quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Dilma mantém Orlando Silva no Ministério dos Esportes
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, informou ao Vermelho que o atual ministro dos Esportes, Orlando Silva, continuará à frente da pasta na gestão da presidente Dilma Rousseff. Ele recebeu um telefonema da governante eleita, nesta manhã, confirmando o nome do comunista na sua equipe.
O partido vem mantendo conversas com Dilma há algumas semanas. Ela já havia externado que o ministério continuaria sob a direção do PCdoB, devido ao bom desempenho nas duas gestões do presidente Lula. Cogitou-se, contudo, que a ex-prefeita de Olinda e deputada federal eleita, Luciana Santos, pudesse ocupar o cargo, reforçando o projeto de Dilma de abrigar mais mulheres na sua equipe.
Para o PCdoB, contudo, a manutenção de Orlando era mesmo a melhor opção, já que, caso Luciana fosse deslocada para o Ministério, a legenda perderia sua cadeira na Câmara dos Deputados.
A indicação de Orlando garante a continuidade dos projetos iniciados por ele. Na próxima gestão, o Ministério dos Esportes terá grandes desafios pela frente, na preparação de eventos de grande porte, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Quanto ao comando da Autoridade Pública Olímpica (APO), entidade a ser criada em 2011, Rabelo informou que será discutido mais adiante. O órgão, que seria resposável por coordenar ações de planejamento e entrega de obras para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, ainda depende de votação no Congresso e de negociações entre as eferas federal, estadual e municipal. A ideia, contudo, é que o posto seja ocupado por alguém que tenha sinergia com Orlando. Mas a discussão de nomes ainda é assunto para o futuro.
Da Redação,
Joana Rozowykwiat
O partido vem mantendo conversas com Dilma há algumas semanas. Ela já havia externado que o ministério continuaria sob a direção do PCdoB, devido ao bom desempenho nas duas gestões do presidente Lula. Cogitou-se, contudo, que a ex-prefeita de Olinda e deputada federal eleita, Luciana Santos, pudesse ocupar o cargo, reforçando o projeto de Dilma de abrigar mais mulheres na sua equipe.
Para o PCdoB, contudo, a manutenção de Orlando era mesmo a melhor opção, já que, caso Luciana fosse deslocada para o Ministério, a legenda perderia sua cadeira na Câmara dos Deputados.
A indicação de Orlando garante a continuidade dos projetos iniciados por ele. Na próxima gestão, o Ministério dos Esportes terá grandes desafios pela frente, na preparação de eventos de grande porte, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Quanto ao comando da Autoridade Pública Olímpica (APO), entidade a ser criada em 2011, Rabelo informou que será discutido mais adiante. O órgão, que seria resposável por coordenar ações de planejamento e entrega de obras para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, ainda depende de votação no Congresso e de negociações entre as eferas federal, estadual e municipal. A ideia, contudo, é que o posto seja ocupado por alguém que tenha sinergia com Orlando. Mas a discussão de nomes ainda é assunto para o futuro.
Da Redação,
Joana Rozowykwiat
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Macro Região de Jundiaí reúne comitês para debater para debater projeto regional
Reuniram-se na terça-feira, dia 13 de dezembro, na sede do PCdoB de Jundiaí, os comitês de Vinhedo, Itupeva, Cabreúva, Caieiras, Piracaia, Louveira, Várzea Paulista, Mairiporã e Cajamar.
De acordo com a exposição do Presidente do PCdoB de Jundiaí e Coordenador da Macro Região Tércio Marinho, o objetivo do encontro foi apresentar o projeto de organização que será implementado à partir de 2011, cuja finalidade é preparar, planejar e executar estratégias conjuntas no intuito de fortalecer a organização e sua estrutura regional, de forma que os comitês se unam nos diferentes municípios onde o partido atua.
Para tanto definiu-se uma agenda de encontros regionais em sistema de rodízio para todo o ano de 2011. O encontro serviu também para expor a conjuntura nacional, que com a vitória da Dilma o povo brasileiro dá mostras que é a favor da construção de uma nação soberana, democrática e com justiça social. Grandes desafios aguardam o Partido no âmbito regional à partir de agora, considerando a campanha vitoriosa do camarada Pedro Bigardi reeleito Deputado Estadual, os diretório entendem que esse crescimento deve-se ao processo de renovação e projeção de novas lideranças do Partido no estado, tais como Netinho, Protógenes Queiroz, Leci Brandão, Gustavo Petta, Célio Turino, Júnior Aprillanti, Helifax, Antonio Bezão e tantos outros que "estrearam" como candidatos e foram fundamentais para o êxito do todo o projeto. Muito significativa para o Partido foi a reeleição para o sexto mandato do camarada Aldo Rebelo.
Merece destaque a importância da luta classes - especialmente das mulheres e dos jovens, segmentos considerados estratégicos para o partido. Os dirigentes do Partido em Jundiaí, Prof. Rafael Purgato (Organização), Prof. José Antonio (Finanças), Roberto Sá (Movimentos Sociais), Edgar Borges (Juventude), Donizetti Aparecido (Formação) e Brean (presidente da UJS) apresentaram o plano geral de organização e estruturação regional do Partido, dando início aos preparativos para os debates em torno dos temas que serão tratados nas conferências municipais do próximo ano. As conquistas atuais aumentam as responsabilidades e abrem muitas possibilidades de crescimento para o Partido em São Paulo, com base nesta constatação é que a coordenação da Macro Região, busca definir um sistema de organização que sistematize organicamente a relação com toda a região.
De forma geral o objetivo do partido pode ser resumido na perspectiva de se construir uma alternativa política ao modelo neoliberal do PSDB que governa o estado há mais de 16 anos e que esteja alinhada com o projeto que se desenvolve no país a partir do governo Lula.
De acordo com a exposição do Presidente do PCdoB de Jundiaí e Coordenador da Macro Região Tércio Marinho, o objetivo do encontro foi apresentar o projeto de organização que será implementado à partir de 2011, cuja finalidade é preparar, planejar e executar estratégias conjuntas no intuito de fortalecer a organização e sua estrutura regional, de forma que os comitês se unam nos diferentes municípios onde o partido atua.
Para tanto definiu-se uma agenda de encontros regionais em sistema de rodízio para todo o ano de 2011. O encontro serviu também para expor a conjuntura nacional, que com a vitória da Dilma o povo brasileiro dá mostras que é a favor da construção de uma nação soberana, democrática e com justiça social. Grandes desafios aguardam o Partido no âmbito regional à partir de agora, considerando a campanha vitoriosa do camarada Pedro Bigardi reeleito Deputado Estadual, os diretório entendem que esse crescimento deve-se ao processo de renovação e projeção de novas lideranças do Partido no estado, tais como Netinho, Protógenes Queiroz, Leci Brandão, Gustavo Petta, Célio Turino, Júnior Aprillanti, Helifax, Antonio Bezão e tantos outros que "estrearam" como candidatos e foram fundamentais para o êxito do todo o projeto. Muito significativa para o Partido foi a reeleição para o sexto mandato do camarada Aldo Rebelo.
Merece destaque a importância da luta classes - especialmente das mulheres e dos jovens, segmentos considerados estratégicos para o partido. Os dirigentes do Partido em Jundiaí, Prof. Rafael Purgato (Organização), Prof. José Antonio (Finanças), Roberto Sá (Movimentos Sociais), Edgar Borges (Juventude), Donizetti Aparecido (Formação) e Brean (presidente da UJS) apresentaram o plano geral de organização e estruturação regional do Partido, dando início aos preparativos para os debates em torno dos temas que serão tratados nas conferências municipais do próximo ano. As conquistas atuais aumentam as responsabilidades e abrem muitas possibilidades de crescimento para o Partido em São Paulo, com base nesta constatação é que a coordenação da Macro Região, busca definir um sistema de organização que sistematize organicamente a relação com toda a região.
De forma geral o objetivo do partido pode ser resumido na perspectiva de se construir uma alternativa política ao modelo neoliberal do PSDB que governa o estado há mais de 16 anos e que esteja alinhada com o projeto que se desenvolve no país a partir do governo Lula.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
PCdoB, PPS, PSOL e PT: UNIDOS POR UMA JUNDIAÍ LIVRE!
É preciso deixar claro que esta união de esforços não tem nada a ver com alianças eleitorais e com possíveis candidaturas, mas sim com um movimento político de oposição que executará ações públicas nas ruas visando mobilizar os 2/3 da sociedade que não querem mais o PSDB no comando da prefeitura.
- por Cesar Tayar, presidente do PPS, no blog do Beduíno
O retrocesso político representado pelo PSDB de Jundiaí está com seus dias contados. Um modelo feudalista que gerou o que existe de mais rançoso na política atual deixando a cidade marcada pelo lamentável conceito de o público estar a serviço do privado e não do povo, está sofrendo um duro golpe.
Há algumas semanas os partidos de oposição vem se reunindo para discutirem o futuro do município e a possibilidade de uma inédita união de esforços cujo objetivo principal é colocarem um fim na monarquia tucana que já dura 20 anos e que usa o princípio imperial de "dividir para governar".
Os partidos que, inicialmente, tem se reunido são os seguintes por ordem alfabética: PCdoB, PPS, PSOL e PT. Na noite de ontem, na sede do Sindicato dos Bancários, foi selada uma aliança política jamais realizada em Jundiaí já que a rotina do segmento oposicionista tem sido de isolamento e não de união. As várias reuniões realizadas demonstraram uma oposição mais madura e com uma visão mais clara de que são necessárias mudanças de práticas e de estratégias para que se obtenham resultados diferentes dos colhidos até hoje.
É preciso deixar claro que esta união de esforços não tem nada a ver com alianças eleitorais e com possíveis candidaturas, mas sim com um movimento político de oposição que executará ações públicas nas ruas visando mobilizar os 2/3 da sociedade que não querem mais o PSDB no comando da prefeitura.
Uma vez estabelecida esta união, a partir de agora a direção destes 4 partidos irão planejar os detalhes deste movimento que deverá ser desencadeado já a partir de janeiro de 2011. Esta aliança é um grande avanço, sem dúvida nenhuma, cujos resultados deverão provocar mudanças profundas no futuro político de Jundiaí.
- por Cesar Tayar, presidente do PPS, no blog do Beduíno
O PCdoB está nesta luta! |
Há algumas semanas os partidos de oposição vem se reunindo para discutirem o futuro do município e a possibilidade de uma inédita união de esforços cujo objetivo principal é colocarem um fim na monarquia tucana que já dura 20 anos e que usa o princípio imperial de "dividir para governar".
Os partidos que, inicialmente, tem se reunido são os seguintes por ordem alfabética: PCdoB, PPS, PSOL e PT. Na noite de ontem, na sede do Sindicato dos Bancários, foi selada uma aliança política jamais realizada em Jundiaí já que a rotina do segmento oposicionista tem sido de isolamento e não de união. As várias reuniões realizadas demonstraram uma oposição mais madura e com uma visão mais clara de que são necessárias mudanças de práticas e de estratégias para que se obtenham resultados diferentes dos colhidos até hoje.
É preciso deixar claro que esta união de esforços não tem nada a ver com alianças eleitorais e com possíveis candidaturas, mas sim com um movimento político de oposição que executará ações públicas nas ruas visando mobilizar os 2/3 da sociedade que não querem mais o PSDB no comando da prefeitura.
Uma vez estabelecida esta união, a partir de agora a direção destes 4 partidos irão planejar os detalhes deste movimento que deverá ser desencadeado já a partir de janeiro de 2011. Esta aliança é um grande avanço, sem dúvida nenhuma, cujos resultados deverão provocar mudanças profundas no futuro político de Jundiaí.
sábado, 20 de novembro de 2010
Dia da Consciência Negra: Ativistas comentam estatuto e desafios da luta antirracista
.
Neste sábado (20) é celebrado o Dia da Consciência Negra, o primeiro depois da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho deste ano. Apesar de reconhecerem os avanços recentes, líderes do movimento negro afirmam que o próximo governo terá muitos desafios, como a ampliação do ProUni (Programa Universidade para Todos) e a aprovação de novos projetos que visem à igualdade de oportunidades.
Para o fundador da ONG Educafro, frei David Raimundos Santos, a maior conquista da população negra no governo Lula foi o ProUni (Programa Universidade para Todos), criado em 2004. "Em cinco anos, só o ProUni colocou mais negros nas universidades do que os últimos cem anos de Brasil. E nós, negros, temos a consciência de que o que vai provocar a mobilidade social do povo negro é o acesso à educação de qualidade".
Entretanto, ele ressalta que o programa sozinho não é totalmente eficaz. O fundador da Educafro espera que Dilma amplie o projeto e crie uma bolsa para auxiliar os estudantes atendidos pelo ProUni nos gastos de transporte e alimentação.
Leia também: Netinho e outras lideranças comentam Semana da Consciência Negra
"[Dilma precisa] fazer com urgência um plano para que todo aluno que entrou na universidade com bolsa possa ter direito à bolsa permanente [para transporte, alimentação e livros]. Porque muitas pessoas pobres e negras estão entrando na faculdade, mas, por não ter dinheiro [para se manter no curso], estão abandonando. E nós queremos otimizar em 100% o ingresso do negro e pobre na universidade", diz Santos.
Outro desafio para o próximo governo é, na opinião dele, aprovar com mais rapidez os projetos da comunidade negra que tramitam no Congresso. "Existem mais de 15 projetos da comunidade circulando na Câmara e no Senado. Esses projetos todos estão abandonados porque a base governamental não teve prioridade em fazer com que eles fossem votados", critica.
Mulheres negras
Sueli Carneiro, coordenadora executiva do Geledés (grupo de mulheres
do movimento negro) afirma que a luta pela igualdade e equidade ao acesso às oportunidades sociais no Brasil é um trabalho permanente e de muita persistência. "A cada ano a consciência da população negra em geral é ampliada e isso pode ser verificado através dos debates nas mídias, escolas e poder público. O 20 de novembro é hoje uma data vibrante que demonstra a importância da construção e consolidação da consciência da sociedade civil negra em geral. É um período de reflexão, ação e intervenção em torno da questão racial", afirma Sueli.
Para ela, o Estatuto da Igualdade Racial (de 20 de julho de 2010), do jeito como foi sancionado, causou frustração, pois deixou de fora temas fundamentais. "Ele deve continuar servindo como um objeto de disputa para que venha a incorporar as demandas da população negra. Costumo dizer que a luta continua e que o estatuto deve ser aperfeiçoado nos próximos anos", opina a coordenadora do Geledés.
Nilza Iraci Silva, também do Geledés, afirma que o principal avanço do governo Lula foi a criação da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), em março de 2003. Mas ela pondera que a situação está longe de ser a ideal. Nilza destaca que faltam políticas públicas efetivas que beneficiem a população negra.
"O problema é quais são os recursos destinados a essas secretarias, e [quais são] as políticas efetivas implementadas pelos outros ministérios", avalia.
Questionada sobre as expectativas para o próximo governo, Nilza afirma que espera um levantamento detalhado de onde e como vivem os negros e quais são os seus principais problemas. Segundo ela, só com esse levantamento será possível colocar em prática as políticas públicas que os beneficiem.
"É preciso levar a questão social a sério. [...] A gente precisa de indicadores sérios em todas as áreas, educação, saúde, trabalho, que demonstrem o lugar que ocupa essa população no Brasil. Uma vez de posse desses dados, podemos criar políticas efetivas de promoção dessa população", afirma Nilza.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2009, 6,8% dos brasileiros se declaram negros, 43,8% dizem ser pardos e 48,4% se consideram brancos. Outras etnias somam 0,9%, segundo os números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Romper com a invisibilidade
Segundo o jornalista responsável e criador da Afropress, Dojival Vieira dos Santos, o objetivo da agência de notícia é romper com a invisibilidade sobre a questão do racismo e contribuir para que o tema da igualdade integre efetivamente a agenda pública. “A abolição não representou para os negros a inclusão. O Brasil é majoritariamente auto-declarado preto e pardo e mesmo assim os negros continuam ocupando as piores posições em todos os indicadores sócio-econômicos”, diz.
Ele cita uma pesquisa divulgada no último dia 11, pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social e pelo Ibope que revela que a proporção de negros no quadro funcional das 500 maiores empresas cresceu apenas 6% entre 2007 e 2009 — subindo de 25,1 para 31,1%. Os números revelam que o maior abismo maior se dá nos cargos de direção. Embora tenham melhorado em 50%: o número de negros no comando das empresas que responderam a pesquisa é de 5,3% contra 3,5% no último levantamento, em 2007.
“Nós ainda somos um país em que a democracia se traduz na falta de
acesso ao universo de direitos e da cidadania para a maioria da população – declaradamente negra e parda. A pobreza no Brasil tem cor. Os negros ganham menos, moram mal, não são representados no poder publico e têm expectativa de vida seis anos menor. O Brasil precisa ajustar contas com essa herança maldita para consolidação da democracia”.
Para Dojival, a sanção do Estatuto da Igualdade Racial pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um avanço, mas não deve se limitar apenas a uma declaração de intenção. “Há um risco do estatuto se tornar apenas uma norma programática. Precisamos de um movimento social capaz de demandar, junto ao Estado, a concretização dessas intenções expressas no estatuto. O acesso ao universo de direitos deveria ter sido concretizado na época da Lei Áurea, mas
o simples fato de termos o estatuto já significa um avanço”.
Inclusão com informação
O cineasta e doutor em Cultura pela USP, Celso Prudente, explica que existe atualmente no Brasil um processo de consolidação da democracia onde o próprio Estado reconhece a desigualdade racial e passa a promover ações em favor da integração do negro na sociedade brasileira.
“Começamos a desenvolver uma discussão de políticas públicas de
ações afirmativas e reparatórias. Dentro dessas ações afirmativas estão contemplados os programas em que o negro passa a se afirmar como um valor africano que foi fundamental para o processo de formação da cultura brasileira. Já as ações reparatórias incluem, por exemplo, as cotas raciais no ensino e no serviço público. Não haverá democracia no Brasil, enquanto o negro não estiver integrado”.
