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O PCdoB fecha as eleições deste ano com o saldo de uma senadora, 15 deputados federais e 18deputados estaduais. “É um resultado bastante positivo, ainda que não tenhamos alcançado nosso objetivo pleno”, diz o presidente do PCdoB, Renato Rabelo.
A avaliação de Renato Rabelo parte da comparação com os dados de 2006, mas também com o cenário absoluto de 2010. Naquele ano, o partido elegeu 13 deputados federais e 12 estaduais; agora são, respectivamente, 15 e 18. Ao Senado, o partido havia elegido Inácio Arruda (CE) e agora, consagrou Vanessa Grazziotin a primeira senadora do Amazonas, desbancando o conservador Artur Virgílio (PSDB).
“No Rio Grande do Sul, tivemos a deputada mais votada da história do estado, Manuela D’Ávila, e elegemos um operário deputado federal, Assis Melo. Também elegemos com votação muito expressiva a vice-presidente do PCdoB, Luciana Santos, deputada federal em Pernambuco. Na Bahia, fizemos três federais e no Ceará, dois. Além disso, a gaúcha Abgail Pereira ficou em quarto lugar para senadora, com mais de 1,5 milhão de votos, e João Ghizoni teve 9% para o mesmo cargo em Santa Catarina. Estes são apenas alguns dos resultados que mostram que tivemos vitórias importantes”, explica Renato.
Apesar destes dados, o presidente do PCdoB reconhece que houve perdas. “Tivemos reveses, como no Rio de Janeiro, em que esperávamos eleger dois federais e elegemos uma, Jandira Feghali, deixando de fazer o segundo por pouca diferença. Em São Paulo, Netinho não foi eleito senador, mas por uma diferença de apenas 1,4% e enfrentou a grande máquina tucana, além de uma campanha difamatória. No Maranhão, Flávio Dino deixou de ir para o segundo turno por menos de 4 mil votos, enfrentando uma candidata forte. Chegar aonde eles chegaram foi muito positivo”. Renato Rabelo completa dizendo: “fomos capazes de lançar lideranças que mostraram sua força e que são alternativas reais em seus estados”.
Segundo Renato, além de outros motivos que devem ser levados em conta na hora de avaliar os resultados, é preciso considerar que “a campanha de Dilma Rousseff refluiu nos últimos dias e isso se reflete no conjunto das candidaturas, inclusive nas nossas”.
Ainda baseado em dados preliminares, Rabelo arrisca dizer que, do ponto de vista da esquerda, o saldo parlamentar foi positivo. “Acho que a bancada de esquerda, progressista, cresceu e a direita teve perdas consideráveis como a não eleição de Artur Virgílio (AM), Marco Maciel (PE) e Tarso Jereissati (CE), entre outros”.
Da redação,
Priscila Lobregatte
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