Anselmo Brombal já trabalhou como chefe de reportagem em um jornal da cidade, além de ter sido nomeado cargo de confiança do prefeito tucano Miguel Haddad. Recentemente, ele havia sido contratado como assessor parlamentar do vereador Gustavo Martinelli (PSDB).
- por Assessoria do deputado Pedro Bigardi
Um possível esquema de perseguição política maldosa e rasteira será investigado pelo Ministério Público de São Paulo. A vítima, o deputado estadual Pedro Bigardi, protocolou nesta segunda-feira (7) um pedido de apuração junto ao Procurador-Geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira. O pivô desta suposta armação é o jornalista Anselmo Boaventura Brombal, que afirma em uma gravação de vídeo ter sido pago para “fazer maldades” contra o então candidato a deputado.
“Ele fala de um material que fez em 2010, na campanha (para deputado estadual), a pedido do ‘pessoal de lá’, somente para me prejudicar. Desde julho deste ano, este cidadão faz circular um jornal que tem me atacado sistematicamente com denúncias vazias, sem qualquer tipo de prova”, destacou Bigardi. “Como o jornalista faz citações a pessoas e grupos políticos da cidade, além de chegar a pedir dinheiro para parar com os ataques, resolvemos acionar o Ministério Público.”
Trechos do vídeo em que Brombal conta como procedeu de maneira maldosa para atingir a honra do deputado e outros documentos entregues ao Ministério Público foram apresentados à imprensa local, no final da tarde desta segunda-feira, no escritório político regional de Bigardi, em Jundiaí. “Nós poderíamos ter entrado com uma queixa-crime, mas faço questão que o Ministério Público avalie tudo e possa nos dar um parecer a respeito disso”, comentou.
‘Encomenda’
Anselmo Brombal já trabalhou como chefe de reportagem em um jornal da cidade, além de ter sido nomeado cargo de confiança do prefeito tucano Miguel Haddad. Recentemente, ele havia sido contratado como assessor parlamentar do vereador Gustavo Martinelli (PSDB).
Na gravação, feita durante uma conversa com o advogado Denis Crupe (assessor jurídico do deputado), Brombal conta sobre uma conversa que teve com gente interessada em denegrir a imagem de Bigardi durante as eleições do ano passado. “O pessoal de lá me ligou: ‘Tem como colocar uma notícia? Tem que ser maldosa’. Bom, maldade eu sei fazer também, né? Quero tanto e vocês paguem a edição... não quero nem saber”.
Com um sorriso sarcástico, Anselmo Brombal contou em detalhes como produziu as “maldades” num jornal de bairro que ele assina. E se vangloriou de ter conseguido uma proeza que muita gente tentou, mas não obteve sucesso. “... tenho um monte de gente pensando faz dez dias e não consegue (citando a fala do interlocutor)! Falei: ‘Falta cabeça’. Na hora eu fiz o título: ‘Justiça de olho... Ficha Suja... Em São Paulo, TRE cassa Bigardi’. Eu misturei assim...”.
Neste ano, depois de não conseguir dinheiro do deputado para “cessar fogo”, Brombal voltou à carga com outro jornal. Ainda mais maldoso e apelativo, ele tenta a todo custo confundir a opinião pública com referências a denúncias que sequer tem ligação com Bigardi. “Não dá para suportar alguém que faz acusações infundadas e só aparece para me atacar. Isso afronta o jornalismo sério e denigre a imagem de Jundiaí e região, que confiou a mim quase 70 mil votos na vitoriosa eleição passada”, lembrou o deputado.
Nesta terça-feira (8), Bigardi levará o caso ao Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa e também ao Conselho de Prerrogativas do parlamento paulista. “Também subirei à Tribuna, durante a sessão, para apresentar as maldades que este cidadão afirma fazer contra mim. Este jogo sujo não pode continuar. Política não deve ser feita desta maneira”, afirmou.
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