sou doutor, graças aos governos de Lula e Dilma”.

Para a representante da ONG Aliados Rose Gouveia muitos dos defensores do impeachment são contra o movimento LGBTQ++. “Esses conservadores defensores do golpe não nos querem por perto, se o golpe passar vamos voltar aos guetos, os avanços obtidos até agora não teremos mais, a primeira medida que farão é retirar a lei que permite o casamento homoafetivo”, afirma ao citar os diversos deputados da oposição, como Bolsonaro e Feliciano que não poupam ofensas em seus discursos ao movimento.


O movimento Hip Hop também estava representado no ato, Ricardo Kadinho citou a luta do movimento Hip Hop há anos para as periferias terem voz e seus direitos. “O movimento Hip Hop salvou muita gente, deu oportunidade para muitos e está unida contra o golpe. Hoje a periferia está dentro dos aeroportos, entra nos prédios pelo elevador social, a periferia teve ascensão e direitos garantidos com o governo de esquerda no país”.


O ato acabou com um show de rap com letras que transmitiam o sentimento de todos ali, o sentimento de luta, o sentimento de direitos iguais em um país sem discriminação.

Texto e fotos: Eliane Silva Pinto
















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