Prudente fala ainda da necessidade da inclusão dos negros no processo de informação do país, que assumiu um papel fundamental nas últimas décadas. “Não estamos inseridos de uma maneira justa nos meios de comunicação de massa. Numa sociedade da informação a imagem tem mais poder do que a escrita. É necessário que os setores mais avançados da sociedade desenvolvam uma ampla campanha pela participação dos negros nos meios de comunicação e televisões públicas. É um absurdo que o negro pague imposto e não se identifique com a programação das TVs públicas”.
Ainda de acordo com o cineasta, o Estatuto da Igualdade Racial é uma
conquista como instrumento político. “Ele saiu de uma discussão que o governo abriu com a sociedade para se pensar a questão dos direitos raciais. Por si só, ele já é uma conquista”.
Estatuto precisa de regulamentação
Segundo o chefe da assessoria parlamentar da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Benedito Cintra, o Estatuto da Igualdade Racial cria direitos, mas ainda necessita ser regulamentado. “O estatuto tem o caráter programático e precisa de leis, decretos e portarias para materializar esses direitos. Ele é uma peça complexa e ao entrar no ordenamento jurídico precisará dialogar ainda mais com a Constituição, outras leis e códigos. O processo é um pouco longo. Ele precisa de uma regulamentação que vá lidando com as novas realidades”.
Para Cintra, o processo de regulamentação do estatuto precisa da participação dos movimentos sociais ligados às questões raciais do Brasil. “Como vivemos em um processo democrático, é essencial que os beneficiários atuem na regulamentação. O mais provável é que esse processo se inicie de forma mais ampla durante o governo da presidente eleita, Dilma Rousseff”.
“Temos um Plano Nacional da Igualdade Racial em construção, temos o estatuto que vai abrir possibilidades para novas leis, decretos e materializar situações -- nesse aspecto o Brasil é referência no mundo. O Brasil hoje é ouvido nesta questão de luta pela igualdade. Não podemos em uma ou duas décadas reparar um processo de desigualdade que tem mais de 500 anos. O estatuto não é um bem apenas da população negra, mas de toda a sociedade brasileira”, opina Cintra.
Ativismo no Congresso Nacional
O deputado federal Evandro Milhomen (PCdoB-AP) é um dos parlamentares mais ativos na questão racial no Congresso Nacional.
Para ele, a semana da Consciência Negra é um momento que aproveitamos para lembrar e celebrar a luta contra a discriminação, de retratar a memória histórica do que originou a desigualdade racial e a natureza desse preconceito." Hoje temos uma bancada na Câmara que pensa de forma positiva sobre todas as necessidades e direitos dos negros. Estamos firmes para trabalhar que o negro seja visto na sociedade de forma íntegra e capaz de gerar progresso à sociedade", afirma.
Ele concorda que uma das grandes conquistas que mostram essa evolução é o Estatuto da Igualdade Racial.
"Na próxima legislatura, continuaremos a provocar este debate, que é um instrumento importante para as políticas públicas de igualdade racial, assim como o reconhecimento das comunidades quilombolas, a promoção do trabalho, acesso à moradia adequada e muitos outros pontos que garantem os direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico e social", diz Milhomen.
Segundo ele, "apesar de não termos conquistado tudo, é uma luta que não pode parar. São mais de 100 anos de luta pelo reconhecimento da participação do negro na história do país".
Neste sábado (20) é celebrado o Dia da Consciência Negra, o primeiro depois da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho deste ano. Apesar de reconhecerem os avanços recentes, líderes do movimento negro afirmam que o próximo governo terá muitos desafios, como a ampliação do ProUni (Programa Universidade para Todos) e a aprovação de novos projetos que visem à igualdade de oportunidades.
Para o fundador da ONG Educafro, frei David Raimundos Santos, a maior conquista da população negra no governo Lula foi o ProUni (Programa Universidade para Todos), criado em 2004. "Em cinco anos, só o ProUni colocou mais negros nas universidades do que os últimos cem anos de Brasil. E nós, negros, temos a consciência de que o que vai provocar a mobilidade social do povo negro é o acesso à educação de qualidade".
Entretanto, ele ressalta que o programa sozinho não é totalmente eficaz. O fundador da Educafro espera que Dilma amplie o projeto e crie uma bolsa para auxiliar os estudantes atendidos pelo ProUni nos gastos de transporte e alimentação.
Leia também: Netinho e outras lideranças comentam Semana da Consciência Negra
"[Dilma precisa] fazer com urgência um plano para que todo aluno que entrou na universidade com bolsa possa ter direito à bolsa permanente [para transporte, alimentação e livros]. Porque muitas pessoas pobres e negras estão entrando na faculdade, mas, por não ter dinheiro [para se manter no curso], estão abandonando. E nós queremos otimizar em 100% o ingresso do negro e pobre na universidade", diz Santos.
Outro desafio para o próximo governo é, na opinião dele, aprovar com mais rapidez os projetos da comunidade negra que tramitam no Congresso. "Existem mais de 15 projetos da comunidade circulando na Câmara e no Senado. Esses projetos todos estão abandonados porque a base governamental não teve prioridade em fazer com que eles fossem votados", critica.
Mulheres negras
Sueli Carneiro, coordenadora executiva do Geledés (grupo de mulheres
do movimento negro) afirma que a luta pela igualdade e equidade ao acesso às oportunidades sociais no Brasil é um trabalho permanente e de muita persistência. "A cada ano a consciência da população negra em geral é ampliada e isso pode ser verificado através dos debates nas mídias, escolas e poder público. O 20 de novembro é hoje uma data vibrante que demonstra a importância da construção e consolidação da consciência da sociedade civil negra em geral. É um período de reflexão, ação e intervenção em torno da questão racial", afirma Sueli.
Para ela, o Estatuto da Igualdade Racial (de 20 de julho de 2010), do jeito como foi sancionado, causou frustração, pois deixou de fora temas fundamentais. "Ele deve continuar servindo como um objeto de disputa para que venha a incorporar as demandas da população negra. Costumo dizer que a luta continua e que o estatuto deve ser aperfeiçoado nos próximos anos", opina a coordenadora do Geledés.
Nilza Iraci Silva, também do Geledés, afirma que o principal avanço do governo Lula foi a criação da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), em março de 2003. Mas ela pondera que a situação está longe de ser a ideal. Nilza destaca que faltam políticas públicas efetivas que beneficiem a população negra.
"O problema é quais são os recursos destinados a essas secretarias, e [quais são] as políticas efetivas implementadas pelos outros ministérios", avalia.
Questionada sobre as expectativas para o próximo governo, Nilza afirma que espera um levantamento detalhado de onde e como vivem os negros e quais são os seus principais problemas. Segundo ela, só com esse levantamento será possível colocar em prática as políticas públicas que os beneficiem.
"É preciso levar a questão social a sério. [...] A gente precisa de indicadores sérios em todas as áreas, educação, saúde, trabalho, que demonstrem o lugar que ocupa essa população no Brasil. Uma vez de posse desses dados, podemos criar políticas efetivas de promoção dessa população", afirma Nilza.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2009, 6,8% dos brasileiros se declaram negros, 43,8% dizem ser pardos e 48,4% se consideram brancos. Outras etnias somam 0,9%, segundo os números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Romper com a invisibilidade
Segundo o jornalista responsável e criador da Afropress, Dojival Vieira dos Santos, o objetivo da agência de notícia é romper com a invisibilidade sobre a questão do racismo e contribuir para que o tema da igualdade integre efetivamente a agenda pública. “A abolição não representou para os negros a inclusão. O Brasil é majoritariamente auto-declarado preto e pardo e mesmo assim os negros continuam ocupando as piores posições em todos os indicadores sócio-econômicos”, diz.
Ele cita uma pesquisa divulgada no último dia 11, pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social e pelo Ibope que revela que a proporção de negros no quadro funcional das 500 maiores empresas cresceu apenas 6% entre 2007 e 2009 — subindo de 25,1 para 31,1%. Os números revelam que o maior abismo maior se dá nos cargos de direção. Embora tenham melhorado em 50%: o número de negros no comando das empresas que responderam a pesquisa é de 5,3% contra 3,5% no último levantamento, em 2007.
“Nós ainda somos um país em que a democracia se traduz na falta de
acesso ao universo de direitos e da cidadania para a maioria da população – declaradamente negra e parda. A pobreza no Brasil tem cor. Os negros ganham menos, moram mal, não são representados no poder publico e têm expectativa de vida seis anos menor. O Brasil precisa ajustar contas com essa herança maldita para consolidação da democracia”.
Para Dojival, a sanção do Estatuto da Igualdade Racial pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um avanço, mas não deve se limitar apenas a uma declaração de intenção. “Há um risco do estatuto se tornar apenas uma norma programática. Precisamos de um movimento social capaz de demandar, junto ao Estado, a concretização dessas intenções expressas no estatuto. O acesso ao universo de direitos deveria ter sido concretizado na época da Lei Áurea, mas
o simples fato de termos o estatuto já significa um avanço”.
Inclusão com informação
O cineasta e doutor em Cultura pela USP, Celso Prudente, explica que existe atualmente no Brasil um processo de consolidação da democracia onde o próprio Estado reconhece a desigualdade racial e passa a promover ações em favor da integração do negro na sociedade brasileira.
“Começamos a desenvolver uma discussão de políticas públicas de
ações afirmativas e reparatórias. Dentro dessas ações afirmativas estão contemplados os programas em que o negro passa a se afirmar como um valor africano que foi fundamental para o processo de formação da cultura brasileira. Já as ações reparatórias incluem, por exemplo, as cotas raciais no ensino e no serviço público. Não haverá democracia no Brasil, enquanto o negro não estiver integrado”.
Prudente fala ainda da necessidade da inclusão dos negros no processo de informação do país, que assumiu um papel fundamental nas últimas décadas. “Não estamos inseridos de uma maneira justa nos meios de comunicação de massa. Numa sociedade da informação a imagem tem mais poder do que a escrita. É necessário que os setores mais avançados da sociedade desenvolvam uma ampla campanha pela participação dos negros nos meios de comunicação e televisões públicas. É um absurdo que o negro pague imposto e não se identifique com a programação das TVs públicas”.
Ainda de acordo com o cineasta, o Estatuto da Igualdade Racial é uma
conquista como instrumento político. “Ele saiu de uma discussão que o governo abriu com a sociedade para se pensar a questão dos direitos raciais. Por si só, ele já é uma conquista”.
Estatuto precisa de regulamentação
Segundo o chefe da assessoria parlamentar da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Benedito Cintra, o Estatuto da Igualdade Racial cria direitos, mas ainda necessita ser regulamentado. “O estatuto tem o caráter programático e precisa de leis, decretos e portarias para materializar esses direitos. Ele é uma peça complexa e ao entrar no ordenamento jurídico precisará dialogar ainda mais com a Constituição, outras leis e códigos. O processo é um pouco longo. Ele precisa de uma regulamentação que vá lidando com as novas realidades”.
Para Cintra, o processo de regulamentação do estatuto precisa da participação dos movimentos sociais ligados às questões raciais do Brasil. “Como vivemos em um processo democrático, é essencial que os beneficiários atuem na regulamentação. O mais provável é que esse processo se inicie de forma mais ampla durante o governo da presidente eleita, Dilma Rousseff”.
“Temos um Plano Nacional da Igualdade Racial em construção, temos o estatuto que vai abrir possibilidades para novas leis, decretos e materializar situações -- nesse aspecto o Brasil é referência no mundo. O Brasil hoje é ouvido nesta questão de luta pela igualdade. Não podemos em uma ou duas décadas reparar um processo de desigualdade que tem mais de 500 anos. O estatuto não é um bem apenas da população negra, mas de toda a sociedade brasileira”, opina Cintra.
Ativismo no Congresso Nacional
O deputado federal Evandro Milhomen (PCdoB-AP) é um dos parlamentares mais ativos na questão racial no Congresso Nacional.
Para ele, a semana da Consciência Negra é um momento que aproveitamos para lembrar e celebrar a luta contra a discriminação, de retratar a memória histórica do que originou a desigualdade racial e a natureza desse preconceito." Hoje temos uma bancada na Câmara que pensa de forma positiva sobre todas as necessidades e direitos dos negros. Estamos firmes para trabalhar que o negro seja visto na sociedade de forma íntegra e capaz de gerar progresso à sociedade", afirma.
Ele concorda que uma das grandes conquistas que mostram essa evolução é o Estatuto da Igualdade Racial.
"Na próxima legislatura, continuaremos a provocar este debate, que é um instrumento importante para as políticas públicas de igualdade racial, assim como o reconhecimento das comunidades quilombolas, a promoção do trabalho, acesso à moradia adequada e muitos outros pontos que garantem os direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico e social", diz Milhomen.
Segundo ele, "apesar de não termos conquistado tudo, é uma luta que não pode parar. São mais de 100 anos de luta pelo reconhecimento da participação do negro na história do país".
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Ódio e preconceito: “Jornal de Jundiaí” agride a honra de mais de 87 mil jundiaienses
.
As pessoas que lutam por uma sociedade mais justa, humana, igualitária, livre e democrática serão eternamente gratas aos Mazzonis e seus pares pela ajuda – mesmo que involuntária - na nossa caminhada rumo ao socialismo e a um mundo melhor.
- por Tércio Marinho, presidente do PCdoB de Jundiaí
A terceira derrota consecutiva da direita neoliberal, representada pela aliança entre PSDB e DEM, ao Governo Federal do Brasil deixou grande parte de seus apoiadores espumando de ódio e rancor, inclusive aqueles que trabalham na mídia corporativa. Eles não conseguem acreditar que, mesmo depois de oito anos batendo diariamente no governo Lula e depois em sua candidata, o político apoiado pelos seus patrões, José Serra, levou mais uma surra nas urnas (principalmente em Estados do sudeste como Minas Gerais, dominado pelo PSDB há anos, e Rio de Janeiro).
Então, ao invés de serem honestos e corajosos e analisarem os motivos que levaram o candidato deles à derrota humilhante à luz do sucesso incontestável do governo Lula, o que fazem? Simples: resolvem tentar desqualificar os votos dos eleitores de Dilma Rousseff e inventam teorias sobre um “Brasil dividido” entre os supostamente “iluminados” sulistas que votaram em José Serra e os “ignorantes” nortistas e nordestinos que, deliram, elegeram a candidata da aliança de centro-esquerda.
Todavia, basta analisar os resultados das votações nos Estados, como os já citados MG e RJ ou o Rio Grande do Sul, por exemplo, onde Dilma perdeu para Serra por uma diferença menor do que 1%, para perceber que essas afirmações são absolutamente ridículas. Além disso, já foi comprovado que Dilma seria eleita mesmo sem os votos do Nordeste (confira o gráfico mais abaixo).
Muitos artigos foram escritos e publicados na “grande mídia” nos últimos dias repletos de afirmações preconceituosas, machistas, sexistas e francamente ofensivas tanto à presidente Dilma Rousseff como a seus eleitores. Mas nenhum supera o texto assinado pelo editor-chefe do Jornal de Jundiaí, Sidney Mazzoni, e publicado em seu editorial semanal no dia 1 de novembro de 2010.
Repleto das costumeiras incorreções, distorções, comentários misóginos (como chamar a recém eleita Presidente da república de “dona Dilma”) e grosserias que são as marcas registradas desse pseudo-jornalista que, ao que tudo indica, tem carta branca da direção do jornal para atacar e denegrir quem ele bem entender, o texto merece a nossa atenção por conter uma agressão abominável à honra da população que votou em Dilma Rousseff, especialmente os mais de 87 mil jundiaienses que optaram pela petista nas urnas - muitos dos quais devem ser inclusive assinantes do jornal!
Vejam a que ponto chega o editor-chefe do jornal mais vendido de Jundiaí na sua ânsia de destilar o ódio que sente pela derrota de seu candidato José Serra:
“Que dona Dilma coloque o Bolsa Família, o maior programa assistencialista-eleitoreiro da história do País, nos eixos. Criado para botar comida na boca dos pobres, colocou esticados na rede uma geração de vagabundos, que vive às custas de quantos filhos a mulher conseguir parir na temporada de acasalamento. E do dinheiro de quem trabalha de verdade.”
Ou seja, para o Jornal de Jundiaí, em nome do qual escreve seu editor-chefe, todas as pessoas que votaram em Dilma o fizeram por causa do Bolsa Família, um programa eleitoreiro que tornou “vagabundos” todos os pobres que “vivem às custas dos filhos paridos na temporada de acasalamento”!
Os teores de preconceito social e ignomínia contidos nessa afirmação ultrapassam qualquer limite racional, mas não vamos nos ater a tais detalhes sórdidos, pois no fundo revelam apenas os desvios éticos e psicológicos de seu autor. Poderíamos inclusive troçar do pseudo-jornalista já que o candidato dele, José Serra, não apenas prometeu manter o programa como está, mas que passaria também a oferecer 13º salário aos beneficiários do Bolsa Família!
O que interessa é que qualquer pessoa minimamente honesta e bem informada sabe que a insinuação feita pelo JJ é mentira pura e simples.
O ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) divulgou que atualmente cerca de 12 milhões de famílias são atendidas pelo programa (considerando que apenas mãe e pai tem idade para votar, teríamos um total de, no máximo, 24 milhões de eleitores diretamente beneficiados), enquanto Dilma obteve mais de 55 milhões de votos. Em Jundiaí cerca de 7 mil famílias recebem o Bolsa Família, o que daria no máximo 14 mil eleitores, contra os 87 mil votos que a candidata da aliança de centro-esquerda conquistou na cidade. Sem dizer que existem muitas pessoas que, mesmo recebendo o Bolsa Família e outros benefícios proporcionados pelo Governo Federal, optaram por votar no candidato da direita neoliberal.
