quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Deputado Protógenes Queiroz, do PCdoB, protocola CPI que pode levar tucanos para a cadeia


Deputados entregam a Marco Maia
requerimento para criação da CPI
Um dia histórico para o país. Nesta quarta-feira (21), o deputado Protógenes Queiroz protocolou junto ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o requerimento para a instalação da CPI da Privataria Tucana. “A Câmara hoje se mobiliza atendendo a um apelo popular muito forte, através principalmente das redes sociais”, comentou Protógenes.

“Começou como CPI da Privataria, mas muitos já estão chamando de CPI da Cidadania, pois é uma CPI pluripartidária, com assinaturas de todos os partidos. Muitos deputados da oposição assinaram porque também se disseram surpreendidos com as revelações do livro”, informou o deputado comunista.

Foram colhidas 206 assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que pretende investigar um grande esquema de corrupção ocorrido durante o processo de privatizações das estatais no governo de Fernando Henrique Cardoso.

O fato novo que motivou o pedido de CPI foi a publicação do livro Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Junior, que trouxe centenas de documentos comprovando o recebimento de propinas e lavagem de dinheiro em paraísos fiscais. Participaram da entrega do requerimento, ao lado de Protógenes, os deputados Jô Moraes (PCdoB-MG), Reginaldo Lopes (PT-MG), Ricardo Berzoini (PT-SP) e Chico Alencar (PSOL-RJ).

Clamor popular

Protógenes considerou um dia histórico, pois os deputados atendem a um clamor popular pela criação da CPI. “Queremos esclarecer e dizimar uns fantasmas que rondam a política brasileira. Nas privatizações da década de 90, nós pagamos um custo social muito alto e agora descobrimos para onde foi o dinheiro”.

O deputado fez questão de ressaltar que todo o movimento que surgiu no país se deve `a publicação do jornalista Amaury, “é muito mais que um livro, é um verdadeiro documento, uma espécie de libelo acusatório. E nós vamos procurar através dessas acusações as verdades que o Brasil quer e precisa saber”.

Delegado da Operação Satiagraha, que em 2008 prendeu o banqueiro Daniel Dantas, Protógenes viu conexões entre as informações do livro e outras operações policiais. “Nunca imaginávamos que grande volume de dinheiro enviado para o exterior era do processo de privatização”, afirmou.

Presidente

O presidente Marco Maia considerou que esta pode ser uma “CPI explosiva, com contornos muito claros de debate político”. Maia informou que recebido o requerimento, o próximo passo é encaminhar para a secretaria geral da Câmara para as devidas conferências. “Além disso, será feita uma análise jurídica do conteúdo do requerimento. Vamos cumprir na integralidade do regimento no que diz respeito a instalação da CPI e assim identificar se há um fato determinado”.

Maia comunicou também que ainda essa semana vai assinar a constituição de duas CPIs para começarem a funcionar a partir do início do próximo ano. A primeira investigará o possível aumento do trabalho escravo no país e outra terá como foco o tráfico de pessoas, em um trabalho complementar ao que foi desenvolvido no Senado.

De Brasília, Kerison Lopes

Manifesto de apoio do Comitê Municipal ao Deputado Pedro Bigardi

Em mais uma vez, o deputado Pedro Bigardi precisou recorrer à polícia para denunciar mais uma ação inescrupulosa dos adversários do PCdoB em Jundiaí. Desta vez, devido ao fato de muitos jundiaienses terem recebido ligações em caráter de telemarketing, nas quais o operador alegava estar fazendo uma “pesquisa” e começava falar uma série de inverdades a respeito do deputado e do partido.

Por isso, o deputado denunciou na Delegacia Seccional de Jundiaí, que abriu um processo de investigação para identificar os responsáveis da suposta “pesquisa”. Muitas pessoas contataram Bigardi para demonstrar apoio ao trabalho que o parlamentar realiza na Assembleia Legislativa e também incredulidade com tamanho jogo sujo praticado pelos adversários.

Recentemente, o deputado protocolou no Ministério Público outra denúncia, pois o jornalista Anselmo Brombal havia confessado em vídeo que estaria recebendo para inventar inverdades a respeito de Bigardi, em mais uma ação sem escrúpulos dos adversários do PCdoB.

