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Tércio Marinho, Presidente do PCdoB de Jundiaí, está participando da TEIA 2010 como delegado representante do Pólo Cultural Educação e Arte e da Prócultura Incubadora Cultural.
Maiores informações sobre o TEIA 2010 você pode encontrar no site oficial do evento. Clique neste link.
terça-feira, 30 de março de 2010
Secretário de Movimentos Sociais do PCdoB de Jundiaí é eleito delegado para a Conferência Nacional das Cidades
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Roberto Gonçalves de Sá, Secretário de Movimentos Sociais do PCdoB de Jundiái, foi eleito como Delegado para participar da Conferência Nacional das Cidades, que será realizada de 24 a 28 de maio em Brasília, Distrito Federal.
Durante o evento, serão apontadas e debatidas quais devem ser as mudanças necessárias para melhorar a vida da população em seus municípios. Os avanços e dificuldades para a efetiva implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) serão discutidos durante a 4ª Conferência Nacional das Cidades, com o lema "CIDADE PARA TODOS E TODAS COM GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPATIVA E CONTROLE SOCIAL".
Esta conferência dá prosseguimento a um processo iniciado em 2003, ano em que foi realizada a 1ª Conferência Nacional das Cidades e criado o Conselho das Cidades.
Roberto Gonçalves de Sá, Secretário de Movimentos Sociais do PCdoB de Jundiái, foi eleito como Delegado para participar da Conferência Nacional das Cidades, que será realizada de 24 a 28 de maio em Brasília, Distrito Federal.
Durante o evento, serão apontadas e debatidas quais devem ser as mudanças necessárias para melhorar a vida da população em seus municípios. Os avanços e dificuldades para a efetiva implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) serão discutidos durante a 4ª Conferência Nacional das Cidades, com o lema "CIDADE PARA TODOS E TODAS COM GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPATIVA E CONTROLE SOCIAL".
Esta conferência dá prosseguimento a um processo iniciado em 2003, ano em que foi realizada a 1ª Conferência Nacional das Cidades e criado o Conselho das Cidades.
terça-feira, 23 de março de 2010
Presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz (PSDB), prestigia aniversário do PCdoB e enaltece trabalho do deputado Pedro Bigardi
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Jantar comemorativo do partido reúne mais de 500 convidados e importantes lideranças do Estado
- Texto: Eliane Silva Pinto / Fotos: André Lux
Nadia Campeão, Pedro Bigardi e Barros Munhoz
O aniversário de 88 anos do PCdoB trouxe a Jundiaí grandes lideranças partidárias de diferentes siglas, além de representantes de sindicatos e entidades de todo o Estado. De acordo com os organizadores, cerca de 500 pessoas prestigiaram o evento realizado no dia 22 de março, no espaço Monte Castelo.
Presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB),
elogia o trabalho do deputado Pedro Bigardi
O anfitrião da festa, Pedro Bigardi, destacou a “dupla comemoração” da noite: os aniversários de 88 anos do PCdoB e de um ano de seu mandato na Assembleia Legislativa. “É uma honra representar um partido tão respeitado como o PCdoB, que luta pelo Brasil e pelo seu povo e dialogar com outras forças políticas, pois as divergências partidárias precisam ficar de lado em favor dos interesses da população. Prova disso é a presença de todos vocês nessa festa. Parabéns a todos nós por esses 88 anos de história”, comemorou Bigardi.
Nadia Campeão, Presidente do PCdoB de São Paulo
O deputado estadual Barros Munhoz, do PSDB, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, também prestigiou o evento. “Fiz questão de vir parabenizar o PCdoB pelos seus 88 anos e de cumprimentar o partido pelo excelente deputado que tem, Pedro Bigardi, um deputado exemplar, íntegro, competente e que engrandece a Assembleia e merece nosso respeito e admiração”, ressaltou. Segundo ele, o deputado Bigardi representa dignamente o PCdoB e a região de Jundiaí na Assembleia. “Agradeço ao PCdoB por ter enviado um deputado desse porte, dessa capacidade de realização à Assembleia Legislativa. Bigardi se sobressai pela seriedade e competência e é uma voz respeitada na Assembleia”, enfatizou. Barros Munhoz enalteceu também a atuação forte do PCdoB na Assembleia ao longo dos anos e revelou nutrir muito respeito à legenda pela forma democrática de atuar.