Outro dado convenientemente ignorado pelo Jornal de Jundiaí: até janeiro deste ano, mais de 4,1 milhões de famílias tiveram o benefício do Programa Bolsa Família cancelado, segundo dados do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome). De acordo com informações da Agência Brasil, os cortes são referentes ao aumento da renda per capita familiar sobre o piso mínimo estabelecido pelo programa. No geral, mais de 2,2 milhões de famílias (54%) foram dispensadas do benefício ou tiveram o auxílio suspenso pela elevação da renda (clique aqui para ler a matéria do site Infomoney).
Ou seja, quem afirma que o Bolsa Família “colocou esticados na rede uma geração de vagabundos” está agindo com pura má fé – o que é ainda mais grave no caso de um suposto jornalista que deveria, em nome da profissão e da ética, defender a verdade factual acima de tudo.
Momentos como esse em que vivemos no Brasil hoje, da vitória do amor sobre o ódio e da verdade sobre a mentira, quebram velhos paradigmas e são de grande importância histórica. Os oitos anos de Lula à frente do Governo Federal elevaram os pobres, os famintos e os marginalizados à condição de seres humanos, fator que infelizmente é inadmissível para alguns supostos defensores da democracia, da tolerância e da diversidade que, impulsionados pelo seu ódio de classe e pela sua soberba, são forçados a tirarem suas máscaras e mostrarem a todos suas verdadeiras faces.
A despeito do lixo grosseiro e ofensivo que destilam em páginas impressas ou virtuais, isso é extremamente positivo para a democracia, pois permite que a população analise e forme sua opinião crítica a partir de revelações públicas de valores e crenças que até ontem só eram confessados em conversas privadas entre a minoria que deu as cartas no Brasil até 2002. Não é à toa, portanto, que a dita “mídia grande” e seus autoproclamados “formadores de opinião” perdem a credibilidade e o respeito da população a cada dia e não conseguem mais manipular o coração e a mente da maioria dos brasileiros.
É por tudo isso que as pessoas que lutam por uma sociedade mais justa, humana, igualitária, livre, democrática e ecologicamente sustentável serão eternamente gratas aos Mazzonis e seus pares pela ajuda – mesmo que involuntária - na nossa caminhada rumo ao socialismo e a um mundo melhor.
As pessoas que lutam por uma sociedade mais justa, humana, igualitária, livre e democrática serão eternamente gratas aos Mazzonis e seus pares pela ajuda – mesmo que involuntária - na nossa caminhada rumo ao socialismo e a um mundo melhor.
- por Tércio Marinho, presidente do PCdoB de Jundiaí
A terceira derrota consecutiva da direita neoliberal, representada pela aliança entre PSDB e DEM, ao Governo Federal do Brasil deixou grande parte de seus apoiadores espumando de ódio e rancor, inclusive aqueles que trabalham na mídia corporativa. Eles não conseguem acreditar que, mesmo depois de oito anos batendo diariamente no governo Lula e depois em sua candidata, o político apoiado pelos seus patrões, José Serra, levou mais uma surra nas urnas (principalmente em Estados do sudeste como Minas Gerais, dominado pelo PSDB há anos, e Rio de Janeiro).
Então, ao invés de serem honestos e corajosos e analisarem os motivos que levaram o candidato deles à derrota humilhante à luz do sucesso incontestável do governo Lula, o que fazem? Simples: resolvem tentar desqualificar os votos dos eleitores de Dilma Rousseff e inventam teorias sobre um “Brasil dividido” entre os supostamente “iluminados” sulistas que votaram em José Serra e os “ignorantes” nortistas e nordestinos que, deliram, elegeram a candidata da aliança de centro-esquerda.
Todavia, basta analisar os resultados das votações nos Estados, como os já citados MG e RJ ou o Rio Grande do Sul, por exemplo, onde Dilma perdeu para Serra por uma diferença menor do que 1%, para perceber que essas afirmações são absolutamente ridículas. Além disso, já foi comprovado que Dilma seria eleita mesmo sem os votos do Nordeste (confira o gráfico mais abaixo).
Muitos artigos foram escritos e publicados na “grande mídia” nos últimos dias repletos de afirmações preconceituosas, machistas, sexistas e francamente ofensivas tanto à presidente Dilma Rousseff como a seus eleitores. Mas nenhum supera o texto assinado pelo editor-chefe do Jornal de Jundiaí, Sidney Mazzoni, e publicado em seu editorial semanal no dia 1 de novembro de 2010.
Repleto das costumeiras incorreções, distorções, comentários misóginos (como chamar a recém eleita Presidente da república de “dona Dilma”) e grosserias que são as marcas registradas desse pseudo-jornalista que, ao que tudo indica, tem carta branca da direção do jornal para atacar e denegrir quem ele bem entender, o texto merece a nossa atenção por conter uma agressão abominável à honra da população que votou em Dilma Rousseff, especialmente os mais de 87 mil jundiaienses que optaram pela petista nas urnas - muitos dos quais devem ser inclusive assinantes do jornal!
Vejam a que ponto chega o editor-chefe do jornal mais vendido de Jundiaí na sua ânsia de destilar o ódio que sente pela derrota de seu candidato José Serra:
“Que dona Dilma coloque o Bolsa Família, o maior programa assistencialista-eleitoreiro da história do País, nos eixos. Criado para botar comida na boca dos pobres, colocou esticados na rede uma geração de vagabundos, que vive às custas de quantos filhos a mulher conseguir parir na temporada de acasalamento. E do dinheiro de quem trabalha de verdade.”
Ou seja, para o Jornal de Jundiaí, em nome do qual escreve seu editor-chefe, todas as pessoas que votaram em Dilma o fizeram por causa do Bolsa Família, um programa eleitoreiro que tornou “vagabundos” todos os pobres que “vivem às custas dos filhos paridos na temporada de acasalamento”!
Os teores de preconceito social e ignomínia contidos nessa afirmação ultrapassam qualquer limite racional, mas não vamos nos ater a tais detalhes sórdidos, pois no fundo revelam apenas os desvios éticos e psicológicos de seu autor. Poderíamos inclusive troçar do pseudo-jornalista já que o candidato dele, José Serra, não apenas prometeu manter o programa como está, mas que passaria também a oferecer 13º salário aos beneficiários do Bolsa Família!
O que interessa é que qualquer pessoa minimamente honesta e bem informada sabe que a insinuação feita pelo JJ é mentira pura e simples.
O ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) divulgou que atualmente cerca de 12 milhões de famílias são atendidas pelo programa (considerando que apenas mãe e pai tem idade para votar, teríamos um total de, no máximo, 24 milhões de eleitores diretamente beneficiados), enquanto Dilma obteve mais de 55 milhões de votos. Em Jundiaí cerca de 7 mil famílias recebem o Bolsa Família, o que daria no máximo 14 mil eleitores, contra os 87 mil votos que a candidata da aliança de centro-esquerda conquistou na cidade. Sem dizer que existem muitas pessoas que, mesmo recebendo o Bolsa Família e outros benefícios proporcionados pelo Governo Federal, optaram por votar no candidato da direita neoliberal.
Outro dado convenientemente ignorado pelo Jornal de Jundiaí: até janeiro deste ano, mais de 4,1 milhões de famílias tiveram o benefício do Programa Bolsa Família cancelado, segundo dados do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome). De acordo com informações da Agência Brasil, os cortes são referentes ao aumento da renda per capita familiar sobre o piso mínimo estabelecido pelo programa. No geral, mais de 2,2 milhões de famílias (54%) foram dispensadas do benefício ou tiveram o auxílio suspenso pela elevação da renda (clique aqui para ler a matéria do site Infomoney).
Ou seja, quem afirma que o Bolsa Família “colocou esticados na rede uma geração de vagabundos” está agindo com pura má fé – o que é ainda mais grave no caso de um suposto jornalista que deveria, em nome da profissão e da ética, defender a verdade factual acima de tudo.
Momentos como esse em que vivemos no Brasil hoje, da vitória do amor sobre o ódio e da verdade sobre a mentira, quebram velhos paradigmas e são de grande importância histórica. Os oitos anos de Lula à frente do Governo Federal elevaram os pobres, os famintos e os marginalizados à condição de seres humanos, fator que infelizmente é inadmissível para alguns supostos defensores da democracia, da tolerância e da diversidade que, impulsionados pelo seu ódio de classe e pela sua soberba, são forçados a tirarem suas máscaras e mostrarem a todos suas verdadeiras faces.
A despeito do lixo grosseiro e ofensivo que destilam em páginas impressas ou virtuais, isso é extremamente positivo para a democracia, pois permite que a população analise e forme sua opinião crítica a partir de revelações públicas de valores e crenças que até ontem só eram confessados em conversas privadas entre a minoria que deu as cartas no Brasil até 2002. Não é à toa, portanto, que a dita “mídia grande” e seus autoproclamados “formadores de opinião” perdem a credibilidade e o respeito da população a cada dia e não conseguem mais manipular o coração e a mente da maioria dos brasileiros.
É por tudo isso que as pessoas que lutam por uma sociedade mais justa, humana, igualitária, livre, democrática e ecologicamente sustentável serão eternamente gratas aos Mazzonis e seus pares pela ajuda – mesmo que involuntária - na nossa caminhada rumo ao socialismo e a um mundo melhor.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Em artigo, Bigardi lamenta falta de diálogo da Prefeitura do PSDB com a população jundiaiense
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“Em qualquer governo minimamente democrático, os cidadãos opinam sobre o seu futuro e o de sua cidade. Aqui, não. Em governos cinzentos e obscuros, os interesses da maioria nem sempre são respeitados”. Assim o deputado estadual Pedro Bigardi se posicionou contrariamente ao modo como a Prefeitura de Jundiaí trata os assuntos relacionados a obras e desapropriações de imóveis no município.
A crítica ao modelo de governo adotado há anos pelo PSDB na cidade foi feita por meio de um artigo, publicado sábado (6) no jornal Bom Dia. Nele, Bigardi critica o desprezo do poder público local em relação à falta de diálogo com a população e cita como exemplo o temor de moradores da Vila Argos, que não querem deixar suas casas por conta de obras a serem realizadas pela administração municipal naquela região.
Leia, na íntegra, a opinião do deputado estadual Pedro Bigardi a respeito do assunto:
Vila Argos e o histórico desdém da Prefeitura
- por Pedro Bigardi*
Acompanho com interesse o debate sobre o futuro da Vila Argos, assunto este evidenciado pelo jornal Bom Dia há pouco tempo. O motivo está relacionado com as questões urbanísticas que envolvem o local - até porque a preservação ou revitalização de uma vila operária e de suas raízes históricas no município é algo que precisa ser considerado.
Um parque linear ao longo do Rio Guapeva, reconstituindo parte da mata ciliar, também é um fato relevante, especialmente em tempos ‘modernos’ onde as vegetações ciliares dão lugar aos gabiões (caixas de pedra), concretos e outras formas de canalização de rios. Se não bastassem estas questões citadas, há ainda um desejo pessoal de ver toda a área que envolve a Ponte Torta ganhando vida e beleza. É triste ver esta região onde passei minha vida com ares de abandono e desprezo por parte da Prefeitura de Jundiaí.
Mas o que mais me intriga nesta discussão sobre a Vila Argos é o fenômeno que ocorre em todas as ações da Prefeitura: os projetos são elaborados à margem dos interesses da própria comunidade, como se a indenização dos imóveis desapropriados fosse a única relação possível de ser estabelecida entre o poder público municipal e o cidadão. É muito pouco.
Em recente reunião com os moradores daquela região, a Prefeitura informou que apenas existem estudos sem qualquer definição do que será feito no local e, por consequência, quem será atingido pelas desapropriações.
Ora! Em qualquer governo minimamente democrático, os cidadãos opinam sobre o seu futuro e o de sua cidade. Aqui, não. Em governos cinzentos e obscuros, os interesses da maioria nem sempre são respeitados.
As pessoas têm o direito de participar da elaboração dos projetos ou, no mínimo, ter conhecimento deles para opinar contra ou a favor. Em uma recente entrevista, o prefeito disse que gostaria de uma cidade “com menos prédios e mais parques”. Todos nós queremos participar deste processo de elaboração, senão apenas os interesses de alguns falarão mais alto.
*Pedro Bigardi é engenheiro civil, professor de planejamento ambiental e deputado estadual
“Em qualquer governo minimamente democrático, os cidadãos opinam sobre o seu futuro e o de sua cidade. Aqui, não. Em governos cinzentos e obscuros, os interesses da maioria nem sempre são respeitados”. Assim o deputado estadual Pedro Bigardi se posicionou contrariamente ao modo como a Prefeitura de Jundiaí trata os assuntos relacionados a obras e desapropriações de imóveis no município.
A crítica ao modelo de governo adotado há anos pelo PSDB na cidade foi feita por meio de um artigo, publicado sábado (6) no jornal Bom Dia. Nele, Bigardi critica o desprezo do poder público local em relação à falta de diálogo com a população e cita como exemplo o temor de moradores da Vila Argos, que não querem deixar suas casas por conta de obras a serem realizadas pela administração municipal naquela região.
Leia, na íntegra, a opinião do deputado estadual Pedro Bigardi a respeito do assunto:
Vila Argos e o histórico desdém da Prefeitura
- por Pedro Bigardi*
Acompanho com interesse o debate sobre o futuro da Vila Argos, assunto este evidenciado pelo jornal Bom Dia há pouco tempo. O motivo está relacionado com as questões urbanísticas que envolvem o local - até porque a preservação ou revitalização de uma vila operária e de suas raízes históricas no município é algo que precisa ser considerado.
Um parque linear ao longo do Rio Guapeva, reconstituindo parte da mata ciliar, também é um fato relevante, especialmente em tempos ‘modernos’ onde as vegetações ciliares dão lugar aos gabiões (caixas de pedra), concretos e outras formas de canalização de rios. Se não bastassem estas questões citadas, há ainda um desejo pessoal de ver toda a área que envolve a Ponte Torta ganhando vida e beleza. É triste ver esta região onde passei minha vida com ares de abandono e desprezo por parte da Prefeitura de Jundiaí.
Mas o que mais me intriga nesta discussão sobre a Vila Argos é o fenômeno que ocorre em todas as ações da Prefeitura: os projetos são elaborados à margem dos interesses da própria comunidade, como se a indenização dos imóveis desapropriados fosse a única relação possível de ser estabelecida entre o poder público municipal e o cidadão. É muito pouco.
Em recente reunião com os moradores daquela região, a Prefeitura informou que apenas existem estudos sem qualquer definição do que será feito no local e, por consequência, quem será atingido pelas desapropriações.
Ora! Em qualquer governo minimamente democrático, os cidadãos opinam sobre o seu futuro e o de sua cidade. Aqui, não. Em governos cinzentos e obscuros, os interesses da maioria nem sempre são respeitados.
As pessoas têm o direito de participar da elaboração dos projetos ou, no mínimo, ter conhecimento deles para opinar contra ou a favor. Em uma recente entrevista, o prefeito disse que gostaria de uma cidade “com menos prédios e mais parques”. Todos nós queremos participar deste processo de elaboração, senão apenas os interesses de alguns falarão mais alto.
*Pedro Bigardi é engenheiro civil, professor de planejamento ambiental e deputado estadual
sábado, 6 de novembro de 2010
Renato Rabelo: A maior vitória do povo brasileiro em 2010
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Durante reunião da Comissão Política Nacional do PCdoB realizada nesta sexta-feira (5) em São Paulo, o presidente do partido, Renato Rabelo, fez uma intervenção na abertura dos trabalhos em que descreve o cenário político atual com ênfase na eleição de Dilma Rousseff, na transição de governo e nas necessidades mais urgentes da próxima administração. O dirigente assegurou – o que depois foi ratificado pela CPN – que o partido se empenhará pelo êxito do novo governo. Confira íntegra a seguir.
A vitória de Dilma Rousseff – que alcançou 56,05% dos votos válidos nas eleições de 31 de outubro – tem sentido estratégico, avança no caminho traçado pelo programa do Partido Comunista do Brasil. Se houvesse uma derrota eleitoral agora, truncaria nosso avanço no sentido do objetivo maior programático. É a maior vitória política do povo brasileiro no grande embate eleitoral de 2010. Dilma é eleita com a segunda maior votação da história política brasileira, sendo a primeira mulher a ser eleita presidente da República.
Trata-se de um feito histórico inédito porque é a terceira vitória consecutiva de forças avançadas do país. O ciclo aberto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 permitiu às forças democráticas, progressistas e de esquerda atingir o poder central. Jamais se tinha alcançado até aqui a execução de um programa que combinasse soberania nacional, desenvolvimento econômico, distribuição de renda, inclusão social dos deserdados e liberdades políticas.
Esta vitória repercutiu além-mar, em outros continentes, reforçando o papel alcançado pelo Brasil de nação respeitada no mundo e estimulando a nova situação política vivida na América Latina, a partir da formação de governos soberanos, democráticos e populares.
A campanha de Dilma Rousseff teve de enfrentar uma campanha feroz e odienta. A mais feroz e intensa oposição, considerando os poderosos meios de comunicação envolvidos e a conformação de santa união de forças conservadoras, retrogradas e obscurantistas, que agiram desbragadamente para barrar o êxito eleitoral da campanha de Dilma.
O presidente Lula foi o grande artífice da vitória alcançada. O grande lastro para o impulso e ampliação da campanha de Dilma foi a compreensão da maioria da nação de que era preciso a continuidade do governo Lula. A aprovação do seu governo já tinha atingido o extraordinário patamar de 83% de apoio da população nas pesquisas de opinião.
A campanha de Dilma posta em movimento partia da justa orientação de colocar a disputa política de 2010 nos moldes de um “plebiscito”. Ou seja, aprovar ou não o governo Lula, contrastar o programa aplicado por Lula em relação ao precedente executado por FHC. A candidata Dilma apresentada pelo presidente Lula, e pessoa protagonista do seu governo, era exposta pelo presidente como a expressão maior e garantia da continuidade do seu governo sem ele. Logo surgiram assertivas as mais variadas, fazendo esforços para demonstrar que era impossível a transferência de votos de Lula para sua candidata.