O Comitê Municipal do PCdoB rechaça este tipo de estratégia porque entende que o embate político deve ser feito em alto nível, nunca atacando as pessoas, pautando-se sempre no embate de ideias e jamais se utilizando de ferramentas usuais do submundo da política.

Defendemos a honra das pessoas, e neste caso, apoiamos as ações de defesa do Deputado Pedro Bigardi, pois sabemos de seu caráter e dedicação com o povo. Não vamos deixar que táticas “udenistas” manchem a imagem do partido e do candidato. A verdade prevalecerá. 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Centro Barão de Itararé promove o debate "A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia"

O livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Jr, será tema do debate “A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia”, promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, nesta quarta-feira (21), no Sindicato dos Bancários de São Paulo. Além do autor, também estarão presentes Paulo Henrique Amorim, jornalista e blogueiro, e Protógenes Queiroz, deputado autor do pedido da instalação da CPI da Privataria. Até a última sexta-feira, segundo informações da editora (Geração Editorial), cerca de de 45 mil exemplares já tinham sido vendidos. Uma nova edição, com 70 mil exemplares, está sendo preparada.

Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias, o livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Jr, será tema do debate “A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia”, promovido pelo Barão de Itararé, na próxima quarta-feira (21), em São Paulo. Além do autor, também estarão presentes Paulo Henrique Amorim, jornalista e blogueiro, e Protógenes Queiroz, deputado autor do pedido da instalação da CPI da Privataria.

Na ocasião, também haverá o coquetel de lançamento do livro e festa de confraternização de fim de ano do Barão de Itararé. O evento acontece no Sindicato dos Bancários de São Paulo (Rua São Bento, 413, Centro), a partir das 19h.

Apesar da primeira edição, de 15 mil exemplares, ter esgotado em cerca de quatro dias, os principais veículos de comunicação do país adotaram um silêncio ensurdecedor sobre o tema. Até a última sexta-feira, segundo informações da editora (Geração Editorial), cerca de de 45 mil exemplares já tinham sido vendidos. Será lançada uma segunda edição, com 70 mil exemplares, que já estão praticamente todos vendidos.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Plenária da Macro reúne militantes de diversas cidades

Muitos militantes estiveram no ato que marcou o último encontro da Macro Jundiaí

Em plenária realizada nesta segunda-feira, 12, cerca de 300 militantes compareceram à Câmara Municipal de Jundiaí, naquele que foi o último evento da Macro Jundiaí. São 20 cidades que compõe a macro, das quais a maior parte foi representada. O coordenador da macro e presidente do PCdoB de Jundiaí, Tércio Marinho, saudou os presentes.


                  Militantes ficaram no plenário e no lado de fora, próximos à porta, devido ao calor

“Este ato é muito importante para a nossa organização, temos um ano de muitos desafios pela frente e não podemos falhar na estratégia”, afirmou.  O vice-presidente do PCdoB de Várzea Paulista e pré-candidato a prefeito daquela cidade, Junior Aprillanti, conclamou toda a militância para ir às ruas no ano que vem. “Temos de ganhar pelas nossas ideias, não vamos usar de estratégias do submundo da política. Várzea precisa de avanços mais profundos, e por isso que eu me coloco à disposição do povo varzino para a disputa do ano que vem”, discursou.


                                    Camarada Junior defendeu unidade partidária

O deputado estadual Pedro Bigardi agradeceu a todos os presentes e exaltou a organização do partido. “Fizemos um trabalho muito bom, hoje temos vida orgânica em todas as cidades, também construímos possibilidades de eleger vereadores e prefeitos em muitas delas”, argumentou.
A presidente estadual do PCdoB, Nádia Campeão, compareceu ao evento e fez uma explanação das análises conjunturais feitas pela direção do PCdoB para este momento de crise. “Nosso partido apoia as ações do governo federal, mas queremos mais. O trabalhador não pode pagar por esta crise”, analisou.

Prestação de Contas

O deputado Pedro Bigardi aproveitou a oportunidade para fazer uma breve prestação de constas do seu mandato. “Estamos focados em um trabalho produtivo, sabemos da nossa responsabilidade e precisamos corresponder. Temos atuado em muitas áreas, atendendo demandas do estado e da região”, acrescentou.