Convidados lotaram o salão do Monte Castelo
Para a presidente estadual do PCdoB, Nádia Campeão, a fala do presidente Barros Munhoz demonstra todo o empenho e a capacidade do deputado Pedro Bigardi. “O mandato de Bigardi superou todas as nossas expectativas e em um curto espaço de tempo o deputado se consolidou como um nome forte na Assembleia com todo o seu trabalho e sua dedicação”, afirmou.
O vereador de São Paulo Netinho de Paula
Mesma opinião compartilha o secretário de esporte de Campinas, Gustavo Peta. “O reconhecimento por parte do presidente da Asssembleia Legislativa demonstra o importante papel que o deputado Bigardi exerce no PCdoB ao comandar um mandato tão grandioso que em curto espaço de tempo consolidou seu nome como um dos mais respeitados”, acrescentou ele.
Vista geral da celebração dos 88 anos do PCdoB
O vereador Netinho de Paula falou da satisfação de trabalhar junto com o deputado Bigardi. “O Pedro é um grande amigo, foi com certeza uma grande conquista para o PCdoB. Fiz questão de vir ao evento para dar um abraço e os meus parabéns por todo o seu trabalho, tenho muito orgulho de tê-lo com companheiro de partido”, frisou.
Júnior Aprillanti, Barros Munhoz e Pedro Bigardi
Também prestigiaram o aniversários do PCdoB diversos prefeitos, secretários e vereadores do estado de São Paulo. Toninho Belini (PV), prefeito de Itapira parabenizou o aniversário e destacou a forte atuação do partido na cidade. “Desde que assumi a prefeitura de Itapira, o PCdoB é um grande companheiro nas lutas por melhorias à cidade. Tenho também acompanhado o trabalho do deputado Bigardi que vem ao encontro do prestígio do partido ao longo do tempo”, destacou ele. Para o prefeito de Capão Bonito, Júlio Galvão a sua presença no evento era uma forma de retribuir toda a ajuda do partido na cidade. “A festa foi excelente e a altura da importância do PCdoB”, ressaltou.
Célio Turino e Pedro Bigardi
Também prestigiaram o evento Célio Turino, secretário de Programas de Políticas Culturais do Ministério da Cultura; Mustafá Contursi, presidente do Sindicato de Futebol; Arialdo Boscolo, presidente da Confederação Brasileira de Clubes; Maurício Fernandez, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Esporte; Flávio Delmanto presidente do Conselho Regional de Educação Física, Eduardo Anunciato, presidente da Fenatema, Cesar Roberto Leão Granieri, Presidente do Sindiclube, entre outros convidados.
Segundo o presidente do PCdoB de Várzea Paulista, Júnior Aprillanti, a festa de aniversário do PCdoB foi muito positiva ao reunir lideranças de diferentes partidos e cidades. “Para mim é uma grande honra estar no PCdoB e participar de uma festa como essa, com presenças ilustres como a do presidente da Assembleia Barros Munhoz. Somado a isso tem o ótimo trabalho desenvolvido pelo deputado Bigardi e tudo isso nos dá mais motivação para continuar nosso trabalho”, destacou.
Jantar comemorativo do partido reúne mais de 500 convidados e importantes lideranças do Estado
- Texto: Eliane Silva Pinto / Fotos: André Lux
Nadia Campeão, Pedro Bigardi e Barros Munhoz
O aniversário de 88 anos do PCdoB trouxe a Jundiaí grandes lideranças partidárias de diferentes siglas, além de representantes de sindicatos e entidades de todo o Estado. De acordo com os organizadores, cerca de 500 pessoas prestigiaram o evento realizado no dia 22 de março, no espaço Monte Castelo.
Presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB),
elogia o trabalho do deputado Pedro Bigardi
O anfitrião da festa, Pedro Bigardi, destacou a “dupla comemoração” da noite: os aniversários de 88 anos do PCdoB e de um ano de seu mandato na Assembleia Legislativa. “É uma honra representar um partido tão respeitado como o PCdoB, que luta pelo Brasil e pelo seu povo e dialogar com outras forças políticas, pois as divergências partidárias precisam ficar de lado em favor dos interesses da população. Prova disso é a presença de todos vocês nessa festa. Parabéns a todos nós por esses 88 anos de história”, comemorou Bigardi.
Nadia Campeão, Presidente do PCdoB de São Paulo
O deputado estadual Barros Munhoz, do PSDB, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, também prestigiou o evento. “Fiz questão de vir parabenizar o PCdoB pelos seus 88 anos e de cumprimentar o partido pelo excelente deputado que tem, Pedro Bigardi, um deputado exemplar, íntegro, competente e que engrandece a Assembleia e merece nosso respeito e admiração”, ressaltou. Segundo ele, o deputado Bigardi representa dignamente o PCdoB e a região de Jundiaí na Assembleia. “Agradeço ao PCdoB por ter enviado um deputado desse porte, dessa capacidade de realização à Assembleia Legislativa. Bigardi se sobressai pela seriedade e competência e é uma voz respeitada na Assembleia”, enfatizou. Barros Munhoz enalteceu também a atuação forte do PCdoB na Assembleia ao longo dos anos e revelou nutrir muito respeito à legenda pela forma democrática de atuar.
Convidados lotaram o salão do Monte Castelo
Para a presidente estadual do PCdoB, Nádia Campeão, a fala do presidente Barros Munhoz demonstra todo o empenho e a capacidade do deputado Pedro Bigardi. “O mandato de Bigardi superou todas as nossas expectativas e em um curto espaço de tempo o deputado se consolidou como um nome forte na Assembleia com todo o seu trabalho e sua dedicação”, afirmou.
O vereador de São Paulo Netinho de Paula
Mesma opinião compartilha o secretário de esporte de Campinas, Gustavo Peta. “O reconhecimento por parte do presidente da Asssembleia Legislativa demonstra o importante papel que o deputado Bigardi exerce no PCdoB ao comandar um mandato tão grandioso que em curto espaço de tempo consolidou seu nome como um dos mais respeitados”, acrescentou ele.
Vista geral da celebração dos 88 anos do PCdoB
O vereador Netinho de Paula falou da satisfação de trabalhar junto com o deputado Bigardi. “O Pedro é um grande amigo, foi com certeza uma grande conquista para o PCdoB. Fiz questão de vir ao evento para dar um abraço e os meus parabéns por todo o seu trabalho, tenho muito orgulho de tê-lo com companheiro de partido”, frisou.
Júnior Aprillanti, Barros Munhoz e Pedro Bigardi
Também prestigiaram o aniversários do PCdoB diversos prefeitos, secretários e vereadores do estado de São Paulo. Toninho Belini (PV), prefeito de Itapira parabenizou o aniversário e destacou a forte atuação do partido na cidade. “Desde que assumi a prefeitura de Itapira, o PCdoB é um grande companheiro nas lutas por melhorias à cidade. Tenho também acompanhado o trabalho do deputado Bigardi que vem ao encontro do prestígio do partido ao longo do tempo”, destacou ele. Para o prefeito de Capão Bonito, Júlio Galvão a sua presença no evento era uma forma de retribuir toda a ajuda do partido na cidade. “A festa foi excelente e a altura da importância do PCdoB”, ressaltou.
Célio Turino e Pedro Bigardi
Também prestigiaram o evento Célio Turino, secretário de Programas de Políticas Culturais do Ministério da Cultura; Mustafá Contursi, presidente do Sindicato de Futebol; Arialdo Boscolo, presidente da Confederação Brasileira de Clubes; Maurício Fernandez, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Esporte; Flávio Delmanto presidente do Conselho Regional de Educação Física, Eduardo Anunciato, presidente da Fenatema, Cesar Roberto Leão Granieri, Presidente do Sindiclube, entre outros convidados.