É evidente que o conjunto das forças de oposição, nos seus diversos moldes, procurou agir para inviabilizar a linha plebiscitária do pleito, despolitizando-o, tentando recolocar o centro do embate na comparação de currículos, e na experiência da capacidade gestora. E mais adiante inflando uma terceira candidatura, almejando certa tri-polarização.
Refletindo essa tentativa de despolarização política, José Serra foi incapaz de se opor ao governo Lula e escondeu o período de oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso. Ele procurou se apresentar como o mais bem preparado, por sua experiência de governo, para dar continuidade ao pós-Lula. Lula era reconhecido por ele como um mito acima das injunções políticas. A maioria do povo não se seduziu por sua artimanha. A aparição de Lula nos programas de rádio e TV apresentando e justificando sua escolha fez a candidatura Dilma ter ampla aceitação, refletindo forte ascenso nas pesquisas de opinião.
A candidatura Serra se perdeu não encontrando sua identidade: viveu o dilema de ser continuidade ou oposição. Um sistema de oposição – oposição política, midiática e de elites dominantes conservadoras – se consumou neste embate da eleição presidencial de 2010. Diante da iminência do revés, esse sistema procurou açodadamente projetar a candidatura de Marina e pelo modo da má fé desqualificar e satanizar a imagem da candidata Dilma Rousseff. Montaram vasto esquema de campanha subterrânea desde a Internet, a produção massiva de panfletos apócrifos e uma extensa rede de telemarketing nos estados.
Nessa nova fase de campanha, que compreendeu o final do primeiro turno, nosso comando da campanha de Dilma adotou uma postura olímpica e burocrática. Assumiu uma concepção ilusória de que a eleição já estava decidida a nosso favor no primeiro turno. Distanciou-se assim do curso concreto da campanha. Não percebeu que o ataque aberto e subterrâneo à idoneidade de nossa candidata levava a uma transferência da perda de votos da nossa candidata para Marina. Ficamos fixos na posição de que a candidatura Serra mantinha-se estagnada e de que Marina não ultrapassaria mais de 12% percentuais, restando a ilusão de que o pleito se finalizaria no primeiro turno.
A existência do segundo turno na eleição presidencial, apesar da importante vitória que colhemos no primeiro turno, deixou a pecha e a consciência de que fomos derrotados. Era possível vencer no primeiro turno? Sim. Em carta dirigida a Dilma e Lula afirmei que a ilusão nos traiu nos afastando do curso real do embate, apontando a responsabilidade da Coordenação da Campanha (Fiz duas cartas a eles endereçadas e um artigo para divulgação pública, “Abaixo as Ilusões”). O adversário batido festejou a “vitória”. Reascendeu a esperança perdida nos meios oposicionistas.
O forte choque inesperado do percurso eleitoral levou a se encarar a realidade objetivamente. Buscou-se uma convergência em dois sentidos: politizar a campanha, agora facilitada pela polarização objetiva do segundo turno (semelhante o acontecido no segundo turno de 2006); mobilizar todas as forças políticas possíveis, lideranças dos diversos setores da vida nacional, movimentos sociais, militância em todo país.
As forças oposicionistas retemperadas com uma nova esperança procuraram se armar utilizando todos os meios para decidir a batalha a seu favor. Atacaram em todas as frentes: na área política tentaram dizer que era a candidatura Serra que tinha estatura capaz de unir o Brasil, acima das injunções partidárias; na área social, ofereceram bônus sociais para o salário mínimo, aposentados e aos que recebem a Bolsa Família; na esfera moral, traficando com valores que invocasse preconceitos contra a trajetória, posições e a vida pessoal da candidata Dilma Rousseff. Procuravam assim, corresponder a todos os setores sociais, buscando apoio nas camadas populares e médias.
As batalhas do segundo turno não se resumiram na polarização entre dois projetos que foram sendo explicitados. Foi além. O fragor do embate acabou delineando dois campos políticos e ideológicos em curso. A candidatura de Serra tornou-se o escoadouro da política, conceitos e valores de setores atrasados e obscurantistas, de correntes de extrema-direita que aparentemente estavam fora de ação. E de compromissos com as camadas conservadoras de São Paulo.
Vencemos a batalha decisiva de 31 de outubro. Vencemos porque tem sido forte e amplo o anseio de continuidade e vasto o prestígio da liderança de Lula; porque foram reafirmadas as diferenças de programa e que a candidata de Lula é realmente mais confiável para a continuidade e avanços; a candidatura Dilma foi se impondo para a maioria dos eleitores; amplas forças políticas e sociais favoráveis à candidatura Dilma, antes adormecidas, entraram em movimento.
Nosso Partido desde o início dedicou-se completamente à vitória de Dilma. Contribuiu na construção da aliança de partidos e movimentos sociais que respaldou a candidata, apresentou ideias programáticas e opiniões sobre a condução política da jornada, indicou quadros para a coordenação da campanha e, por todo o país, seus candidatos e militantes abraçaram com entusiasmo a bandeira de Dilma. Do mesmo modo, batalhou pela vitória de seus demais aliados aos governos estaduais e ao Senado. Catorze governadores e 28 senadores eleitos tiveram o apoio decidido dos comunistas.
Serra sai menor da campanha, como bem afirmou Lula. A oposição derrotada é desnudada de suas contradições. A sua recomposição será difícil porque é profundo o vinco de sua divisão. A luta pela predominância de novas lideranças da oposição já está em marcha. Eles terão que enfrentar agora uma maior e mais definida base governamental de uma sucessão vitoriosa, podendo sofrer maiores divisões.
Conquistada a vitória de sentido histórico, estamos agora diante da construção da transição e do que deverá ser o novo governo. Este desafio é ainda maior porquanto tem que seguir adiante nas conquistas alcançadas pelos dois governos de Lula. Para avançar, o novo governo já está sujeito a pressões e contrapressões de toda ordem. Tem limites no tempo e nas condições existentes o lema de que “todos ganham”. São inevitáveis os momentos dos grandes embates políticos e sociais que levam às mudanças profundas, as quais não sendo realizadas voltam-se ao pior retrocesso. O fiel da balança tem que pender para o lado da maioria da nação e das grandes parcelas majoritárias dos que trabalham e produzem.
O PCdoB participará da transição ao novo governo. Neste processo, o Partido vai primeiro enfatizar a necessidade de dar nitidez ao projeto que serviu de base para sua vitória, definindo um programa imediato de governo que compreenda as prioridades a serem enfrentadas. Segundo, devemos nos empenhar na estabilidade da aliança ampla que permita a governabilidade. Mas, dada a sua heterogeneidade, deveremos trabalhar pela construção de um bloco de forças de esquerda e progressistas com a finalidade de formar um pólo político consequente, a fim de garantir o rumo do programa e o êxito da política que envolva todas as esferas do governo.
As questões candentes que devemos discutir na transição para o novo governo, podendo apresentar ideias e propostas imediatas para condução do governo eleito, são:
- Posição diante da necessidade de “corte de gastos”;
-“Guerra cambial”- liquidez internacional sem limites, impressão desbragada de papel-moeda pelos EUA;
- A resolução no Congresso da proposta do governo sobre o pré-sal;
- Garantia do aumento real do salário mínimo em 2011;
- Mais investimentos para a saúde
Leia também:
Comissão Política: PCdoB se empenhará pelo êxito do governo Dilma
Durante reunião da Comissão Política Nacional do PCdoB realizada nesta sexta-feira (5) em São Paulo, o presidente do partido, Renato Rabelo, fez uma intervenção na abertura dos trabalhos em que descreve o cenário político atual com ênfase na eleição de Dilma Rousseff, na transição de governo e nas necessidades mais urgentes da próxima administração. O dirigente assegurou – o que depois foi ratificado pela CPN – que o partido se empenhará pelo êxito do novo governo. Confira íntegra a seguir.
A vitória de Dilma Rousseff – que alcançou 56,05% dos votos válidos nas eleições de 31 de outubro – tem sentido estratégico, avança no caminho traçado pelo programa do Partido Comunista do Brasil. Se houvesse uma derrota eleitoral agora, truncaria nosso avanço no sentido do objetivo maior programático. É a maior vitória política do povo brasileiro no grande embate eleitoral de 2010. Dilma é eleita com a segunda maior votação da história política brasileira, sendo a primeira mulher a ser eleita presidente da República.
Trata-se de um feito histórico inédito porque é a terceira vitória consecutiva de forças avançadas do país. O ciclo aberto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 permitiu às forças democráticas, progressistas e de esquerda atingir o poder central. Jamais se tinha alcançado até aqui a execução de um programa que combinasse soberania nacional, desenvolvimento econômico, distribuição de renda, inclusão social dos deserdados e liberdades políticas.
Esta vitória repercutiu além-mar, em outros continentes, reforçando o papel alcançado pelo Brasil de nação respeitada no mundo e estimulando a nova situação política vivida na América Latina, a partir da formação de governos soberanos, democráticos e populares.
A campanha de Dilma Rousseff teve de enfrentar uma campanha feroz e odienta. A mais feroz e intensa oposição, considerando os poderosos meios de comunicação envolvidos e a conformação de santa união de forças conservadoras, retrogradas e obscurantistas, que agiram desbragadamente para barrar o êxito eleitoral da campanha de Dilma.
O presidente Lula foi o grande artífice da vitória alcançada. O grande lastro para o impulso e ampliação da campanha de Dilma foi a compreensão da maioria da nação de que era preciso a continuidade do governo Lula. A aprovação do seu governo já tinha atingido o extraordinário patamar de 83% de apoio da população nas pesquisas de opinião.
A campanha de Dilma posta em movimento partia da justa orientação de colocar a disputa política de 2010 nos moldes de um “plebiscito”. Ou seja, aprovar ou não o governo Lula, contrastar o programa aplicado por Lula em relação ao precedente executado por FHC. A candidata Dilma apresentada pelo presidente Lula, e pessoa protagonista do seu governo, era exposta pelo presidente como a expressão maior e garantia da continuidade do seu governo sem ele. Logo surgiram assertivas as mais variadas, fazendo esforços para demonstrar que era impossível a transferência de votos de Lula para sua candidata.
É evidente que o conjunto das forças de oposição, nos seus diversos moldes, procurou agir para inviabilizar a linha plebiscitária do pleito, despolitizando-o, tentando recolocar o centro do embate na comparação de currículos, e na experiência da capacidade gestora. E mais adiante inflando uma terceira candidatura, almejando certa tri-polarização.
Refletindo essa tentativa de despolarização política, José Serra foi incapaz de se opor ao governo Lula e escondeu o período de oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso. Ele procurou se apresentar como o mais bem preparado, por sua experiência de governo, para dar continuidade ao pós-Lula. Lula era reconhecido por ele como um mito acima das injunções políticas. A maioria do povo não se seduziu por sua artimanha. A aparição de Lula nos programas de rádio e TV apresentando e justificando sua escolha fez a candidatura Dilma ter ampla aceitação, refletindo forte ascenso nas pesquisas de opinião.
A candidatura Serra se perdeu não encontrando sua identidade: viveu o dilema de ser continuidade ou oposição. Um sistema de oposição – oposição política, midiática e de elites dominantes conservadoras – se consumou neste embate da eleição presidencial de 2010. Diante da iminência do revés, esse sistema procurou açodadamente projetar a candidatura de Marina e pelo modo da má fé desqualificar e satanizar a imagem da candidata Dilma Rousseff. Montaram vasto esquema de campanha subterrânea desde a Internet, a produção massiva de panfletos apócrifos e uma extensa rede de telemarketing nos estados.
Nessa nova fase de campanha, que compreendeu o final do primeiro turno, nosso comando da campanha de Dilma adotou uma postura olímpica e burocrática. Assumiu uma concepção ilusória de que a eleição já estava decidida a nosso favor no primeiro turno. Distanciou-se assim do curso concreto da campanha. Não percebeu que o ataque aberto e subterrâneo à idoneidade de nossa candidata levava a uma transferência da perda de votos da nossa candidata para Marina. Ficamos fixos na posição de que a candidatura Serra mantinha-se estagnada e de que Marina não ultrapassaria mais de 12% percentuais, restando a ilusão de que o pleito se finalizaria no primeiro turno.
A existência do segundo turno na eleição presidencial, apesar da importante vitória que colhemos no primeiro turno, deixou a pecha e a consciência de que fomos derrotados. Era possível vencer no primeiro turno? Sim. Em carta dirigida a Dilma e Lula afirmei que a ilusão nos traiu nos afastando do curso real do embate, apontando a responsabilidade da Coordenação da Campanha (Fiz duas cartas a eles endereçadas e um artigo para divulgação pública, “Abaixo as Ilusões”). O adversário batido festejou a “vitória”. Reascendeu a esperança perdida nos meios oposicionistas.
O forte choque inesperado do percurso eleitoral levou a se encarar a realidade objetivamente. Buscou-se uma convergência em dois sentidos: politizar a campanha, agora facilitada pela polarização objetiva do segundo turno (semelhante o acontecido no segundo turno de 2006); mobilizar todas as forças políticas possíveis, lideranças dos diversos setores da vida nacional, movimentos sociais, militância em todo país.
As forças oposicionistas retemperadas com uma nova esperança procuraram se armar utilizando todos os meios para decidir a batalha a seu favor. Atacaram em todas as frentes: na área política tentaram dizer que era a candidatura Serra que tinha estatura capaz de unir o Brasil, acima das injunções partidárias; na área social, ofereceram bônus sociais para o salário mínimo, aposentados e aos que recebem a Bolsa Família; na esfera moral, traficando com valores que invocasse preconceitos contra a trajetória, posições e a vida pessoal da candidata Dilma Rousseff. Procuravam assim, corresponder a todos os setores sociais, buscando apoio nas camadas populares e médias.
As batalhas do segundo turno não se resumiram na polarização entre dois projetos que foram sendo explicitados. Foi além. O fragor do embate acabou delineando dois campos políticos e ideológicos em curso. A candidatura de Serra tornou-se o escoadouro da política, conceitos e valores de setores atrasados e obscurantistas, de correntes de extrema-direita que aparentemente estavam fora de ação. E de compromissos com as camadas conservadoras de São Paulo.
Vencemos a batalha decisiva de 31 de outubro. Vencemos porque tem sido forte e amplo o anseio de continuidade e vasto o prestígio da liderança de Lula; porque foram reafirmadas as diferenças de programa e que a candidata de Lula é realmente mais confiável para a continuidade e avanços; a candidatura Dilma foi se impondo para a maioria dos eleitores; amplas forças políticas e sociais favoráveis à candidatura Dilma, antes adormecidas, entraram em movimento.
Nosso Partido desde o início dedicou-se completamente à vitória de Dilma. Contribuiu na construção da aliança de partidos e movimentos sociais que respaldou a candidata, apresentou ideias programáticas e opiniões sobre a condução política da jornada, indicou quadros para a coordenação da campanha e, por todo o país, seus candidatos e militantes abraçaram com entusiasmo a bandeira de Dilma. Do mesmo modo, batalhou pela vitória de seus demais aliados aos governos estaduais e ao Senado. Catorze governadores e 28 senadores eleitos tiveram o apoio decidido dos comunistas.
Serra sai menor da campanha, como bem afirmou Lula. A oposição derrotada é desnudada de suas contradições. A sua recomposição será difícil porque é profundo o vinco de sua divisão. A luta pela predominância de novas lideranças da oposição já está em marcha. Eles terão que enfrentar agora uma maior e mais definida base governamental de uma sucessão vitoriosa, podendo sofrer maiores divisões.
Conquistada a vitória de sentido histórico, estamos agora diante da construção da transição e do que deverá ser o novo governo. Este desafio é ainda maior porquanto tem que seguir adiante nas conquistas alcançadas pelos dois governos de Lula. Para avançar, o novo governo já está sujeito a pressões e contrapressões de toda ordem. Tem limites no tempo e nas condições existentes o lema de que “todos ganham”. São inevitáveis os momentos dos grandes embates políticos e sociais que levam às mudanças profundas, as quais não sendo realizadas voltam-se ao pior retrocesso. O fiel da balança tem que pender para o lado da maioria da nação e das grandes parcelas majoritárias dos que trabalham e produzem.
O PCdoB participará da transição ao novo governo. Neste processo, o Partido vai primeiro enfatizar a necessidade de dar nitidez ao projeto que serviu de base para sua vitória, definindo um programa imediato de governo que compreenda as prioridades a serem enfrentadas. Segundo, devemos nos empenhar na estabilidade da aliança ampla que permita a governabilidade. Mas, dada a sua heterogeneidade, deveremos trabalhar pela construção de um bloco de forças de esquerda e progressistas com a finalidade de formar um pólo político consequente, a fim de garantir o rumo do programa e o êxito da política que envolva todas as esferas do governo.
As questões candentes que devemos discutir na transição para o novo governo, podendo apresentar ideias e propostas imediatas para condução do governo eleito, são:
- Posição diante da necessidade de “corte de gastos”;
-“Guerra cambial”- liquidez internacional sem limites, impressão desbragada de papel-moeda pelos EUA;
- A resolução no Congresso da proposta do governo sobre o pré-sal;
- Garantia do aumento real do salário mínimo em 2011;
- Mais investimentos para a saúde
Leia também:
Comissão Política: PCdoB se empenhará pelo êxito do governo Dilma
terça-feira, 2 de novembro de 2010
A eleição em que a grande imprensa perdeu
.
Não há como dissimular o papel da imprensa tradicional no jogo sujo que termina. Também fica difícil disfarçar o ressentimento da imprensa com o resultado das urnas. Não há análise, por mais que se pretenda distanciada, que esconda o fato de que a imprensa tradicional foi fragorosamente derrotada nestas eleições.
- Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa
Os principais jornais do país anunciam a vitória da candidata petista Dilma Rousseff como a última obra do presidente Lula da Silva. O Estado de S. Paulo é o mais explícito: "A vitória de Lula", diz a manchete.
O Globo se arrisca em adivinhações: "Lula elege Dilma e aliados já articulam sua volta em 2014", diz o jornal carioca. A intenção é claramente minimizar o cacife político da presidente eleita. Já a Folha de S.Paulo destaca o fato de o Brasil ter escolhido a primeira mulher e “primeira ex-guerrilheira" para a Presidência da República.
Lendo as edições do domingo e de segunda-feira (1/11), alguém que estivesse desembarcando no Brasil depois de três meses de viagem nem chegaria a desconfiar que a imprensa havia sido, até a véspera, protagonista das mais ativas na campanha eleitoral.
Desejo manifesto
Os jornais inauguram a semana pós-eleitoral com cara de jornais, não dos panfletos em que se transformaram nos últimos meses. Cada um conforme seus recursos, os diários tentam interpretar a vontade das urnas e adivinhar o que virá a ser o futuro governo. No entanto, alguns pontos em comum podem ser ressaltados.
A chamada grande imprensa procura afirmar que a oposição, apesar de derrotada na eleição principal, cresceu em número de eleitores, mesmo perdendo na maioria dos estados. A maioria feita pela candidata governista no Congresso Nacional seria equilibrada pela eleição de governadores oposicionistas nos estados mais populosos, segundo interpretam os jornais.
Como sempre, o viés ideológico direciona as escolhas da imprensa, que perdeu a disposição para arriscar opiniões fora da sua própria caixinha de convicções. Basta lembrar como foi a manada de adesões ao governo central nas duas eleições do presidente Lula da Silva para colocar em dúvida as afirmações dos jornais sobre a suposta solidez do bloco oposicionista.
Com o histórico do adesismo que marca a República desde a redemocratização, parece arriscado demais apostar em configurações de forças políticas com base no resultado quente das urnas. No caso, essas análises representam muito mais a manifestação dos desejos da imprensa, de não parecer assim tão derrotada pela realidade da votação, do que a expressão de uma visão realista do resultado eleitoral.
Dissimulando a derrota
Os jornais citam o desgaste que foi produzido nas bases da oposição por conta de divergências entre o candidato derrotado José Serra e o senador eleito de Minas Gerais Aécio Neves, considerado por analistas do próprio PSDB como o grande trunfo desperdiçado pela campanha oposicionista.
Sobram indícios de que os dois personagens criaram um fosso intransponível entre si, e que daqui para frente a consolidação da carreira de Aécio Neves implica a diminuição do papel a ser exercido por Serra.
Some-se a isso o fato de que Serra também tem divergências com o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, para se construir uma análise muito menos animadora sobre o seu futuro como líder da oposição. Além disso, ainda resta dentro do armário o esqueleto do suposto dossiê que teria sido montado no período da escolha do candidato do PSDB, e que teve como objetos de bisbilhotices pessoas ligadas a José Serra.
Serra perdeu em Minas Gerais e ninguém sabe quanto desses votos foram para a candidata oposicionista como vingança dos mineiros pela maneira como ele passou por cima das ambições políticas de Aécio Neves.
A imprensa também destaca que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anda fazendo planos para se descolar de seus padrinhos políticos e prepara o lançamento de um novo partido, montado com os restos da liderança do peemedebista Orestes Quércia no estado.
Assim, em poucas linhas, pode-se observar que os principais jornais do país, que tiveram praticamente todo o final de semana para preparar suas análises pós-eleitorais, perderam a oportunidade de surpreender o eleitor explorando as amplas possibilidades que se armam nas relações políticas com a vitória de uma candidata que nunca havia disputado uma eleição, cuja biografia tinha tudo para reduzir suas chances de vitória – dado o conhecido conservadorismo da imprensa e de grande parte do eleitorado – e que foi vítima de uma campanha sórdida e preconceituosa.
Não há como dissimular o papel da imprensa tradicional no jogo sujo que termina. Também fica difícil disfarçar o ressentimento da imprensa com o resultado das urnas. Não há análise, por mais que se pretenda distanciada, que esconda o fato de que a imprensa tradicional foi fragorosamente derrotada nestas eleições.
Não há como dissimular o papel da imprensa tradicional no jogo sujo que termina. Também fica difícil disfarçar o ressentimento da imprensa com o resultado das urnas. Não há análise, por mais que se pretenda distanciada, que esconda o fato de que a imprensa tradicional foi fragorosamente derrotada nestas eleições.
- Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa
Os principais jornais do país anunciam a vitória da candidata petista Dilma Rousseff como a última obra do presidente Lula da Silva. O Estado de S. Paulo é o mais explícito: "A vitória de Lula", diz a manchete.
O Globo se arrisca em adivinhações: "Lula elege Dilma e aliados já articulam sua volta em 2014", diz o jornal carioca. A intenção é claramente minimizar o cacife político da presidente eleita. Já a Folha de S.Paulo destaca o fato de o Brasil ter escolhido a primeira mulher e “primeira ex-guerrilheira" para a Presidência da República.
Lendo as edições do domingo e de segunda-feira (1/11), alguém que estivesse desembarcando no Brasil depois de três meses de viagem nem chegaria a desconfiar que a imprensa havia sido, até a véspera, protagonista das mais ativas na campanha eleitoral.
Desejo manifesto
Os jornais inauguram a semana pós-eleitoral com cara de jornais, não dos panfletos em que se transformaram nos últimos meses. Cada um conforme seus recursos, os diários tentam interpretar a vontade das urnas e adivinhar o que virá a ser o futuro governo. No entanto, alguns pontos em comum podem ser ressaltados.
A chamada grande imprensa procura afirmar que a oposição, apesar de derrotada na eleição principal, cresceu em número de eleitores, mesmo perdendo na maioria dos estados. A maioria feita pela candidata governista no Congresso Nacional seria equilibrada pela eleição de governadores oposicionistas nos estados mais populosos, segundo interpretam os jornais.
Como sempre, o viés ideológico direciona as escolhas da imprensa, que perdeu a disposição para arriscar opiniões fora da sua própria caixinha de convicções. Basta lembrar como foi a manada de adesões ao governo central nas duas eleições do presidente Lula da Silva para colocar em dúvida as afirmações dos jornais sobre a suposta solidez do bloco oposicionista.
Com o histórico do adesismo que marca a República desde a redemocratização, parece arriscado demais apostar em configurações de forças políticas com base no resultado quente das urnas. No caso, essas análises representam muito mais a manifestação dos desejos da imprensa, de não parecer assim tão derrotada pela realidade da votação, do que a expressão de uma visão realista do resultado eleitoral.
Dissimulando a derrota
Os jornais citam o desgaste que foi produzido nas bases da oposição por conta de divergências entre o candidato derrotado José Serra e o senador eleito de Minas Gerais Aécio Neves, considerado por analistas do próprio PSDB como o grande trunfo desperdiçado pela campanha oposicionista.
Sobram indícios de que os dois personagens criaram um fosso intransponível entre si, e que daqui para frente a consolidação da carreira de Aécio Neves implica a diminuição do papel a ser exercido por Serra.
Some-se a isso o fato de que Serra também tem divergências com o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, para se construir uma análise muito menos animadora sobre o seu futuro como líder da oposição. Além disso, ainda resta dentro do armário o esqueleto do suposto dossiê que teria sido montado no período da escolha do candidato do PSDB, e que teve como objetos de bisbilhotices pessoas ligadas a José Serra.
Serra perdeu em Minas Gerais e ninguém sabe quanto desses votos foram para a candidata oposicionista como vingança dos mineiros pela maneira como ele passou por cima das ambições políticas de Aécio Neves.
A imprensa também destaca que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anda fazendo planos para se descolar de seus padrinhos políticos e prepara o lançamento de um novo partido, montado com os restos da liderança do peemedebista Orestes Quércia no estado.
Assim, em poucas linhas, pode-se observar que os principais jornais do país, que tiveram praticamente todo o final de semana para preparar suas análises pós-eleitorais, perderam a oportunidade de surpreender o eleitor explorando as amplas possibilidades que se armam nas relações políticas com a vitória de uma candidata que nunca havia disputado uma eleição, cuja biografia tinha tudo para reduzir suas chances de vitória – dado o conhecido conservadorismo da imprensa e de grande parte do eleitorado – e que foi vítima de uma campanha sórdida e preconceituosa.
Não há como dissimular o papel da imprensa tradicional no jogo sujo que termina. Também fica difícil disfarçar o ressentimento da imprensa com o resultado das urnas. Não há análise, por mais que se pretenda distanciada, que esconda o fato de que a imprensa tradicional foi fragorosamente derrotada nestas eleições.
sábado, 30 de outubro de 2010
Triunfo em debate deixa Dilma mais próxima de vitória histórica
.
A TV Globo bem que tentou dar uma forcinha para o tucano José Serra, no último debate entre os presidenciáveis, na noite desta sexta-feira (29). Mas quem fez a festa nos estúdios da emissora no Rio de Janeiro, logo após o encontro, foram os apoiadores de Dilma Rousseff – e com razão. Ao superar um dos mais temidos obstáculos da campanha, a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando passou a ter chances ainda mais concretas de se tornar a sucessora do presidente Lula.
- Por André Cintra, no Vermelho
Numa atração com 25 pontos de média no Ibope (cada ponto equivale a 55 mil televisores na Grande São Paulo), Dilma soube explorar o formato do debate melhor do que Serra.
Pela primeira vez nestas eleições, não houve perguntas de candidato para candidato. As 12 questões foram formuladas e lidas por eleitores supostamente indecisos, que não tinham o direito de comentar as respostas. Sem o confronto direto, o candidato que está à frente nas pesquisas – no caso, Dilma – larga em vantagem.
Mas a petista não se contentou com esse trunfo. Seu principal acerto foi captar a singularidade das perguntas, demonstrando estar interessada não só em expor seu plano geral de governo – mas também em dar perspectivas até para questões mais pontuais. De longe, foi Dilma quem conseguiu estabelecer um diálogo mais franco e natural com o grupo de eleitores indecisos. Ao mesmo tempo, Dilma frisava melhor as diferenças de concepções e projetos das duas candidaturas.
Serra, ao contrário, causou ruído já na hora de agradecer às perguntas que lhe foram feitas. Pesquisas qualitativas realizadas durante o debate apontaram particular rejeição à maneira como Serra, com sorriso forçado e de forma pouco convincente, atribuía “grande importância” a todas as questões.
Sem contar suas frases de efeito, ocas a não mais poder: “Investir no serviço público é melhorar a autoestima do país”; “A batalha da saúde tem que ser para que hoje seja melhor do que ontem e amanhã melhor que hoje”; “A primeira condição para enfrentar o problema da segurança é admitir que o problema é sério”; “Saúde e segurança são a vida, mas a educação é o futuro”.
Funcionalismo
Logo na primeira pergunta do debate – sobre propostas para os servidores públicos –, as diferenças entre Serra e Dilma se impuseram. Serra, um notório inimigo do funcionalismo, defendeu propostas genéricas – “a carreira e o concurso, a valorização dos profissionais”, a “despartidarização” das agências reguladoras.
Mais tarde, o tucano teve a oportunidade de voltar ao assunto, quando uma eleitora baiana contou estar penalizada pela filha, que é professora sem ser valorizada. Serra disse defender um pacto nacional pela educação (abstração pura) e o combate ao analfabetismo. E a valorização do professor – onde é que fica?
Dilma, em suas réplicas, lembrou que o governo Lula já iniciou uma política de valorização do funcionalismo, com destaque para a aprovação do piso salarial nacional dos professores. Para se diferenciar da política à “base de cassetetes” praticada pelo PSDB em São Paulo, a candidata mostrou que não há saída para o funcionalismo se o governo não ouvir os principais interessados. “Um governante não pode estabelecer uma relação de atrito quando o professor pede diálogo.”
Serra acusou o governo Lula de “duplicar impostos sobre saneamento”, mas patinou ao fugir do compromisso de desonerar a folha de pagamento em benefício dos pequenos empreendedores. “Temos de ser responsáveis, não é moleza”, argumentou. Dilma não perdeu a oportunidade e defendeu abertamente “uma reforma tributária que diminua a oneração”.
“Percebemos que, quando diminui a tributação, não diminui a arrecadação”, afirmou, pondo em destaque as inúmeras reduções do IPI pelo governo Lula durante a crise de 2008-09. “Eu concordo com a desoneração. A pessoa contrata mais, e mais pessoas consomem. É um círculo virtuoso.”
Uma eleitora relatou o trauma de ter sido assaltada a mão armada. Serra voltou a bater na tecla da criação de um Ministério da Segurança Pública e no combate ao tráfico de drogas. Dilma, mais sensível, disse que boa parte da criminalidade exige uma ação específica. Comprometeu-se, assim, a levar polícias comunitárias aos bairros populares, com ação concentrada e fiscalização.
Social
Um eleitor de São Paulo cobrou iniciativas para que os programas sociais, como o Bolsa Família, não sejam “vitalícios. Outro, do Paraná, reclama que os brasileiros pagam muito impostos, sem receber nada em troca. Dilma interveio a favor dos programas sociais – uma questão que, segundo ela, será “central” em seu governo.
Agregou que o ProUni, com seus mais de 700 mil beneficiados de renda média e baixa, é um exemplo de como o governo Lula tenta incluir quem paga imposto e foi historicamente desprezado. Serra, mais uma vez, tentou fazer da pergunta um trampolim para ele falar de seu programa para outras áreas – “Política social é também saúde e segurança”, tentou justificar-se.
Quando o eleitor de Pernambuco reclamou que seis irmãos seus estão na informalidade e não conseguem pagar a Previdência, Serra falou em “empuxo político” e incentivo ao empreendedorismo. “Se a contribuição for pesada, ninguém vai pagar”, rebateu Dilma, em defesa da formalização máxima do mercado de trabalho e, somado a isso, de contribuições variadas à Previdência de acordo com a faixa de renda.
Nas considerações finais, uma inesperada manipulação: a Globo usou câmeras panorâmicas para expor Dilma, enquanto Serra mereceu uma transmissão em close. As reações de protesto no estúdio foram automáticas. No conteúdo, Dilma disse representar a continuidade de “um projeto que fez com que o Brasil despertasse para a consciência de sua grandeza”.
Saber enfrentar Serra e a Globo, a dois dias das eleições, também mostra como Dilma percebeu sua própria grandeza e está à altura de governar o Brasil. A vitória ficou mais próxima. Que venha 31 de outubro!
A TV Globo bem que tentou dar uma forcinha para o tucano José Serra, no último debate entre os presidenciáveis, na noite desta sexta-feira (29). Mas quem fez a festa nos estúdios da emissora no Rio de Janeiro, logo após o encontro, foram os apoiadores de Dilma Rousseff – e com razão. Ao superar um dos mais temidos obstáculos da campanha, a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando passou a ter chances ainda mais concretas de se tornar a sucessora do presidente Lula.
- Por André Cintra, no Vermelho
Numa atração com 25 pontos de média no Ibope (cada ponto equivale a 55 mil televisores na Grande São Paulo), Dilma soube explorar o formato do debate melhor do que Serra.
Pela primeira vez nestas eleições, não houve perguntas de candidato para candidato. As 12 questões foram formuladas e lidas por eleitores supostamente indecisos, que não tinham o direito de comentar as respostas. Sem o confronto direto, o candidato que está à frente nas pesquisas – no caso, Dilma – larga em vantagem.
Mas a petista não se contentou com esse trunfo. Seu principal acerto foi captar a singularidade das perguntas, demonstrando estar interessada não só em expor seu plano geral de governo – mas também em dar perspectivas até para questões mais pontuais. De longe, foi Dilma quem conseguiu estabelecer um diálogo mais franco e natural com o grupo de eleitores indecisos. Ao mesmo tempo, Dilma frisava melhor as diferenças de concepções e projetos das duas candidaturas.
Serra, ao contrário, causou ruído já na hora de agradecer às perguntas que lhe foram feitas. Pesquisas qualitativas realizadas durante o debate apontaram particular rejeição à maneira como Serra, com sorriso forçado e de forma pouco convincente, atribuía “grande importância” a todas as questões.
Sem contar suas frases de efeito, ocas a não mais poder: “Investir no serviço público é melhorar a autoestima do país”; “A batalha da saúde tem que ser para que hoje seja melhor do que ontem e amanhã melhor que hoje”; “A primeira condição para enfrentar o problema da segurança é admitir que o problema é sério”; “Saúde e segurança são a vida, mas a educação é o futuro”.
Funcionalismo
Logo na primeira pergunta do debate – sobre propostas para os servidores públicos –, as diferenças entre Serra e Dilma se impuseram. Serra, um notório inimigo do funcionalismo, defendeu propostas genéricas – “a carreira e o concurso, a valorização dos profissionais”, a “despartidarização” das agências reguladoras.
Mais tarde, o tucano teve a oportunidade de voltar ao assunto, quando uma eleitora baiana contou estar penalizada pela filha, que é professora sem ser valorizada. Serra disse defender um pacto nacional pela educação (abstração pura) e o combate ao analfabetismo. E a valorização do professor – onde é que fica?
Dilma, em suas réplicas, lembrou que o governo Lula já iniciou uma política de valorização do funcionalismo, com destaque para a aprovação do piso salarial nacional dos professores. Para se diferenciar da política à “base de cassetetes” praticada pelo PSDB em São Paulo, a candidata mostrou que não há saída para o funcionalismo se o governo não ouvir os principais interessados. “Um governante não pode estabelecer uma relação de atrito quando o professor pede diálogo.”