Iniciativas como a Frente Parlamentar de Logística são destaques no roll de projetos apresentados pelo deputado. “Por ali, iniciamos um debate sobre mobilidade urbana muito intenso. Estamos discutindo a revitalização da linha férrea até Campinas por solicitação da população e estamos ouvindo a sociedade”, detalhou.


                      Deputado Pedro Bigardi fez uma breve prestação de constas do mandato

Outro projeto de bastante destaque do deputado, é o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) número 9 - que visa fixar 50% dos royaltes do Pré-Sal do Estado de São Paulo para educação, meio-ambiente e ciência e tecnologia. Por seu trabalho, o deputado foi premiado no prêmio “São em Destaque” em outubro.

Intervenções

Os dirigentes do partido das diversas cidades da macro fizeram falas, mostrando que o partido tem projetos em todas as cidades e que 2012 será um ano de lutas e conquistas. No final, o Hino Nacional foi executado, num ato de afirmação da luta pela soberania nacional que marca a história do PCdoB.

Destaque

A jovem militante Nana assinou uma ficha de filiação e teve como abonadora da ficha, a presidente estadual do partido, Nádia Campeão. “Estou muito emocionada, foi uma noite especial para mim. Sou militante do PCdoB há quase dois anos”, completou. 


                                    A jovem militante Nana teve a ficha abonada pela presidente Nádia

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O porquê da inércia midiática


Como as coisas mudam em certos aspectos e em outros a inércia impera. O Brasil mudou, avançou e quebrou alguns dogmas elitistas, no entanto, as raízes de certas mazelas ainda estão puxando riquezas que o mais profundo subsolo pode oferecer. O oligopólio da mídia superou as ondas progressistas e ainda está respondendo ao espectro conjuntural que transcende mais de um século.

A Casa Grande ainda manda nos grandes jornais brasileiros, na verdade, os jornais são os instrumentos da velha elite que tenta impor seu domínio. O grande caso do momento é o livro “Privataria Tucana”, do jornalista investigativo multipremiado, Amaury Ribeiro Junior.
O livro foi lançado na última sexta-feira, 9, pela Geração Editora e, apesar de não ter sido noticiado pela grande mídia, já é um fenômeno de vendas. Foram vendidos 15 mil exemplares em pouco mais de 24hrs, fazendo com que as livrarias que haviam rejeitado a obra, tivessem de correr atrás do prejuízo.

Um novo lote de 50 mil exemplares irá chegar ainda nesta semana nas livrarias e desde a última terça-feira, 13, vários sites já colocaram o arquivo em PDF da obra disponível. Ainda não se tem uma noção da quantidade de downloads feita até o momento. Mas apesar de ser um acontecimento muito relevante, haja vista que é a maior febre da literatura jornalística dos últimos tempos, a grande imprensa fingiu não conhecer o fato.

O motivo é simples: o alvo da reportagem é o ex-governador de São Paulo, José Serra, cujo partido, o PSDB, é o grande mecenas das famílias que controlam o monopólio da informação. Na obra – que contém 120 páginas com documentos anexos à reportagem -, o jornalista mostra os desvios ocorridos durante o processo de privatizações que o Brasil sofreu durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo a reportagem, o grande orquestrador do processo é José Serra, que na época ocupava o posto de Ministro do Planejamento da administração tucana. Outro tucano, o ex-tesoureiro de Serra e FHC, Ricardo Sérgio, conhecido no tucanato como Mr. Bin, foi o operador de um processo de desvios que tirou dos cofres públicos cerca de U$ 50 bilhões.

O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) entrou com um pedido de CPI, e no mesmo em dia que iniciou o processo, coletou cerca de 100 assinaturas. O necessário para abrir o processo é 177. Deste modo, nos resta apenas aguardar com a sapiência necessária para que um importante capítulo da história brasileira seja desvendado.

A direita irá fazer o jogo dela, desqualificando a crítica, mas sem tocar em qualquer questão. Quando a CPI for iniciada, descobriremos como os entreguistas reduziram o patrimônio nacional por benefício próprio, firmando acordos envolvendo o banqueiro Daniel Dantas, e abraçando o neoliberalismo na sua faceta mais nefasta.

