quarta-feira, 18 de maio de 2016

NOTA DE REPÚDIO AO GOLPE E ÀS MEDIDAS DO GOVERNO GOLPISTA


O Brasil vive a maior crise institucional desde 1964, na qual vemos um enfraquecimento do judiciário, um empobrecimento ético do legislativo - tudo isso na égide da imprensa tradicional -, a chamada grande mídia. 

Assim, a narrativa da ciência política já descreve esse fenômeno como um pacto jurídico-político-midiático e o PCdoB entende, também, como um consórcio golpista.

É golpe porque esse impeachment não tem base legal e é um atentado ao Estado Democrático de Direito. A presidenta Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Transformam uma crise política e uma crise econômica mundial em ferramentas para usurpar o poder. 


É um golpe hipócrita por sua motivação imediata: o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, aceitou o pedido de impeachment buscando escapar da cassação pelos crimes de que é acusado: contas secretas na Suíça, propinas, chantagens, achaques, mentiras. Seria cômico, se não fosse trágico: um personagem desses travestir-se de moralizador.


Cunha foi afastado quando já não era mais importante ao processo, pois a conspiração aconteceu por meses no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, o constitucionalista que traiu seu objeto de estudo, o sempre interino Michel Temer. E desde o dia 12 de maio só recebemos más notícias. 


A começar pela composição do ministério interino: a extinção do Ministério da Cultura, a extinção das secretarias de promoção da Igualdade Racial, da Juventude, de Promoção de Políticas Públicas para as Mulheres, a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, entre muitas coisas que vestem a roupagem de redução de gastos e atacam os direitos sociais e civis. 


Os posicionamentos de alguns ministros interinos já incomodam, pois já falaram em redução do SUS e atacaram o programa de permanência estudantil. O PROUNI, PRONATEC e FIES já foram cortados de nove faculdades, é só o começo, infelizmente. Só nos resta resistir ao consórcio golpista, buscar a reversão no senado e lutar todos os dias nas ruas. Esses dias estão valendo por anos e não vamos nos omitir.


O Comitê Municipal do PCdoB de Jundiaí se soma nessa luta e não abrirá mão dos direitos obtidos pelo povo. A presidenta eleita é Dilma Vana Roussef e vamos trabalhar para desmontar esse consórcio golpista.


Comitê Municipal PCdoB Jundiaí-SP

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