quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Núcleo de Estudos Adamastor Fernandes inicia suas atividades

Com a participação de acadêmicos, sindicalistas, ativistas e militantes de movimentos sociais, o Núcleo de Estudos Adamastor Fernandes, em homenagem ao primeiro vereador comunista eleito, foi criado no início de novembro com o intuito de realizar análises sobre diversos temas em Jundiaí e região de relevância local dialogando com os temas mais debatidos em nível nacional. Com a meta de vencer o paradigma de que “Jundiaí basta em si”, colocando o pensamento crítico local no circuito de discussões do país, uma série de debates acontecerá durante o ano de 2015.
Para comemorar o Dia Mundial dos Direitos Humanos, que ocorre no dia 10 de dezembro, o Núcleo de Estudos Adamastor Fernandes em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí e Região lançará a série Diálogos e Conexões com um debate que acontecerá no Sindicato dos Metalúrgicos com o ex-ministro do Governo João Goulart, Almino Affonso.

Tema: O golpe de Estado e os direitos humanos

Local: Sindicato dos Metalúrgicos. Rua XV de Novembro, 240, Vl Arens - Jundiaí/SP

Data: 10/12/2014

Horário: 19:00


1964 na Visão do Ministro do Trabalho de João Goulart

O livro 1964 na Visão do Ministro do Trabalho de João Goulart, de autoria de Almino Affonso, é resultado da parceria entre a Fundap e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, responsáveis pela edição da obra. O trabalho descreve as causas que levaram ao golpe e contextualiza o momento histórico, recuando até a era Vargas. Leia o que diz o escritor Fernando Morais no prefácio do livro: “Este espaço é insuficiente para que nele possam ser arroladas as incontáveis virtudes deste livro – o qual, estou certo, será convertido em fonte obrigatória de consultas para quem quiser conhecer melhor o Brasil. Algumas contribuições deste “1964” não podem deixar de ser ressaltadas. Uma delas consiste na desmontagem realizada por Almino Affonso de uma mentira que vem sendo cevada pelas elites brasileiras desde o golpe: a de que João Goulart era um governante impopular. O leitor verá aqui que a história não aconteceu assim.

A sedutora narrativa oferece alguns regalos adicionais ao leitor – sobretudo ao leitor jovem, que pouco sabe do Brasil. Cada vez, por exemplo, que o relato traz à tona um protagonista importante do período, independentemente de suas convicções políticas, o autor abre uma “janela” e traça um substancioso perfil do personagem.
Trata-se, antes de tudo, de uma obra honesta. O próprio autor adverte o leitor, nas primeiras linhas, de que não se deve esperar neutralidade. “Não sou um historiador que, às vezes, em nome da isenção, deixa à margem a crítica que talvez se impusesse a determinados episódios, a lideranças políticas”, afirma, para concluir que a rigor seu livro é um testemunho.


Apropriadamente lançado no ano de cinquentenário do golpe, este “1964” salda uma dívida contraída pelo autor com a memória brasileira há mais de trinta anos – meses depois de seu retorno de um exílio de doze anos – “sem pedir autorização a ninguém”, como declarou ao colocar os pés no Brasil, em agosto de 1976”.

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