Por Felipe Andrade

                                    Secretário de Comunicação do PCdoB Jundiaí
                                Jornalista, estudante, poeta, militante da UJS e do movimento estudantil
                                            “Ser PCdoB é acreditar num amanhã melhor”

Marco Maia instalará a CPI da Privataria, proposta por Protógenes

A obra do jornalista Amaury Ribeiro Jr. pode reescrever parte da curta história democrática do Brasil  
O deputado federal Delegado Protógenes (PCdoB-SP) desembarcou em Brasília já recolhendo as assinaturas para instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que tem o objetivo de investigar o processo de privatizações realizado durante o governo Fernando Henrique. A motivação veio da publicação do livro Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Junior, que o deputado classificou como um “importante documento”.

                                                                                                 Kerison Lopes
                                                                  
                                                                 
                                                           Segundo o deputado, livro é "importante documento"

Segundo o deputado, em conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), durante o almoço desta terça-feira (13), ele recebeu a garantia que se recolhida as assinaturas com o quórum necessário (171 assinaturas), a presidência vai instalar imediatamente a CPI da Privataria. “Isto nos dá uma responsabilidade muito grande, pois é um compromisso com o Brasil colocar essa verdade a tona”.

Protógenes relatou que asssim que chegou em Brasília já recolheu várias assinaturas apoiando a iniciativa. “Eu tenho aqui assinaturas de deputados do PT, do PCdoB, do PV, do PSB, do PMDB e de outros partidos”. O deputado acabara de entrar no Congresso, onde participa de uma audiência da Comissão de Constituição,  Justiça e Cidadania, e espera ainda durante essa tarde recolher mais assinaturas. 


Conhecedor privilegiado de muitos dos personagens do livro, como o banqueiro Daniel Dantas [a quem meteu na cadeia por duas vezes e o ministro Gilmar Mendes tirou], Prótogenes disse que o livro revela, com uma farta documentação, um esquema do uso de dinheiro das privatizações, ocorridas nos anos de 1990, para beneficiar políticos e seus apadrinhados. “Estas denúncias configuram real ameaça à realização da República nos seus moldes constitucionais”.

Segundo Protógenes, os documentos secretos da CPI do Banestado, que o livro trouxe ao público, demonstram a existência do “maior esquema de lavagem de dinheiro já detectado no Brasil” cujo personagem principal é o ex-governador de São Paulo José Serra, candidato presidencial derrotado em 2002 e 2010 e 2010, e tem como mentor o seu ex-tesoureiro de campanha, Ricardo Sérgio de Oliveira.

De Brasília,
Kerison Lopes


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Plenária da Macro Jundiaí

Na Câmara Municipal de Jundiaí, filiados das 20 cidades que compõe a Macro Jundiaí irão se reunir pela última vez em 2011

A Macro Jundiaí estará realizando a sua última reunião deste ano nesta segunda-feira (12). É muito importante que todos os filiados estejam presentes, pois serão discutidos assuntos muito relevantes para o próximo período. A presidente estadual, Nádia Campeão, o Secretário Estadual de Organização, Marcelo Cardia e o Deputado Pedro Bigardi participarão da plenária.


sábado, 10 de dezembro de 2011

"A Privataria Tucana": Livro de jornalista acusa Daniel Dantas de pagar propina a tucanos

"Quem estava conduzindo os consórcios das privatizações eram homens da confiança do Serra. Era o Ricardo Sérgio Oliveira. Foi caixa de campanha dele. Isso é um saque que eles fizeram da privatização brasileira. Eles roubaram o patrimônio do País, e eu quero provar que eles são um bando de corruptos."

- por Eliano Jorge, no Terra Magazine

O livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, anuncia e promete, com documentos, comprovar pagamentos de propinas durante o processo de privatizações no Brasil, num esquema de lavagem de dinheiro com conexões em paraísos fiscais que, de acordo o autor, une membros do PSDB, como o ex-ministro da Saúde e ex-governador paulista José Serra, ao banqueiro Daniel Dantas.

As denúncias chegam às bancas neste fim de semana. É tema de capa da revista CartaCapital. Em entrevista a Terra Magazine, Ribeiro Jr afirma ter rastreado o dinheiro. "Esses tucanos deram uma sofisticação na lavagem de dinheiro. Eram banqueiros, ligados ao PSDB", acusa. "Quem estava conduzindo os consórcios das privatizações eram homens da confiança do Serra", acrescenta.