Serra acusou o governo Lula de “duplicar impostos sobre saneamento”, mas patinou ao fugir do compromisso de desonerar a folha de pagamento em benefício dos pequenos empreendedores. “Temos de ser responsáveis, não é moleza”, argumentou. Dilma não perdeu a oportunidade e defendeu abertamente “uma reforma tributária que diminua a oneração”.
“Percebemos que, quando diminui a tributação, não diminui a arrecadação”, afirmou, pondo em destaque as inúmeras reduções do IPI pelo governo Lula durante a crise de 2008-09. “Eu concordo com a desoneração. A pessoa contrata mais, e mais pessoas consomem. É um círculo virtuoso.”
Uma eleitora relatou o trauma de ter sido assaltada a mão armada. Serra voltou a bater na tecla da criação de um Ministério da Segurança Pública e no combate ao tráfico de drogas. Dilma, mais sensível, disse que boa parte da criminalidade exige uma ação específica. Comprometeu-se, assim, a levar polícias comunitárias aos bairros populares, com ação concentrada e fiscalização.
Social
Um eleitor de São Paulo cobrou iniciativas para que os programas sociais, como o Bolsa Família, não sejam “vitalícios. Outro, do Paraná, reclama que os brasileiros pagam muito impostos, sem receber nada em troca. Dilma interveio a favor dos programas sociais – uma questão que, segundo ela, será “central” em seu governo.
Agregou que o ProUni, com seus mais de 700 mil beneficiados de renda média e baixa, é um exemplo de como o governo Lula tenta incluir quem paga imposto e foi historicamente desprezado. Serra, mais uma vez, tentou fazer da pergunta um trampolim para ele falar de seu programa para outras áreas – “Política social é também saúde e segurança”, tentou justificar-se.
Quando o eleitor de Pernambuco reclamou que seis irmãos seus estão na informalidade e não conseguem pagar a Previdência, Serra falou em “empuxo político” e incentivo ao empreendedorismo. “Se a contribuição for pesada, ninguém vai pagar”, rebateu Dilma, em defesa da formalização máxima do mercado de trabalho e, somado a isso, de contribuições variadas à Previdência de acordo com a faixa de renda.
Nas considerações finais, uma inesperada manipulação: a Globo usou câmeras panorâmicas para expor Dilma, enquanto Serra mereceu uma transmissão em close. As reações de protesto no estúdio foram automáticas. No conteúdo, Dilma disse representar a continuidade de “um projeto que fez com que o Brasil despertasse para a consciência de sua grandeza”.
Saber enfrentar Serra e a Globo, a dois dias das eleições, também mostra como Dilma percebeu sua própria grandeza e está à altura de governar o Brasil. A vitória ficou mais próxima. Que venha 31 de outubro!
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Esquerda progressista unida: deputado Pedro Bigardi e ministro Orlando Silva fazem ato de apoio a Dilma em Jundiaí
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Pedro Bigardi dá seu apoio a Dilma Rousseff: para o Brasil seguir crescendo com justiça social
A Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região recebeu neste sábado (23) os representantes do PCdoB da região e também representantes dos partidos coligados para uma plenária em apoio à eleição de Dilma Rousseff. O evento for organizado pelo PCdoB de Jundiaí e teve como principais destaques o deputado estadual Pedro Bigardi e o ministro do Esporte Orlando Silva.
Orlando Silva, ministro do Esporte, ressalta a importância da continuidade do governo vitorioso de Lula
Logo após o ato, militantes, representantes dos partidos de esquerda e autoridades seguiram para a rua Barão de Jundiaí, onde fizeram um corpo a corpo com eleitores. “Não podemos nem pensar em retrocesso nas eleições presidenciais. É só olharmos quanto já conquistamos em políticas públicas para o povo brasileiro, como o Pré-Sal, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e tantas coisas mais. Vamos sediar as Olimpíadas e a Copa do Mundo, algo que nunca sonhávamos em outros tempos”, destacou o deputado.
Plenária uniu os partidos de esquerda progressista de Jundiaí e região: todos juntos por Dilma Rousseff!
O ministro Orlando Silva ressaltou a importância da continuidade do governo Lula e o desempenho de Dilma no ministério. “Temos de agradecer a vitória que tivemos no primeiro turno. Nossa presidente fez a mesma votação no 1º turno que o Lula teve em 2002 e 2006. Isso mostra a grande mobilização que o Brasil teve e o reconhecimento do trabalho que o presidente Lula teve nestes oito anos”, comentou. “Conheço a Dilma e sei da capacidade dela. Como exemplo, cito que 60% da população de São Paulo votou contra o Serra porque quem conhece esse candidato sabe que não deve votar nele. Agora é hora de irmos para a rua e pedir votos para a Dilma”, ressaltou Orlando Silva.
Tércio Marinho, presidente do PCdoB de Jundiaí
Depois da plenária na Associação dos Aposentados, militantes, dirigentes do PCdoB de 19 municípios da região e representantes dos partidos coligados foram em caminhada para o calçadão da rua Barão de Jundiaí. “Este contato direto com a população qualifica a discussão neste segundo turno”, lembrou Bigardi.
O presidente do PCdoB de Várzea Paulista, Junior Aprillanti
Entre os representantes das legendas que apoiam a continuidade do governo Lula estavam: Tércio Marinho, presidente do PCdoB de Jundiaí e coordenador da macrorregião; Junior Aprillanti, do PCdoB de Várzea Paulista; Alceu Bezão, PCdoB de Cajamar; Helifaz Eufrásio, PCdoB de Cabreúva; Zeca Pires, dirigente da Estadual do PCdoB; Gerson Sartori, Durval Orlato e Paulo Malerba, do PT de Jundiaí; José Joaquim Rodrigues Filho, o JJ, da Executiva Nacional do PMDB; Eduardo Pereira, prefeito de Várzea Paulista.
Paulo Malerba, presidente do PT de Jundiaí
Orlando Silva e Bigardi pedem votos para Dilma
Esquerda unida em Jundiaí e região
Bigardi recebe o carinho da população de Jundiaí
Gerson Sartori e Durval Orlato também participaram do ato
Militância do PCdoB está com Dilma contra o retrocesso
PCdoB de Itupeva marcou presença no ato
Elifax, que foi candidato a deputado estadual por Cabreúva
Povo de Jundiaí está com Dilma
Pedro Bigardi dá seu apoio a Dilma Rousseff: para o Brasil seguir crescendo com justiça social
A Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região recebeu neste sábado (23) os representantes do PCdoB da região e também representantes dos partidos coligados para uma plenária em apoio à eleição de Dilma Rousseff. O evento for organizado pelo PCdoB de Jundiaí e teve como principais destaques o deputado estadual Pedro Bigardi e o ministro do Esporte Orlando Silva.
Orlando Silva, ministro do Esporte, ressalta a importância da continuidade do governo vitorioso de Lula
Logo após o ato, militantes, representantes dos partidos de esquerda e autoridades seguiram para a rua Barão de Jundiaí, onde fizeram um corpo a corpo com eleitores. “Não podemos nem pensar em retrocesso nas eleições presidenciais. É só olharmos quanto já conquistamos em políticas públicas para o povo brasileiro, como o Pré-Sal, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e tantas coisas mais. Vamos sediar as Olimpíadas e a Copa do Mundo, algo que nunca sonhávamos em outros tempos”, destacou o deputado.
Plenária uniu os partidos de esquerda progressista de Jundiaí e região: todos juntos por Dilma Rousseff!
O ministro Orlando Silva ressaltou a importância da continuidade do governo Lula e o desempenho de Dilma no ministério. “Temos de agradecer a vitória que tivemos no primeiro turno. Nossa presidente fez a mesma votação no 1º turno que o Lula teve em 2002 e 2006. Isso mostra a grande mobilização que o Brasil teve e o reconhecimento do trabalho que o presidente Lula teve nestes oito anos”, comentou. “Conheço a Dilma e sei da capacidade dela. Como exemplo, cito que 60% da população de São Paulo votou contra o Serra porque quem conhece esse candidato sabe que não deve votar nele. Agora é hora de irmos para a rua e pedir votos para a Dilma”, ressaltou Orlando Silva.
Tércio Marinho, presidente do PCdoB de Jundiaí
Depois da plenária na Associação dos Aposentados, militantes, dirigentes do PCdoB de 19 municípios da região e representantes dos partidos coligados foram em caminhada para o calçadão da rua Barão de Jundiaí. “Este contato direto com a população qualifica a discussão neste segundo turno”, lembrou Bigardi.
O presidente do PCdoB de Várzea Paulista, Junior Aprillanti
Entre os representantes das legendas que apoiam a continuidade do governo Lula estavam: Tércio Marinho, presidente do PCdoB de Jundiaí e coordenador da macrorregião; Junior Aprillanti, do PCdoB de Várzea Paulista; Alceu Bezão, PCdoB de Cajamar; Helifaz Eufrásio, PCdoB de Cabreúva; Zeca Pires, dirigente da Estadual do PCdoB; Gerson Sartori, Durval Orlato e Paulo Malerba, do PT de Jundiaí; José Joaquim Rodrigues Filho, o JJ, da Executiva Nacional do PMDB; Eduardo Pereira, prefeito de Várzea Paulista.
Paulo Malerba, presidente do PT de Jundiaí
Orlando Silva e Bigardi pedem votos para Dilma
Esquerda unida em Jundiaí e região
Bigardi recebe o carinho da população de Jundiaí
Gerson Sartori e Durval Orlato também participaram do ato
Militância do PCdoB está com Dilma contra o retrocesso
PCdoB de Itupeva marcou presença no ato
Elifax, que foi candidato a deputado estadual por Cabreúva
Povo de Jundiaí está com Dilma
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
PCdoB de Jundiaí recebe ministro Orlando Silva para ato e caminhada em apoio a Dilma Rousseff
.
O ministro do Esporte Orlando Silva estará em Jundiaí, neste sábado (23), para participar de um ato em apoio à eleição de Dilma Rousseff à presidência da República. O evento organizado pelo PCdoB local começa com uma plenária às 9 horas, na sede da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região, e depois segue com uma caminhada pela rua Barão de Jundiaí, no Centro.
Além de Orlando Silva, que já confirmou a participação, fará parte também o deputado estadual Pedro Bigardi, eleito com quase 70 mil votos, e representantes de 19 diretórios municipais do PCdoB que integram a macrorregião.
“Estamos numa campanha de alto risco, baseada na difamação, sem aprofundamento do debate sobre os projetos que estão em jogo. Precisamos ir para a rua, ganhar mais votos para podermos continuar o processo aberto por Lula com as conquistas que o Brasil teve nestes oito anos”, destacou Bigardi.
Para o presidente do PCdoB de Jundiaí e coordenador da macrorregião, Tércio Marinho, as metas e estratégias para a reta final da campanha presidencial no segundo turno também serão traçadas neste encontro. “Nosso objetivo é defender a candidatura de Dilma e reafirmar o apoio ao seu plano de governo. Até por isso, teremos em Jundiaí, no sábado, a presença do ministro Orlando Silva, que é uma das maiores lideranças nacionais do PCdoB, e do deputado estadual Pedro Bigardi, que reafirmou sua condição de maior liderança de esquerda da região nestas eleições.”
O ministro do Esporte Orlando Silva estará em Jundiaí, neste sábado (23), para participar de um ato em apoio à eleição de Dilma Rousseff à presidência da República. O evento organizado pelo PCdoB local começa com uma plenária às 9 horas, na sede da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região, e depois segue com uma caminhada pela rua Barão de Jundiaí, no Centro.
Além de Orlando Silva, que já confirmou a participação, fará parte também o deputado estadual Pedro Bigardi, eleito com quase 70 mil votos, e representantes de 19 diretórios municipais do PCdoB que integram a macrorregião.
“Estamos numa campanha de alto risco, baseada na difamação, sem aprofundamento do debate sobre os projetos que estão em jogo. Precisamos ir para a rua, ganhar mais votos para podermos continuar o processo aberto por Lula com as conquistas que o Brasil teve nestes oito anos”, destacou Bigardi.
Para o presidente do PCdoB de Jundiaí e coordenador da macrorregião, Tércio Marinho, as metas e estratégias para a reta final da campanha presidencial no segundo turno também serão traçadas neste encontro. “Nosso objetivo é defender a candidatura de Dilma e reafirmar o apoio ao seu plano de governo. Até por isso, teremos em Jundiaí, no sábado, a presença do ministro Orlando Silva, que é uma das maiores lideranças nacionais do PCdoB, e do deputado estadual Pedro Bigardi, que reafirmou sua condição de maior liderança de esquerda da região nestas eleições.”
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
PCdoB intensifica mobilização com atividades pró-Dilma
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Por todo país, lideranças e militantes comunistas atendem ao chamado da direção nacional do PCdoB e intensificam a campanha pela eleição de Dilma Rousseff. Além de participar de ações suprapartidárias, os comitês estão preparando suas próprias ações para envolver o povo no segundo turno, mostrar as diferenças entre as candidaturas, desmascarar a boataria tucana e conquistar novas adesões.
Em reunião recente, a Comissão Política do PCdoB gaúcho definiu que a partir deste final de semana, o partido deve iniciar a distribuição de material no qual suas principais lideranças agradecem aos eleitores e convocam para que no dia 31 de outubro se confirme a eleição de Dilma Rousseff. "O Brasil não pode voltar ao passado. Há dois projetos em disputa: o que pretende fazer o nosso país avançar ainda mais, e o projeto da direita, do atraso, representado por Serra", pontuou Adalbeto Frasson, presidente do partido no estado.
Da mesma forma, o comitê de Minas Gerais emitiu resolução em que coloca: “os mineiros não podem deixar se enganar. O tucanato representa hoje as elites financeiras deste país, concentradas em São Paulo. Os mineiros, sobretudo os professores, sabem também como é importante ter um governo que dialoga com a sociedade como o governo do presidente Lula”. A nota segue chamando a militância e a sociedade pela luta pró-Dilma: “a mobilização em defesa do legado de Lula se amplia em todo o país. Lideranças importantes como Chico Buarque, Leonardo Boff e tantas outras articulam manifestos para desmascarar as mentiras e difamações que a oposição e a grande mídia alimentam”.
No Ceará, o PCdoB também segue atuante. “Estamos construindo ações descentralizadas, com manifestações em todo o Ceará. Além disso, esta nova cara, no segundo turno, dá-se devido ao maior envolvimento da militância. No primeiro turno, a campanha de Dilma era casada com a de outros candidatos. Agora, fica mais visível e passa a ser o centro do debate”, diz Carlos Augusto Diógenes, presidente estadual do partido.
Pernambuco também definiu suas atividades e também está chamando os mais diversos segmentos sociais para reforçar essa batalha. "Este é o momento de fortalecer nossa luta e nos organizarmos para alcançarmos nossos objetivos estratégicos", disse Mateus Lins, da direção estadual da UJS, que está organizando ato da juventude em apoio à presidenciável.
Depois de realizar uma grande plenária de militantes nesta quinta-feira (14), o PCdoB de São Paulo dará continuidade à mobilização pelo estado. Em reunião da direção estadual, Nádia Campeão, presidente do PCdoB-SP, lembrou que Dilma Rousseff entra no segundo turno como a candidata favorita para a disputa da presidência, “mas isso vai depender muito de como o segundo turno será conduzido, se seremos bem sucedidos em mostrar os êxitos do governo Lula, o papel que a Dilma cumpriu nesse processo, o amplo apoio político e popular que a candidatura possui e o nível de atração dos votos que foram dados à Marina”.
No Pará, o presidente Érico Albuquerque destacou que nas eleições do segundo turno para presidente e governo estadual – em que o PCdoB apoia a reeleição de Ana Julia Carepa – está em jogo dois projetos distintos. “Temos que ir de casa em casa e mostrar ao povo que não queremos a volta do neoliberalismo. Vamos ampliar a diferença em nível nacional e também aqui no Pará”. A direção do partido anunciou ainda que irá preparar material próprio para a campanha. “A nossa militância tem que mostrar de forma sensível que os governos de Dilma e Ana Julia representam o avanço, a continuidade do Bolsa Família, do Pró-Uni e de outras conquistas que o governo Lula nos trouxe”, destacou Albuquerque.
Veja a seguir algumas agendas já definidas e participe, informando-se através dos cadernos nacional e estaduais do Vermelho, na página do PCdoB e na página de Dilma Rousseff, sobre as atividades que ocorrerão.
Ceará
16/10 - Sábado
9h: Caminhada no centro de Fortaleza, com a presença do governador Cid Gomes – concentração no Cine São Luís
16h: Caminhada com as crianças – Avenida Beira Mar, concentração Náutico
17/10 – Domingo
7h: Visita às feiras de Parangaba, Messejana e A. Bezerra
8h: Carreata (Ocara, Chorozinho, Pacajus e Horizonte)
9h: Bandeiraço ma 31 de Março – governador presente
18/10 - segunda-feira
18h: reunião do governador Cid Gomes com prefeitos
19/10 – terça-feira
19h: Reunião de dirigentes partidários, juventude e mulheres com Cid
20/10 - quarta-feira
17h – Carreata em Itapipoca
21/10 - quinta-feira
8h30: café com evangélicos (com presença do governador Cid Gomes)
22/10 - sexta-feira
Reuniões regionais do governador com lideranças
9h: Limoeiro do Norte
14h30: Crato
18h: Iguatu
23/10 – sábado
Reuniões regionais do governador com lideranças
9h: Baturité
14h30: Crateús
18h: Sobral
24/10 – Domingo
9h: grande carreata em Fortaleza (mesmo trajeto que a anterior) – com a presença do governador
25/10 – segunda-feira
18h: Educação – Comunidade Universitária Pró-Dilma – Pc. da Gentilândia
Distrito Federal
16/10 – Sábado
8 horas – Corpo a corpo “Campanha Dilma e Agnelo”.
Local: Comitê Dilma e Agnelo – 707 Sul.
(Organização: Comitê Dilma e Agnelo)
17/10 – Domingo
9 horas - Corpo a corpo “Campanha Dilma e Agnelo”.
