Colocando
a prática de sua política de inclusão e atendendo a demanda da população, a
prefeitura de Jundiaí começa as tratativas para criar o conselho LGBTT
Na noite desta segunda-feira (9), na Casa dos
Conselhos, ativistas que defendem as causas LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais
e Travestis) se reuniram pela segunda vez para discutir a criação do Conselho
LGBT de Jundiaí. Trata-se de uma ação discutida desde 2013 pelo Governo Pedro
Bigardi.
Ativistas estão elaborando uma agenda que visa a ampliação do debate
O conselho se destinará ao enfrentamento da
homo/bi/transfobia e a promoção da cidadania dos munícipes LGBTTs, e que
transpasse e envolva todos os órgãos da gestão pública, além da sociedade civil
organizada. No ano passado, a ONG Aliados organizou um abaixo-assinado que
pedia a criação deste espaço cujo texto dizia: “com a criação de Conselho
Municipal LGBTT, a cidade de Jundiaí atenderá ao disposto em nossa Carta Maior,
que exalta o Principio de Isonomia, que assevera que todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza. Atenderá, também, ao disposto na
Declaração Universal dos Direitos Humanos que garante, a todos os seres
humanos, os mesmos direitos e oportunidades.”
O debate em torno deste tema está em efervescência
não à toa, pois dados oficiais relatam que – só no ano de 2014 – 218 homossexuais
foram assassinados. No início de março deste ano, um jovem foi espancado e
acabou morrendo por ser filho de homossexuais, ou seja: não há como fazer uma
política humanista sem debater a condição dos homossexuais na sociedade.
As agressões físicas e morais ocorrem todos os dias
nas ruas das cidades e nos campos do Brasil e o enfrentamento contra a homotransfobia
é extremamente necessário. Para o Diretor da Casa dos Conselhos, Denilson
André, esta ação casa com o perfil do Governo Pedro Bigardi. “Este governo tem
priorizado o diálogo e para nós é um caminho natural atender este segmento, é obrigação do estado enfrentar os preconceitos que as minorias sociais sofrem. Os
próximos passos buscam ampliar o diálogo e a realização de uma conferência onde
os ativistas são os atores principais deste processo”, analisa.
Quem também esteve presente na reunião foi a
coordenadora de juventude de Jundiaí, Narrinam Camargo. “A juventude tem diversas
multiplicidades e a questão da sexualidade é uma delas, temos que garantir o
respeito e o fim do preconceito”, disse. O vereador Rafael Purgato (PCdoB) foi
o primeiro vereador a apresentar uma indicação no tema ainda em 2013.
Por Felipe Andrade
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