"É um saque (financeiro) que eles fizeram da privatização brasileira. Eles roubaram o patrimônio do País, e eu quero provar que eles são um bando de corruptos", dispara Ribeiro Jr. "A grande força desse livro é mostrar documentos que provam isso".

Durante a corrida presidencial de 2010, Ribeiro Jr foi indiciado pela Polícia Federal, acusado de participar de um grupo que tentava quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos.

Por três vezes, Terra Magazine fez contato com a assessoria de Serra na tarde e no início de noite desta sexta-feira (9) em busca de ouvir o ex-governador de São Paulo a respeito das denúncias. Às 20h, a reportagem recebeu a resposta de que Serra não se pronunciaria a respeito.

Confira a entrevista com o autor de "A Privataria Tucana".

Terra Magazine - Seu livro denuncia um esquema de corrupção que teria sido comandado por amigos e parentes do ex-governador José Serra. No seu entender, como isso funcionava?
Amaury Ribeiro Jr - Eu tô há 20 anos, como diz o próprio livro, vendo essas contas, rastreando tudo. Eu apurava matérias de direitos humanos, depois virei um especialista (em lavagem de dinheiro). O tesoureiro do Serra, o Ricardo Sérgio, criou um modus operandi de operar dinheiro do exterior, e eu descobri como funcionava o esquema. Eles mandavam todo o dinheiro, da propina, tudo, para as Ilhas Virgens, que é um paraíso fiscal, e depois simulavam operações de investimento, nada mais era que internação de dinheiro. Usavam umas off-shore, que simulavam investir dinheiro em empresas que eram dele mesmo no Brasil, numa ação muito amadora. A gente pegou isso tudo.

E como você conseguiu pegar isso?
Não teve quebra de sigilo, como me acusaram. São transações que estão em cartórios de títulos e documentos. Quando você nomeia um cara para fazer uma falcatrua dessa, você nomeia um procurador, você nomeia tudo. Rastreando nos cartórios de títulos e documentos, a gente achou tudo isso aí.

São documentos disponíveis para verificação pública então?
Não tem essa história de que investiguei a Verônica Serra (filha do ex-governador), que investiguei qualquer pessoa ou teve quebra de sigilo. A minha investigação é de pessoa jurídica. Meu livro coloca documentos, não tem quebra de sigilo, comprova essa falcatrua que fizeram.

Segundo seu livro, esse esquema teria chegado a movimentar cifras bilionárias então?
Bilionárias, bilionárias. Esses tucanos deram uma sofisticação na lavagem de dinheiro. Eram banqueiros, ligados ao PSDB, formados na PUC do Rio de Janeiro e com pós-graduação em Harvard. A gente é muito simples, formado em jornalismo na Cásper Líbero, mas a gente aprendeu a rastrear esse dinheiro deles. Eles inventaram um marco para lavar dinheiro que foi seguido por todos os criminosos, como Fernando Beira-Mar, Georgina (de Freitas que fraudou o INSS), e eu, modestamente, acabei com esse sistema.
Temos condenações na Justiça brasileira para esse tipo de operações. Os discípulos da Georgina foram condenados por operações semelhantes que o Serra fez, que o genro (dele, Alexandre Bourgeois) fez, que o (Gregório Marín) Preciado fez, que o Ricardo Sérgio fez.

Está dito no seu livro que pessoas ligadas a Serra que teriam participado desse esquema?
Ricardo Sérgio, a filha (Verônia Serra), o genro (Alexandre Bourgeois), Preciado, o primo da mulher dele, e, acima, (o banqueiro) Daniel Dantas, o cara que comandava todo esse esquema de corrupção.