Local: Parque da Cidade / Torre de TV, Eixão Sul e Norte.
(Organização: Comitê Dilma e Agnelo. Responsável: José Luiz 99712871)
18/10 – Segunda-feira
7h30 às 8h30 – Panfletagem na parada de ônibus da Câmara dos Deputados (Esplanada dos Ministérios)
18 horas - Panfletagem na parada de ônibus da Câmara dos Deputados (Esplanada dos Ministérios)
(Organização: Organismo de Base do PCdoB no Congresso Nacional.)
19/10– Terça-feira
7h30 às 8h30 – Panfletagem na parada de ônibus do Senado Federal (Esplanada dos Ministérios)
18 horas - Panfletagem na parada de ônibus do Senado Federal (Esplanada dos Ministérios)
(Organização: Organismo de Base do PCdoB no Congresso Nacional.)
21/10 – Quinta-feira
18 horas – Bandeiraço.
Local: após o último Ministério da Esplanada.
(Organização: Organismo de Base do PCdoB no Congresso Nacional.)
Pernambuco
17/10 - domingo
9h: Plenária da Juventude no auditório do SINPRO-PE (Sindicato dos professores de Pernambuco)
Agenda de Mobilização de Rua na Região Metropolitana
Sábado (16) - Itamaracá e Itapissuma / domingo (17) - Paulista e Olinda / segunda (18) - Araçoiaba, Igarassu e Abreu e Lima / terça (19) - Jaboatão e Moreno / quarta (20) - Camaragibe e São Lourenço da Mata / quinta (21) - Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca.
18/10 – segunda
18h - Plenária do PCdoB-Recife no Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco
19/10 - terça-feira
17h: Plenária da Frente Popular de Olinda - Convento de Santa Tereza
22/10 - sexta-feira
Passeata Gigante no centro de Recife finalizada com ato político – o itinerário e horário serão divulgados nos próximos dias
São Paulo
19/10 - terça-feira
19h: Teatro Tuca (PUC) - Ato de intelectuais em apoio a Dilma
20/10 - quarta-feira
11h: caminhada das mulheres, partindo da Praça da Sé
Da redação, com informação dos colaboradores locais
Por todo país, lideranças e militantes comunistas atendem ao chamado da direção nacional do PCdoB e intensificam a campanha pela eleição de Dilma Rousseff. Além de participar de ações suprapartidárias, os comitês estão preparando suas próprias ações para envolver o povo no segundo turno, mostrar as diferenças entre as candidaturas, desmascarar a boataria tucana e conquistar novas adesões.
Em reunião recente, a Comissão Política do PCdoB gaúcho definiu que a partir deste final de semana, o partido deve iniciar a distribuição de material no qual suas principais lideranças agradecem aos eleitores e convocam para que no dia 31 de outubro se confirme a eleição de Dilma Rousseff. "O Brasil não pode voltar ao passado. Há dois projetos em disputa: o que pretende fazer o nosso país avançar ainda mais, e o projeto da direita, do atraso, representado por Serra", pontuou Adalbeto Frasson, presidente do partido no estado.
Da mesma forma, o comitê de Minas Gerais emitiu resolução em que coloca: “os mineiros não podem deixar se enganar. O tucanato representa hoje as elites financeiras deste país, concentradas em São Paulo. Os mineiros, sobretudo os professores, sabem também como é importante ter um governo que dialoga com a sociedade como o governo do presidente Lula”. A nota segue chamando a militância e a sociedade pela luta pró-Dilma: “a mobilização em defesa do legado de Lula se amplia em todo o país. Lideranças importantes como Chico Buarque, Leonardo Boff e tantas outras articulam manifestos para desmascarar as mentiras e difamações que a oposição e a grande mídia alimentam”.
No Ceará, o PCdoB também segue atuante. “Estamos construindo ações descentralizadas, com manifestações em todo o Ceará. Além disso, esta nova cara, no segundo turno, dá-se devido ao maior envolvimento da militância. No primeiro turno, a campanha de Dilma era casada com a de outros candidatos. Agora, fica mais visível e passa a ser o centro do debate”, diz Carlos Augusto Diógenes, presidente estadual do partido.
Pernambuco também definiu suas atividades e também está chamando os mais diversos segmentos sociais para reforçar essa batalha. "Este é o momento de fortalecer nossa luta e nos organizarmos para alcançarmos nossos objetivos estratégicos", disse Mateus Lins, da direção estadual da UJS, que está organizando ato da juventude em apoio à presidenciável.
Depois de realizar uma grande plenária de militantes nesta quinta-feira (14), o PCdoB de São Paulo dará continuidade à mobilização pelo estado. Em reunião da direção estadual, Nádia Campeão, presidente do PCdoB-SP, lembrou que Dilma Rousseff entra no segundo turno como a candidata favorita para a disputa da presidência, “mas isso vai depender muito de como o segundo turno será conduzido, se seremos bem sucedidos em mostrar os êxitos do governo Lula, o papel que a Dilma cumpriu nesse processo, o amplo apoio político e popular que a candidatura possui e o nível de atração dos votos que foram dados à Marina”.
No Pará, o presidente Érico Albuquerque destacou que nas eleições do segundo turno para presidente e governo estadual – em que o PCdoB apoia a reeleição de Ana Julia Carepa – está em jogo dois projetos distintos. “Temos que ir de casa em casa e mostrar ao povo que não queremos a volta do neoliberalismo. Vamos ampliar a diferença em nível nacional e também aqui no Pará”. A direção do partido anunciou ainda que irá preparar material próprio para a campanha. “A nossa militância tem que mostrar de forma sensível que os governos de Dilma e Ana Julia representam o avanço, a continuidade do Bolsa Família, do Pró-Uni e de outras conquistas que o governo Lula nos trouxe”, destacou Albuquerque.
Veja a seguir algumas agendas já definidas e participe, informando-se através dos cadernos nacional e estaduais do Vermelho, na página do PCdoB e na página de Dilma Rousseff, sobre as atividades que ocorrerão.
Ceará
16/10 - Sábado
9h: Caminhada no centro de Fortaleza, com a presença do governador Cid Gomes – concentração no Cine São Luís
16h: Caminhada com as crianças – Avenida Beira Mar, concentração Náutico
17/10 – Domingo
7h: Visita às feiras de Parangaba, Messejana e A. Bezerra
8h: Carreata (Ocara, Chorozinho, Pacajus e Horizonte)
9h: Bandeiraço ma 31 de Março – governador presente
18/10 - segunda-feira
18h: reunião do governador Cid Gomes com prefeitos
19/10 – terça-feira
19h: Reunião de dirigentes partidários, juventude e mulheres com Cid
20/10 - quarta-feira
17h – Carreata em Itapipoca
21/10 - quinta-feira
8h30: café com evangélicos (com presença do governador Cid Gomes)
22/10 - sexta-feira
Reuniões regionais do governador com lideranças
9h: Limoeiro do Norte
14h30: Crato
18h: Iguatu
23/10 – sábado
Reuniões regionais do governador com lideranças
9h: Baturité
14h30: Crateús
18h: Sobral
24/10 – Domingo
9h: grande carreata em Fortaleza (mesmo trajeto que a anterior) – com a presença do governador
25/10 – segunda-feira
18h: Educação – Comunidade Universitária Pró-Dilma – Pc. da Gentilândia
Distrito Federal
16/10 – Sábado
8 horas – Corpo a corpo “Campanha Dilma e Agnelo”.
Local: Comitê Dilma e Agnelo – 707 Sul.
(Organização: Comitê Dilma e Agnelo)
17/10 – Domingo
9 horas - Corpo a corpo “Campanha Dilma e Agnelo”.
Local: Parque da Cidade / Torre de TV, Eixão Sul e Norte.
(Organização: Comitê Dilma e Agnelo. Responsável: José Luiz 99712871)
18/10 – Segunda-feira
7h30 às 8h30 – Panfletagem na parada de ônibus da Câmara dos Deputados (Esplanada dos Ministérios)
18 horas - Panfletagem na parada de ônibus da Câmara dos Deputados (Esplanada dos Ministérios)
(Organização: Organismo de Base do PCdoB no Congresso Nacional.)
19/10– Terça-feira
7h30 às 8h30 – Panfletagem na parada de ônibus do Senado Federal (Esplanada dos Ministérios)
18 horas - Panfletagem na parada de ônibus do Senado Federal (Esplanada dos Ministérios)
(Organização: Organismo de Base do PCdoB no Congresso Nacional.)
21/10 – Quinta-feira
18 horas – Bandeiraço.
Local: após o último Ministério da Esplanada.
(Organização: Organismo de Base do PCdoB no Congresso Nacional.)
Pernambuco
17/10 - domingo
9h: Plenária da Juventude no auditório do SINPRO-PE (Sindicato dos professores de Pernambuco)
Agenda de Mobilização de Rua na Região Metropolitana
Sábado (16) - Itamaracá e Itapissuma / domingo (17) - Paulista e Olinda / segunda (18) - Araçoiaba, Igarassu e Abreu e Lima / terça (19) - Jaboatão e Moreno / quarta (20) - Camaragibe e São Lourenço da Mata / quinta (21) - Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca.
18/10 – segunda
18h - Plenária do PCdoB-Recife no Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco
19/10 - terça-feira
17h: Plenária da Frente Popular de Olinda - Convento de Santa Tereza
22/10 - sexta-feira
Passeata Gigante no centro de Recife finalizada com ato político – o itinerário e horário serão divulgados nos próximos dias
São Paulo
19/10 - terça-feira
19h: Teatro Tuca (PUC) - Ato de intelectuais em apoio a Dilma
20/10 - quarta-feira
11h: caminhada das mulheres, partindo da Praça da Sé
Da redação, com informação dos colaboradores locais
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Pedro Bigardi participa de ato do PCdoB que chama militância a lutar por Dilma contra baixaria de Serra
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Renato fala a militantes durante plenária: "Não estamos diante de uma batalha qualquer"
Quando a mesa da plenária do PCdoB se formou na noite desta quinta-feira, 14, cerca de 800 pessoas lotavam o auditório do Sindicato dos Eletricitários, em São Paulo. Vindas do interior, litoral, ABC e da própria capital, esses militantes reuniam-se para receber orientação do partido para os últimos dias que antecedem o segundo turno. Na pauta, a necessidade de se intensificar a campanha pró-Dilma Rousseff buscando combater a onda de boatos que tem sido a tônica do adversário tucano, José Serra.
“Não estamos diante de uma batalha qualquer, mas sim de uma batalha de caráter estratégico para o país. Se a vencermos, poderemos seguir adiante no grande objetivo de fazer deste um país mais forte, justo e solidário. Caso percamos essa batalha, será barrado o processo de transformação pelo qual o Brasil passa e ficará mais longe o rumo socialista”, disse Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB.
Ele alertou a militância para o que pode ter sido um dos fatores que influenciaram a ida da disputa para o segundo turno. “Quem pensa que essa guerra está ganha, está sendo ingênuo ou oportunista. Nosso inimigo não está brincando e o cenário atual exige de cada um de nós grande capacidade de luta”. O dirigente enfatizou, em referência à campanha de José Serra (PSDB) e Índio da Costa (DEM) e seus apoiadores: “essa gente não está aí para fazer campanha de alto nível, para fazer debate programático. Isso não existe para eles. O que eles fazem é baixar o nível, fazer o jogo rasteiro”.
Além de procurar o apoio dos brasileiros de maneira demagógica oferecendo, por exemplo, salário mínimo de 600 reais e aumento de 10% para os aposentados, a campanha de Serra tem procurado desgastar a imagem de Dilma Rousseff e foi este um dos pontos enfatizados pelo presidente do PCdoB. “Investem na baixaria, explorando aspectos morais para jogar o povo contra a candidata. Tentam esconder a face real de Dilma: uma mulher respeitada, capacitada, com uma belíssima biografia e figura essencial no governo Lula. Trata-se de uma campanha mórbida, atrasada”.
Comparando o governo FHC com o de Lula, Renato ressaltou: “está em curso a construção de uma grande nação; a auto-estima e a esperança do povo elevou-se, melhorou o nível de vida e de renda da população. E o que a oposição busca é dividir o país, estimular o ódio entre as pessoas”.
Para Renato, é essencial que Dilma dirija-se à população para desconstruir a campanha de que tem sido vítima. “Ela deve deixar claro que tudo o que tem sido dito é mentira, deve mostrar o jogo sujo que tem sido feito e cujo objetivo é desviar o debate programático, que é o que realmente interessa”.
O dirigente também propôs que “Lula se pronuncie à nação”, mostrando que “não podemos perder as conquistas que o país alcançou nos últimos oito anos”. E conclamou: “é preciso uma ampla mobilização popular porque precisamos conquistar os votos da maioria. Daí a necessidade de se investir em comitês amplos e representativos, reunindo religiosos, acadêmicos, intelectuais, artistas, juventude, mulheres etc. Temos de ir à luta com uma visão ampla”.
Por fim, o dirigente lembrou, sob aplausos: “o PCdoB cresce na luta e não joga a toalha no ringue. Tem experiência em todas as condições – na democracia e na ditadura; na legalidade e na clandestinidade; e quando foi preciso, pegou em armas para defender o país. É, portanto, um partido forte e que sabe lutar pelo Brasil”.
Netinho de Paula também deixou sua contribuição à militância, ressaltando a necessidade de aumentar a inserção do PCdoB na população. “Precisamos mesmo ampliar cada vez mais o partido. Meu eleitor é muitas vezes o cara que, em função de tanto sofrimento, não acredita mais na política e tem seu acalanto na música, na novela, na televisão. Temos de falar mais de perto para essa população”.
Na avaliação de Netinho, nesta fase é preciso intensificar a campanha junto ao povo. “Não podemos deixar que vença um grupo que mente, que manipula, que quer barrar o processo de mudanças que tem sido experimentado pelo país. Temos de sair daqui, hoje, para guerrear pelo nosso projeto de Brasil”.
Protógenes Queiroz seguiu na mesma direção. “Precisamos trabalhar intensamente para não permitir que aqueles que dilapidaram o Brasil, que são ladrões do dinheiro público, voltem ao governo central. Há uma campanha sórdida em andamento, o segundo turno não será fácil, mas temos militância, temos gente séria e um partido respeitado e vamos lutar contra o retrocesso”.
Protógenes: Há uma campanha
sórdida em andamento
Outro ponto alto da noite foi a participação de Leci Brandão. “Ainda existe muito, mas muito preconceito no Brasil. Conheço bem isso e sei o que Dilma está enfrentando”. Segundo ela, “é um absurdo que a mídia perca tempo, gaste papel, use artigos, editoriais, manchetes para discutir de maneira rasa, como está sendo feita, a questão do aborto, da religião, da homossexualidade como se fossem questões determinantes para a eleição. E não discute o que é essencial: o projeto. Está se nivelando o debate por baixo”.
Pedro Bigardi, que reconquistou sua vaga na Assembleia, afirmou: “estamos numa campanha de alto risco, baseada na difamação, sem aprofundamento do debate sobre os projetos que estão em jogo. Precisamos ir para a rua, ganhar mais votos para podermos continuar o processo aberto por Lula”.
A mesa do evento foi formada por Renato Rabelo, presidente do PCdoB; Walter Sorrentino, secretário nacional de Organização; Nádia Campeão, presidente do PCdoB-SP; Wander Geraldo, presidente do partido na capital; os vereadores Jamil Murad e Netinho de Paula, que concorreu ao Senado; Protógenes Queiroz, eleito deputado federal, Leci Brandão e Pedro Bigardi, eleitos deputados estaduais.
Agenda
Finalizando o ato, foi anunciada uma agenda de atividades suprapartidárias para os próximos dias, em São Paulo, para as quais os comunistas estão sendo chamados a participar. Nesta sexta-feira, 15, às 14h, acontecerá na Força Sindical um ato de apoio a Dilma focado na educação e na juventude. No mesmo dia, às 18h, acontece comício com Lula em São Miguel Paulista, na Praça do Forró. No dia 19, terça-feira, acontece um ato de intelectuais em apoio à candidata a partir das 19h no teatro Tuca, da PUC. E, no dia 20, quarta-feira, acontece uma caminhada das mulheres, partindo da Praça da Sé às 11h.
De São Paulo, Priscila Lobregatte
Renato fala a militantes durante plenária: "Não estamos diante de uma batalha qualquer"
Quando a mesa da plenária do PCdoB se formou na noite desta quinta-feira, 14, cerca de 800 pessoas lotavam o auditório do Sindicato dos Eletricitários, em São Paulo. Vindas do interior, litoral, ABC e da própria capital, esses militantes reuniam-se para receber orientação do partido para os últimos dias que antecedem o segundo turno. Na pauta, a necessidade de se intensificar a campanha pró-Dilma Rousseff buscando combater a onda de boatos que tem sido a tônica do adversário tucano, José Serra.
“Não estamos diante de uma batalha qualquer, mas sim de uma batalha de caráter estratégico para o país. Se a vencermos, poderemos seguir adiante no grande objetivo de fazer deste um país mais forte, justo e solidário. Caso percamos essa batalha, será barrado o processo de transformação pelo qual o Brasil passa e ficará mais longe o rumo socialista”, disse Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB.
Ele alertou a militância para o que pode ter sido um dos fatores que influenciaram a ida da disputa para o segundo turno. “Quem pensa que essa guerra está ganha, está sendo ingênuo ou oportunista. Nosso inimigo não está brincando e o cenário atual exige de cada um de nós grande capacidade de luta”. O dirigente enfatizou, em referência à campanha de José Serra (PSDB) e Índio da Costa (DEM) e seus apoiadores: “essa gente não está aí para fazer campanha de alto nível, para fazer debate programático. Isso não existe para eles. O que eles fazem é baixar o nível, fazer o jogo rasteiro”.
