
Segundo relato do deputado estadual Carlos Gianazzi (Psol-SP), duas viaturas devem permanecer ainda no campus até “o restabelecimento da ordem”. Lajolo também afirmou que a força tática da PM só seria acionada em caso de “piquete violento”. De acordo com a comissão, o reitor não deixou claro o significado para ele de “violento”.
No entanto, até a tarde desta quarta-feira, vários carros da Polícia Militar (PM) e da Força Tática continuavam presentes no campus. De acordo com a assessoria de imprensa da PM, os policiais da força tática estão lá para garantir que não ocorra nenhuma manifestação violenta. “Eles têm que estar lá, porque, até acontecer algo violento, demora para chegar”.

Agressão
A investida da PM com bombas e balas de borracha iniciou-se às 17 horas de terça-feira (9), quando a manifestação de estudantes e funcionários na frente do portão principal já estava se esvaziando. “Os manifestantes estavam voltando para dentro da USP e falando palavras de ordem, como ‘Fora PM’. Mas ninguém tocou nos policiais, nem nada”, afirma a estudante Kraly de Castela, diretora do DCE.
“Vieram então umas viaturas e cercaram os manifestantes, acuaram. Foi quando começou o confronto”, agrega Kraly. Segundo ela, mesmo que algum estudante tivesse empurrado ou tocado, a reação foi “totalmente desproporcional”. Apesar de a PM só reconhecer o ferimento de um estudante — que foi levado para o Hospital Universitário (HU) —, estudantes afirmam que vários outros foram agredidos por cacetetes e atingidos por estilhaços de bombas.

UNE
Em nota à imprensa, a UNE repudiou a uso de força na USP. Segundo a entidade, o governo Serra “vem recorrendo à força policial para reprimir manifestações sociais pacíficas”, com “balas, borracha e bombas de efeito moral”.
“Lutamos pela ampliação da participação da sociedade dentro da universidade, o que não vem ocorrendo na USP, onde não há, por exemplo, eleição direta e paritária”, diz Lúcia Stumpf, presidente da UNE.
Link para a matéria no site Vermelho.
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