terça-feira, 10 de março de 2015

Jundiaí começa o processo de criação do Conselho LGBTT

Colocando a prática de sua política de inclusão e atendendo a demanda da população, a prefeitura de Jundiaí começa as tratativas para criar o conselho LGBTT

Na noite desta segunda-feira (9), na Casa dos Conselhos, ativistas que defendem as causas LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis) se reuniram pela segunda vez para discutir a criação do Conselho LGBT de Jundiaí. Trata-se de uma ação discutida desde 2013 pelo Governo Pedro Bigardi.

        Ativistas estão elaborando uma agenda que visa a ampliação do debate

O conselho se destinará ao enfrentamento da homo/bi/transfobia e a promoção da cidadania dos munícipes LGBTTs, e que transpasse e envolva todos os órgãos da gestão pública, além da sociedade civil organizada. No ano passado, a ONG Aliados organizou um abaixo-assinado que pedia a criação deste espaço cujo texto dizia: “com a criação de Conselho Municipal LGBTT, a cidade de Jundiaí atenderá ao disposto em nossa Carta Maior, que exalta o Principio de Isonomia, que assevera que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Atenderá, também, ao disposto na Declaração Universal dos Direitos Humanos que garante, a todos os seres humanos, os mesmos direitos e oportunidades.”  

O debate em torno deste tema está em efervescência não à toa, pois dados oficiais relatam que – só no ano de 2014 – 218 homossexuais foram assassinados. No início de março deste ano, um jovem foi espancado e acabou morrendo por ser filho de homossexuais, ou seja: não há como fazer uma política humanista sem debater a condição dos homossexuais na sociedade.  

As agressões físicas e morais ocorrem todos os dias nas ruas das cidades e nos campos do Brasil e o enfrentamento contra a homotransfobia é extremamente necessário. Para o Diretor da Casa dos Conselhos, Denilson André, esta ação casa com o perfil do Governo Pedro Bigardi. “Este governo tem priorizado o diálogo e para nós é um caminho natural atender este segmento, é obrigação do estado enfrentar os preconceitos que as minorias sociais sofrem. Os próximos passos buscam ampliar o diálogo e a realização de uma conferência onde os ativistas são os atores principais deste processo”, analisa.

Quem também esteve presente na reunião foi a coordenadora de juventude de Jundiaí, Narrinam Camargo. “A juventude tem diversas multiplicidades e a questão da sexualidade é uma delas, temos que garantir o respeito e o fim do preconceito”, disse. O vereador Rafael Purgato (PCdoB) foi o primeiro vereador a apresentar uma indicação no tema ainda em 2013.


Por Felipe Andrade

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