Além de procurar o apoio dos brasileiros de maneira demagógica oferecendo, por exemplo, salário mínimo de 600 reais e aumento de 10% para os aposentados, a campanha de Serra tem procurado desgastar a imagem de Dilma Rousseff e foi este um dos pontos enfatizados pelo presidente do PCdoB. “Investem na baixaria, explorando aspectos morais para jogar o povo contra a candidata. Tentam esconder a face real de Dilma: uma mulher respeitada, capacitada, com uma belíssima biografia e figura essencial no governo Lula. Trata-se de uma campanha mórbida, atrasada”.
Comparando o governo FHC com o de Lula, Renato ressaltou: “está em curso a construção de uma grande nação; a auto-estima e a esperança do povo elevou-se, melhorou o nível de vida e de renda da população. E o que a oposição busca é dividir o país, estimular o ódio entre as pessoas”.
Para Renato, é essencial que Dilma dirija-se à população para desconstruir a campanha de que tem sido vítima. “Ela deve deixar claro que tudo o que tem sido dito é mentira, deve mostrar o jogo sujo que tem sido feito e cujo objetivo é desviar o debate programático, que é o que realmente interessa”.
O dirigente também propôs que “Lula se pronuncie à nação”, mostrando que “não podemos perder as conquistas que o país alcançou nos últimos oito anos”. E conclamou: “é preciso uma ampla mobilização popular porque precisamos conquistar os votos da maioria. Daí a necessidade de se investir em comitês amplos e representativos, reunindo religiosos, acadêmicos, intelectuais, artistas, juventude, mulheres etc. Temos de ir à luta com uma visão ampla”.
Por fim, o dirigente lembrou, sob aplausos: “o PCdoB cresce na luta e não joga a toalha no ringue. Tem experiência em todas as condições – na democracia e na ditadura; na legalidade e na clandestinidade; e quando foi preciso, pegou em armas para defender o país. É, portanto, um partido forte e que sabe lutar pelo Brasil”.
Netinho de Paula também deixou sua contribuição à militância, ressaltando a necessidade de aumentar a inserção do PCdoB na população. “Precisamos mesmo ampliar cada vez mais o partido. Meu eleitor é muitas vezes o cara que, em função de tanto sofrimento, não acredita mais na política e tem seu acalanto na música, na novela, na televisão. Temos de falar mais de perto para essa população”.
Na avaliação de Netinho, nesta fase é preciso intensificar a campanha junto ao povo. “Não podemos deixar que vença um grupo que mente, que manipula, que quer barrar o processo de mudanças que tem sido experimentado pelo país. Temos de sair daqui, hoje, para guerrear pelo nosso projeto de Brasil”.
Protógenes Queiroz seguiu na mesma direção. “Precisamos trabalhar intensamente para não permitir que aqueles que dilapidaram o Brasil, que são ladrões do dinheiro público, voltem ao governo central. Há uma campanha sórdida em andamento, o segundo turno não será fácil, mas temos militância, temos gente séria e um partido respeitado e vamos lutar contra o retrocesso”.
Protógenes: Há uma campanha
sórdida em andamento
Outro ponto alto da noite foi a participação de Leci Brandão. “Ainda existe muito, mas muito preconceito no Brasil. Conheço bem isso e sei o que Dilma está enfrentando”. Segundo ela, “é um absurdo que a mídia perca tempo, gaste papel, use artigos, editoriais, manchetes para discutir de maneira rasa, como está sendo feita, a questão do aborto, da religião, da homossexualidade como se fossem questões determinantes para a eleição. E não discute o que é essencial: o projeto. Está se nivelando o debate por baixo”.
Pedro Bigardi, que reconquistou sua vaga na Assembleia, afirmou: “estamos numa campanha de alto risco, baseada na difamação, sem aprofundamento do debate sobre os projetos que estão em jogo. Precisamos ir para a rua, ganhar mais votos para podermos continuar o processo aberto por Lula”.
A mesa do evento foi formada por Renato Rabelo, presidente do PCdoB; Walter Sorrentino, secretário nacional de Organização; Nádia Campeão, presidente do PCdoB-SP; Wander Geraldo, presidente do partido na capital; os vereadores Jamil Murad e Netinho de Paula, que concorreu ao Senado; Protógenes Queiroz, eleito deputado federal, Leci Brandão e Pedro Bigardi, eleitos deputados estaduais.
Agenda
Finalizando o ato, foi anunciada uma agenda de atividades suprapartidárias para os próximos dias, em São Paulo, para as quais os comunistas estão sendo chamados a participar. Nesta sexta-feira, 15, às 14h, acontecerá na Força Sindical um ato de apoio a Dilma focado na educação e na juventude. No mesmo dia, às 18h, acontece comício com Lula em São Miguel Paulista, na Praça do Forró. No dia 19, terça-feira, acontece um ato de intelectuais em apoio à candidata a partir das 19h no teatro Tuca, da PUC. E, no dia 20, quarta-feira, acontece uma caminhada das mulheres, partindo da Praça da Sé às 11h.
De São Paulo, Priscila Lobregatte
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Pedro Bigardi participa de plenária e pede união de forças para garantir a continuidade do governo Lula
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Pedro Bigardi, único deputado de esquerda eleito por Jundiaí e região em 3 de outubro, participou na noite de quarta-feira, dia 13 de outubro, da plenária da coordenação da campanha de Dilma Rousseff, que reuniu centenas de pessoas, entre políticos e militantes da esquerda progressista. Confira abaixo o depoimento de Bigardi que, entre outras coisas, pediu união de todas as forças progressistas para garantir a eleição de Dilma e a continuidade do governo Lula.
Pedro Bigardi, único deputado de esquerda eleito por Jundiaí e região em 3 de outubro, participou na noite de quarta-feira, dia 13 de outubro, da plenária da coordenação da campanha de Dilma Rousseff, que reuniu centenas de pessoas, entre políticos e militantes da esquerda progressista. Confira abaixo o depoimento de Bigardi que, entre outras coisas, pediu união de todas as forças progressistas para garantir a eleição de Dilma e a continuidade do governo Lula.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
PCdoB sai das urnas com saldo positivo e lideranças prestigiadas
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O PCdoB fecha as eleições deste ano com o saldo de uma senadora, 15 deputados federais e 18deputados estaduais. “É um resultado bastante positivo, ainda que não tenhamos alcançado nosso objetivo pleno”, diz o presidente do PCdoB, Renato Rabelo.
A avaliação de Renato Rabelo parte da comparação com os dados de 2006, mas também com o cenário absoluto de 2010. Naquele ano, o partido elegeu 13 deputados federais e 12 estaduais; agora são, respectivamente, 15 e 18. Ao Senado, o partido havia elegido Inácio Arruda (CE) e agora, consagrou Vanessa Grazziotin a primeira senadora do Amazonas, desbancando o conservador Artur Virgílio (PSDB).
“No Rio Grande do Sul, tivemos a deputada mais votada da história do estado, Manuela D’Ávila, e elegemos um operário deputado federal, Assis Melo. Também elegemos com votação muito expressiva a vice-presidente do PCdoB, Luciana Santos, deputada federal em Pernambuco. Na Bahia, fizemos três federais e no Ceará, dois. Além disso, a gaúcha Abgail Pereira ficou em quarto lugar para senadora, com mais de 1,5 milhão de votos, e João Ghizoni teve 9% para o mesmo cargo em Santa Catarina. Estes são apenas alguns dos resultados que mostram que tivemos vitórias importantes”, explica Renato.
Apesar destes dados, o presidente do PCdoB reconhece que houve perdas. “Tivemos reveses, como no Rio de Janeiro, em que esperávamos eleger dois federais e elegemos uma, Jandira Feghali, deixando de fazer o segundo por pouca diferença. Em São Paulo, Netinho não foi eleito senador, mas por uma diferença de apenas 1,4% e enfrentou a grande máquina tucana, além de uma campanha difamatória. No Maranhão, Flávio Dino deixou de ir para o segundo turno por menos de 4 mil votos, enfrentando uma candidata forte. Chegar aonde eles chegaram foi muito positivo”. Renato Rabelo completa dizendo: “fomos capazes de lançar lideranças que mostraram sua força e que são alternativas reais em seus estados”.
Segundo Renato, além de outros motivos que devem ser levados em conta na hora de avaliar os resultados, é preciso considerar que “a campanha de Dilma Rousseff refluiu nos últimos dias e isso se reflete no conjunto das candidaturas, inclusive nas nossas”.
Ainda baseado em dados preliminares, Rabelo arrisca dizer que, do ponto de vista da esquerda, o saldo parlamentar foi positivo. “Acho que a bancada de esquerda, progressista, cresceu e a direita teve perdas consideráveis como a não eleição de Artur Virgílio (AM), Marco Maciel (PE) e Tarso Jereissati (CE), entre outros”.
Da redação,
Priscila Lobregatte
O PCdoB fecha as eleições deste ano com o saldo de uma senadora, 15 deputados federais e 18deputados estaduais. “É um resultado bastante positivo, ainda que não tenhamos alcançado nosso objetivo pleno”, diz o presidente do PCdoB, Renato Rabelo.
A avaliação de Renato Rabelo parte da comparação com os dados de 2006, mas também com o cenário absoluto de 2010. Naquele ano, o partido elegeu 13 deputados federais e 12 estaduais; agora são, respectivamente, 15 e 18. Ao Senado, o partido havia elegido Inácio Arruda (CE) e agora, consagrou Vanessa Grazziotin a primeira senadora do Amazonas, desbancando o conservador Artur Virgílio (PSDB).
“No Rio Grande do Sul, tivemos a deputada mais votada da história do estado, Manuela D’Ávila, e elegemos um operário deputado federal, Assis Melo. Também elegemos com votação muito expressiva a vice-presidente do PCdoB, Luciana Santos, deputada federal em Pernambuco. Na Bahia, fizemos três federais e no Ceará, dois. Além disso, a gaúcha Abgail Pereira ficou em quarto lugar para senadora, com mais de 1,5 milhão de votos, e João Ghizoni teve 9% para o mesmo cargo em Santa Catarina. Estes são apenas alguns dos resultados que mostram que tivemos vitórias importantes”, explica Renato.
Apesar destes dados, o presidente do PCdoB reconhece que houve perdas. “Tivemos reveses, como no Rio de Janeiro, em que esperávamos eleger dois federais e elegemos uma, Jandira Feghali, deixando de fazer o segundo por pouca diferença. Em São Paulo, Netinho não foi eleito senador, mas por uma diferença de apenas 1,4% e enfrentou a grande máquina tucana, além de uma campanha difamatória. No Maranhão, Flávio Dino deixou de ir para o segundo turno por menos de 4 mil votos, enfrentando uma candidata forte. Chegar aonde eles chegaram foi muito positivo”. Renato Rabelo completa dizendo: “fomos capazes de lançar lideranças que mostraram sua força e que são alternativas reais em seus estados”.
Segundo Renato, além de outros motivos que devem ser levados em conta na hora de avaliar os resultados, é preciso considerar que “a campanha de Dilma Rousseff refluiu nos últimos dias e isso se reflete no conjunto das candidaturas, inclusive nas nossas”.
Ainda baseado em dados preliminares, Rabelo arrisca dizer que, do ponto de vista da esquerda, o saldo parlamentar foi positivo. “Acho que a bancada de esquerda, progressista, cresceu e a direita teve perdas consideráveis como a não eleição de Artur Virgílio (AM), Marco Maciel (PE) e Tarso Jereissati (CE), entre outros”.
Da redação,
Priscila Lobregatte
Pedro Bigardi é reeleito deputado estadual com mais de 67 mil votos!
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Pedro Bigardi conquistou mais de 67 mil votos em todo o estado de São Paulo e foi reeleito deputado estadual. O PCdoB soma mais de 508 mil votos, conquistando assim duas cadeiras na Assembleia Legislativa estadual. A primeira fica com Leci Brandão, que obteve 87 mil votos. A segunda cadeira é de Pedro Bigardi.
O momento agora é de festa e alegria para Pedro Bigardi, sua família, seus apoiadores e toda a militância do PCdoB que lutou contra tudo e contra todos nos últimos meses e, graças à garra e à honestidade, levaram Bigardi a essa maravilhosa conquista para toda a população de Jundiaí e região.
O deputado estadual Pedro Bigardi agradece de coração a todos os seus eleitores que acreditaram em seu trabalho e na sua integridade!
O FUTURO DE JUNDIAÍ COMEÇA AGORA.
Muito obrigado a todos!
Pedro Bigardi conquistou mais de 67 mil votos em todo o estado de São Paulo e foi reeleito deputado estadual. O PCdoB soma mais de 508 mil votos, conquistando assim duas cadeiras na Assembleia Legislativa estadual. A primeira fica com Leci Brandão, que obteve 87 mil votos. A segunda cadeira é de Pedro Bigardi.
O momento agora é de festa e alegria para Pedro Bigardi, sua família, seus apoiadores e toda a militância do PCdoB que lutou contra tudo e contra todos nos últimos meses e, graças à garra e à honestidade, levaram Bigardi a essa maravilhosa conquista para toda a população de Jundiaí e região.
O deputado estadual Pedro Bigardi agradece de coração a todos os seus eleitores que acreditaram em seu trabalho e na sua integridade!
O FUTURO DE JUNDIAÍ COMEÇA AGORA.
Muito obrigado a todos!
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Baixaria a três dias das eleições mostra desespero dos adversários de Pedro Bigardi
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Um homem que entregava os folhetos foi encaminhado pela polícia até a delegacia. Ele afirmou que trabalha como ‘colocador de placas’ na campanha dos candidatos Ary Fossen e Luiz Fernando Machadom, do PSDB, e que recebeu R$ 50 em dinheiro para fazer o serviço.
- do blog do Pedro Bigardi
O compromisso de alguns candidatos com a campanha ‘Jundiaí com Eleições Limpas’, idealizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ficou apenas no papel.
Na madrugada desta quinta-feira (30), panfletos com montagens e acusações mentirosas contra Pedro Bigardi – o candidato mais bem aceito no município - foram apreendidos pela Polícia Militar e terminaram no 5º Distrito Policial de Jundiaí.
Um homem que entregava os folhetos na região do Grande Retiro foi encaminhado pela polícia até a delegacia. Ele afirmou que trabalha como ‘colocador de placas’ na campanha dos candidatos Ary Fossen e Luiz Fernando Machadom, do PSDB, e que recebeu R$ 50 em dinheiro para fazer o serviço.
Um boletim de ocorrência foi registrado e um processo criminal já está sendo instaurado pelo departamento jurídico da campanha de Bigardi contra aqueles que tentam desesperadamente caluniá-lo a três dias das eleições.
Por meio de um documento protocolado nesta quinta-feira à tarde, na sede da 33ª Subsecção da OAB Jundiaí, Pedro Bigardi lamentou a atitude, classificada por ele como “baixa e antiética”.
Em outro trecho, Bigardi resumiu o sentimento de todos com esta ação suja dos adversários: “Mais triste ainda é saber que pessoas que se comprometeram a zelar pelas ‘eleições limpas’ ajam desta maneira, na calada da noite, com o único propósito de tumultuar o processo eleitoral e atingir a minha candidatura”.
Uma cópia da carta foi entregue, também, para as organizações sociais que buscam compromisso com eleições limpas e que de alguma forma colaboraram para que o pleito deste ano fosse marcado pelo debate e pela conscientização política da população, como o Movimento Voto Consciente; Fórum Regional do Comércio, Indústria e Serviços (Forcis); Associação Maçônica de Jundiaí; Cúria Diocesana de Jundiaí e Cidade Democrática.
“É preciso que todos nós nos manifestemos contra este tipo de ação, que vai à contramão da democracia e dos interesses da população”, declarou Bigardi.
Um homem que entregava os folhetos foi encaminhado pela polícia até a delegacia. Ele afirmou que trabalha como ‘colocador de placas’ na campanha dos candidatos Ary Fossen e Luiz Fernando Machadom, do PSDB, e que recebeu R$ 50 em dinheiro para fazer o serviço.
- do blog do Pedro Bigardi
O compromisso de alguns candidatos com a campanha ‘Jundiaí com Eleições Limpas’, idealizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ficou apenas no papel.
Na madrugada desta quinta-feira (30), panfletos com montagens e acusações mentirosas contra Pedro Bigardi – o candidato mais bem aceito no município - foram apreendidos pela Polícia Militar e terminaram no 5º Distrito Policial de Jundiaí.
Um homem que entregava os folhetos na região do Grande Retiro foi encaminhado pela polícia até a delegacia. Ele afirmou que trabalha como ‘colocador de placas’ na campanha dos candidatos Ary Fossen e Luiz Fernando Machadom, do PSDB, e que recebeu R$ 50 em dinheiro para fazer o serviço.
Um boletim de ocorrência foi registrado e um processo criminal já está sendo instaurado pelo departamento jurídico da campanha de Bigardi contra aqueles que tentam desesperadamente caluniá-lo a três dias das eleições.
Por meio de um documento protocolado nesta quinta-feira à tarde, na sede da 33ª Subsecção da OAB Jundiaí, Pedro Bigardi lamentou a atitude, classificada por ele como “baixa e antiética”.
Em outro trecho, Bigardi resumiu o sentimento de todos com esta ação suja dos adversários: “Mais triste ainda é saber que pessoas que se comprometeram a zelar pelas ‘eleições limpas’ ajam desta maneira, na calada da noite, com o único propósito de tumultuar o processo eleitoral e atingir a minha candidatura”.
Uma cópia da carta foi entregue, também, para as organizações sociais que buscam compromisso com eleições limpas e que de alguma forma colaboraram para que o pleito deste ano fosse marcado pelo debate e pela conscientização política da população, como o Movimento Voto Consciente; Fórum Regional do Comércio, Indústria e Serviços (Forcis); Associação Maçônica de Jundiaí; Cúria Diocesana de Jundiaí e Cidade Democrática.
“É preciso que todos nós nos manifestemos contra este tipo de ação, que vai à contramão da democracia e dos interesses da população”, declarou Bigardi.
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