“Uma ordem que tem o dever de representar um conjunto de advogados e o dever de zelar pela democracia e pela legalidade não poderia estar apoiando um processo de impeachment como esse que está sendo construído”. Fala do vereador Rafael Purgato (PCdoB) em sessão da Câmara nesta terça-feira a favor da democracia.
A
discussão de extensa repercussão nacional chegou nessa terça-feira,
5 à Sessão da Câmara Municipal de Jundiaí, devido a uma moção
apresentada pelo presidente da Casa Marcelo Gastaldo a pedido da 33ª
Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Jundiaí (OAB) a favor
do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Ao
explicar seu posicionamento, o vereador Rafael Purgato falou sobre a
luta do seu partido pela democracia. “Sou do PCdoB, um partido que
em todos os momentos da história recente do país em que teve uma
quebra da ordem institucional lutou pela democracia, um partido que
foi perseguido, massacrado mas sempre se manteve firme em seu
posicionamento e minha fala hoje aqui segue essa mesma linha”.
Para
o vereador, a OAB Jundiaí cometeu um equívoco ao apresentar a moção
na Casa sobre um processo de impeachment que não tem base jurídica.
“Essa nova direção eleita da OAB foi colocada sob judice e o
presidente eleito Bressan falou que era importante respeitar a
eleição, a escolha dos advogados, agora apresenta essa moção que
não se respeita o voto popular em um processo sem fundamentação
jurídica. Ele teve apoio na eleição de advogados da corrente
popular que gostariam de uma OAB diferente, mais democrática, não é
isso que vemos agora”, alegou.
Mesma
opinião compartilhada pelo advogado Thiago Santos, para ele a OAB
Jundiaí atropela a legalidade e atua de mãos dadas com a
arbitrariedade ao apoiar um pedido eminentemente político sem
preencher requisitos legais. “Os representantes da Ordem dos
Advogados do Brasil devem ser incansáveis defensores da legalidade,
democracia e justiça social, e deveriam ter apreendido com o grave
erro cometido em 64. A OAB Jundiaí sequer consultou seus membros ou
tomaram o cuidado em deixar claro, que tal opinião, não é
unanimidade entre a classe”, afirmou.
De
acordo com o vereador, o processo de impeachment é um golpe contra a
democracia, pois não há sequer uma prova contra a presidenta
diferente de muitos que a acusam. “Temos que respeitar a democracia
ela foi eleita e até agora não conseguiu governar, o governo pode
ser bem ou mal avaliado, as pessoas gostarem ou não,
isso faz parte do processo democrático, agora não podemos tirar um
presidente sem prova nenhuma de irregularidades”.
Purgato
complementa ao afirmar que o impeachment é uma manobra da oposição
para assumir o poder e barrar as investigações da Lava Jato.
“Torcemos que as investigações da Lava Jato vá ate as últimas
consequências, a lista da Odebreacht tem mais de 24 partidos, tem
agora o escândalo das empresas offshore, a presidente não apareceu
em nenhuma dessas listas, agora querem tirá-la do poder para parar
as investigações, não podemos permitir isso”.
O
vereador foi enfático ao falar sobre o vice Michel Temer que entrará
para história como um grande golpista dessa nação.”Ele foi
eleito para ser vice-presidente, se ele quer virar presidente ele
precisa ganhar a eleição. É isso que queremos para o país? Ter
Michel Temer e Cunha governando o Brasil?”, questionou.
Confira o vídeo do discurso na Câmara do vereador:
http://vermelho.org.br/noticia/278901-39
Texto: Eliane Silva Pinto
Foto: Ana Cristina Cavalcante
No Governo da presidente Dilma como em todos os Governos, ha evidentemente as maçãs podres, pessoas que se aproveitaram da confiança para obter vantagens e se enriquecer levianamente, porém também existem pessoas boas e sérias no governo, pessoas que se dedicam ao seu trabalho e para o bem dos brasileiros. Essas pessoas são maioria. E assim, como separar o joio do trigo, tambem ha a necessidade de se punir os aproveitadores. Devemos, como cidadãos apesar de ser chato, acompanhar com atenção o desenrolar dessa trama toda ai, pois talvez depois dessa tempestade, dependendo do resultado, termos de enfrentar o furacão. Ninguém, em sa consciência vai admitir Cunha Presidente!
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