Em A Privataria Tucana, você afirma que faria parte das operações uma sociedade entre Verônica Serra, filha do ex-governador Serra, e Verônica Dantas, irmã de Daniel Dantas.
É verdade, conta a história da Verônica Serra com a Verônica Dantas. Isso era um pagamento de propina muito evidente para o clã Serra. Inventaram essa sociedade entre elas em Miami. Quem investe nessa sociedade? Os consórcios que investiram e ganharam (na privatização): o Opportunity, o City Bank. Eles que dão o dinheiro, está no site deles próprios.
Em 2002, Serra era candidato a presidente do Brasil, o Dantas quis chantagear. Quem revelou isso aí? Fui eu, o jornalista investigativo? Foi a própria revista IstoÉ Dinheiro que revelou a sociedade de Dantas e o clã Serra. Porque ele tinha dificuldade em compor a Previ, do governo, do Banco do Brasil. Ele estava chantageando os tucanos para compor com ele. Você vê como o Dantas é manipulador nessa história toda.
Primeiro veio a matéria para justificar o dinheiro dessa corrupção, dizendo que a Verônica Dantas havia enriquecido porque era uma mártir das telecomunicações. Depois, veio uma matéria fajuta... Quando não o satisfazia, (Dantas) ele chantageou o Serra. Para compor com a Previ, que estava com problemas com a Telecom, naquele processo todo.
Descobri que a sociedade de Verônica Dantas e Verônica Serra não acabou, como disseram, foi para as Ilhas Virgens, sendo operada pelo Ricardo Sérgio. Para quê? Jogar dinheiro aonde? Pra própria filha do governador do Serra. Mapeei o fluxo do dinheiro, esses caras roubaram, receberam propina, e a propina está rastreada. O dia em que o Dantas deu a propina da privatização, peguei a ponta batendo no escritório da filha dele lá no (bairro paulistano do) Itaim-Bibi. O Dantas pagou pro Serra. A parte da propina do Serra está documentada.

Para que você acha que seria essa propina?
Quem estava conduzindo os consórcios das privatizações eram homens da confiança do Serra. Era o Ricardo Sérgio Oliveira. Foi caixa de campanha dele. Isso é um saque que eles fizeram da privatização brasileira. Eles roubaram o patrimônio do País, e eu quero provar que eles são um bando de corruptos.

No livro, você também diz que Serra espionava o então governador mineiro Aécio Neves (PSDB).
Está documentado. Eu trabalhava no jornal (O Estado de Minas), e me pediram para localizar. Eu descobri. Consegui a prova documental que ele contratou a Fence (Consultoria, empresa que faz varreduras contra grampos clandestinos), no Rio de Janeiro, onde ele fazia as maracutaias. O Serra gosta de espionagem. Ele contratou um dos maiores carrascos da ditadura, está documentado no livro.

Você publica ainda que Serra investigou a governadora maranhense Roseana Sarney (DEM) em 2002 e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) quando era ministro da Saúde...
Isso está documentado. Os caras trabalharam, está no Diário Oficial. O agente Jardim (Luiz Fernando Barcellos), ligado ao Ricardo Sérgio. Isso está documentado, não é mentira. É porque essa imprensa defende o Serra e não divulga. O Serra montou a espionagem, ele manda espionar todos os inimigos dele.

Sua apuração mostra que essa espionagem do PSDB viria desde o governo FHC.
Justamente. O Serra gosta de espionar. Fui acusado de araponga? E o Serra, muito antes, quando era ministro, ele contratava espiões para espionar os caras do próprio partido, está documentado. A grande força desse livro é mostrar documentos que provam isso.

E de onde você tirou esses documentos?
É o contrato que ele pegou e contratou uma empresa de um coronel baixo nível da época da ditadura. O pretexto era que fazia negócio de contra-espinagem. O doutor Ênio (Gomes Fontenelle, dono da Fence) trabalhou na equipe dele. Estava em 2008 para quê? Para espionar o Aécio. Por que ele contratou, com dinheiro público do Estado? Por que contratou para fazer contra-espionagem no Rio de Janeiro? Todo mundo sabe que o Aécio vai pro Rio de Janeiro. A espionagem está documentada.

Seu livro mostra que, acreditando estar sendo espionada, a equipe de campanha de Dilma Rousseff teria tentado contra-atacar com arapongas também?
Não foi contratando araponga. Você fala minha pessoa?

Em geral.
Não. As pessoas que trabalhavam na campanha da Dilma eram pessoas de bem, ligadas ao mercado financeiro. Me chamaram porque estavam vazando tudo. Os caras faziam uma reunião, no dia seguinte estava na imprensa. Eu achava que era coisa do (ex-deputado tucano Marcelo) Itagiba ou do (candidato a vice-presidente, deputado do PMDB, Michel) Temer. Aí vem a surpresa: era o fogo-amigo do PT.

De quem?
Rui Falcão (atual presidente do PT e deputado estadual).

