A
Comissão de Educação da Assembleia Legislativa
de São Paulo rejeitou nesta terça-feira, 16 o programa Escola Sem
Partido, onde um dos autores é o deputado estadual por Jundiaí,
Luiz Fernando Machado.
Na
noite de ontem, os vereadores e professores Rafael Purgato, Leila Casote e
Eliezer Barbosa apresentaram moção contra o projeto. Segundo Purgato,
o projeto limita a atuação do professor em sala de aula. “O
professor é responsável por contribuir com uma visão crítica para
o jovem, esse projeto tenta tirar isso do professor, é uma
criminalização da atuação do docente”, afirma.
Purgato
que é professor do ensino médio em Jundiaí analisa com preocupação
esse projeto e outros que tentam limitar as discussões e pensamentos
diferentes. “Todas as visões precisam ser discutidas e debatidas,
os professores não fazem da escola um campo de debates o tempo todo,
porém em alguns momentos isso é inevitável, pois é lá onde o
aluno passa a maior parte do tempo”.
Contrário
também ao Escola sem Partido, o secretário estadual da Educação,
José Renato Nalini, criticou nesta terça o projeto, no Jornal O
Estado de São Paulo. Para ele, o projeto vai “blindar e
homogeneizar as escolas, comprometendo o espírito crítico dos
alunos”. “Queremos, sim, que o aluno tenha espírito crítico,
ouça todas as opiniões e escolha a que melhor convier com a sua
preferência, seu talento, sua etnia e sua origem. Ninguém quer
escola blindada, escola homogênea. Homogeneidade é característica
de formigueiro e colmeia, não é de espécie humana.”
Texto:
Eliane Silva Pinto
Fonte:
Jornal O Estado de São Paulo
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