Mas você foi indiciado pela Polícia Federal, acusado pela quebra do sigilo fiscal da filha de Serra...
Claro. Por quê? Quebra de sigilo fiscal. É um crime administrativo que só se imputa a funcionário público. O inquérito todo da Polícia Federal é uma fraude, não tem foco. Abriu para apurar quebra de sigilo fiscal e abrange tudo. Nunca vai atingir a mim. Mas precisavam ter um herói, e me jogar pro público. A imprensa queria o último factoide para jogar a Dilma no segundo turno. O que fizeram? Deturpar meu depoimento na Polícia Federal. Eu nunca disse que quebrei sigilo de nenhuma pessoa, mas o cara da Folha disse, ele deturpou, induziu todo mundo a dizer que confessei ter quebrado o sigilo fiscal. Ele mentiu sobre um depoimento na Polícia Federal, e a mídia toda espalhou isso. Era a única arma dessa imprensa carrasca, que mostrou seu lado. Eu nunca disse isso, meus quatro depoimentos são coerentes, têm uma lógica. A imprensa foi bandida.

O que você sabe sobre aquela história de dossiês do PT sobre tucanos, inclusive sobre o ex-presidente FHC?
Não sei nada disso.

Não conseguiu descobrir se realmente fizeram e quem fez?
Não sei nada desse assunto.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Evento cultural


No próximo domingo (11), alguns grupos de Hip Hop irão se apresentar gratuitamente na sede do comitê municipal do PCdoB de Jundiaí. Não perca esta oportunidade, traga seus amigos e prestigie esta importante expressão cultural que se fez voz dos menos favorecidos nas últimas décadas. 


domingo, 4 de dezembro de 2011

Mas afinal ... O que é essa tal SUSTENTABILIDADE?

 Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. 
      
Uma escala global

A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

Uma escala Local

Localmente falando, o que temos verificado em nossa querida Jundiaí é o oposto ao conceito de sustentabilidade. A começar pela insana e tendenciosa especulação imobiliária que nos assola, trazendo-nos conseqüências nefastas quanto a já comprometida qualidade de vida das pessoas. 

O “caos” urbano ao qual estamos nos submetendo, é fruto de uma política sem o devido planejamento a médio e longo prazos. Também devemos nos ater a questão da água por exemplo, outro item vital ao conceito de sustentabilidade. Pergunto-me por exemplo, como pode a atual administração afirmar categoricamente que não sofreremos com escassez nos próximos 50 anos ? Essa afirmação beira a irresponsabilidade ! Hidrológicamente é impossível de se fazer uma afirmação dessas.  Ainda mais, se levarmos em conta o fato de que Jundiaí “importa” água da bacia PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) competindo de maneira direta com gigantescas áreas metropolitanas. Oxalá não sejamos postos à prova pela natureza!

Como podemos nos mobilizar  de maneira sustentável?

Na cidade

É preciso que nos envolvermos junto à  administração de nossa cidade. Há muitos espaços para a atuação do cidadão. Você pode participar da associação dos moradores do bairro, dos conselhos de meio ambiente, comitês de gestão de Bacia Hidrográfica, do orçamento participativo e defender a necessidade da administração urbana, além de preservar as áreas verdes e manter ou criar o sistema de coleta seletiva. 

Você também pode envolver seus vizinhos na criação de um grupo ambiental ou na promoção de mutirões de limpeza e embelezamento da cidade. 

Se na sua cidade ou bairro houver trabalhos relacionados à Agenda 21 (compromissos ambientais assumidos por mais de 180 países durante a Conferência Mundial Eco-92), participe do processo e envolva seus amigos nas ações planejadas.

Procure conhecer as organizações não-governamentais que atuam na sua cidade ou região. Você pode ajudá-las ou fazer parte delas, afiliando-se ou realizando trabalhos voluntários.
Adotar a “carona solidária” para ir e voltar do trabalho, da escola ou de outros locais que visita com frequencia também é uma ótima contribuição. Ou então, comprar coletivamente alimentos saudáveis, orgânicos e de procedência conhecida. 

Em casa

Você pode verificar e controlar o consumo de água, gás e energia da sua residência por meio das contas mensais, comparando-as e mostrando os dados para todos os familiares e colegas.
 
Se você mora em prédio ou condomínio, que tal convocar os vizinhos e propor um sistema de coleta seletiva ou outra ação ambiental?

Será que em sua escola, clube ou trabalho as pessoas participariam de compras solidárias? O comércio ético e solidário é muito mais do que um movimento que valoriza as pessoas e a cultura.
 
Hoje em dia ele é visto como uma ferramenta efetiva de desenvolvimento local, que contribui para a fixação das comunidades nas áreas rurais, buscando reverter o quadro atual em cerca de 80% da população mundial se concentra em áreas urbanas.

Você sabia que o comércio ético e solidário vem crescendo ano a ano? Ele reúne os segmentos de produtos orgânicos, certificados ou naturais, artesanato, terapias alternativas, turismo responsável e outros setores.
 
Então, entre nesta onda e consuma produtos do comércio ético e solidário. Você estará colaborando para reduzir a desigualdade social e promover o  desenvolvimento econômico no rumo da sustentabilidade.

No trabalho

Colabore com programas de eco-eficiência, mobilizando os colegas em relação a ações complementares, divulgando os resultados e melhorias alcançadas, interna e externamente.
 
Caso sua empresa ainda não esteja engajada com projetos desta natureza, sugira a adoção dessas posturas a seus dirigentes.

Quem sabe não existam mais colegas preocupados com o meio ambiente para formar um grupo e propor melhorias no seu local de trabalho? Ou para formar um grupo de voluntários e planejar uma ação?

Na escola

Você pode também planejar e realizar ações de re-equilíbrio ambiental que envolvam a comunidade escolar, como implantação de coletas seletivas, campanhas para redução do consumo de água e de energia, mutirões de limpeza e pintura da escola, entre outros.



Por Alexandre Baietti




Membro da Diretoria Plena do Comitê Municipal do PCdoB Jundiaí
Membro da Comissão de Comunicação do Comitê Municipal do PCdoB Jundiaí
Professor, Geografo e Gestor Ambiental
Blog do Professor Baietti: http://a.baietti.blog.uol.com.br

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Jornal Classe Operária foi distribuído nesta sexta-feira

Com a participação da militância, a Secretaria de Comunicação conseguiu cumprir a meta de iniciar a distribuição do jornal na cidade

Os comunistas de Jundiaí dedicaram esta sexta-feira, 2, para distribuir o jornal Classe Operária em pontos estratégicos da cidade. O trabalho começou na madrugada – às 5h30-, pois o início da distribuição se deu na entrada dos funcionários do primeiro turno da empresa Foxconn, onde mais de 1500 operários receberam um exemplar do jornal.
No período da tarde, o jornal foi distribuído nos terminais urbanos da Vila Arens e do centro, num total de 2500 exemplares, 1000 e 1500 respectivamente. Ao todo, 4000 exemplares foram entregues aos jundiaienses.

Militantes entregaram o Classe Operária na maior empregadora da cidade


Trata-se do primeiro de muitos atos em que o periódico vai ser distribuído aos munícipes. “O Classe Operária é um importante meio de comunicação da esquerda brasileira, aborda os assuntos mais relevantes para os trabalhados do país. Sendo um jornal mensal, vamos distribuí-lo mensalmente nos locais de forte movimentação dos trabalhadores em Jundiaí”, afirma o Secretário de Comunicação do comitê municipal do PCdoB, Felipe Andrade.


Os funcionários que saíam do terceiro turno também receberam o jornal
                                    

Foi um trabalho conduzido por quase 15 militantes. O militante Fernando Zingra aprovou a iniciativa. “É muito bom poder estar divulgando as ideias do partido de uma forma calorosa como esta”, comenta.

A edição de dezembro do jornal deverá ser distribuída ainda neste mês. Durante o processo, muitas pessoas, quando abordadas, fizeram perguntas sobre o informativo e outras manifestaram apoio ao PCdoB. “Houve até quem manifestasse vontade de se filiar”, destaca Felipe.

Classe Operária

O jornal foi fundado no dia 1 de maio de 1925 por militantes do Partido Comunista do Brasil. Passou por muito tempo na clandestinidade, mas sempre foi um dos alicerces da classe trabalhadora brasileira, apesar da dificuldade de encontrar exemplares nos tempos obscuros.


No final da tarde o jornal foi entregue nos terminais mais movimentados da cidade