Segundo o presidente do PCdoB de Várzea Paulista, Júnior Aprillanti, a festa de aniversário do PCdoB foi muito positiva ao reunir lideranças de diferentes partidos e cidades. “Para mim é uma grande honra estar no PCdoB e participar de uma festa como essa, com presenças ilustres como a do presidente da Assembleia Barros Munhoz. Somado a isso tem o ótimo trabalho desenvolvido pelo deputado Bigardi e tudo isso nos dá mais motivação para continuar nosso trabalho”, destacou.
segunda-feira, 22 de março de 2010
PCdoB Estadual comemora 88 anos do partido em Jundiaí
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O PCdoB comemora 88 anos no dia 25 de março. São 88 anos de luta em favor de um Brasi mais justo e igualitário.
A direção do PCdoB do Estado de São Paulo vai comemorar o aniversário do partido nesta segunda-feira, dia 22 de março, em Jundiaí.
O evento contará com a presença de filiados, convidados de outros partidos e personalidades do PCdoB, entre as quais o Ministro do Esporte Orlando Silva, o deputado estadual Pedro Bigardi, os vereadores de São Paulo Netinho de Paulo e Jamil Murad, o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, o Presidente Nacional do PCdoB Renato Rebelo, a Presidente Estadual Nadia Campeão, o Secretário de Esporte de Campinas Gustavo Petta, entre outros.
A comemoração vai acontecer no Espaço Monte Castelo, em Jundiaí, a partir das 19h30.
O PCdoB comemora 88 anos no dia 25 de março. São 88 anos de luta em favor de um Brasi mais justo e igualitário.
A direção do PCdoB do Estado de São Paulo vai comemorar o aniversário do partido nesta segunda-feira, dia 22 de março, em Jundiaí.
O evento contará com a presença de filiados, convidados de outros partidos e personalidades do PCdoB, entre as quais o Ministro do Esporte Orlando Silva, o deputado estadual Pedro Bigardi, os vereadores de São Paulo Netinho de Paulo e Jamil Murad, o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, o Presidente Nacional do PCdoB Renato Rebelo, a Presidente Estadual Nadia Campeão, o Secretário de Esporte de Campinas Gustavo Petta, entre outros.
A comemoração vai acontecer no Espaço Monte Castelo, em Jundiaí, a partir das 19h30.
Presidente do PCdoB de Jundiaí participa da II Conferência Nacional de Cultura
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Após três dias de debates, os participantes da II Conferência Nacional de Cultura (CNC), realizada em Brasília, elegeram as 32 prioridades que nortearão as políticas públicas para o setor. As prioridades setoriais foram aprovadas por unanimidade no plenário pela manhã.
Presente ao Centro de Convenções e Eventos Brasil 21 durante os trabalhos na tarde deste domingo, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, reafirmou o grande mérito da Conferência: promover o acesso de todos à discussão e formulação das políticas públicas. “A democracia e a inclusão têm sido uma grande preocupação do governo e do ministério da Cultura”.
As prioridades eleitas serão tratadas uma a uma, de acordo com sua natureza. Algumas poderão servir para incrementar políticas públicas já existentes, outras devem se transformar em projetos de lei para envio ao Congresso Nacional ou, ainda, integrarem ações interministeriais de estímulo a áreas afins, como cultura e educação, por exemplo.
Ao todo, foram analisadas 347 propostas pelos participantes da conferência, dentre os quais artistas, produtores culturais, investidores, gestores e representantes da sociedade de todos os setores da cultura e de todos os estados do País. Dos 883 delegados credenciados, 851 votaram por meio de cédulas nas propostas prioritárias.
A aprovação do marco regulatório da Cultura, que já tramita no Congresso Nacional, foi a proposta mais votada (754 votos). O marco é composto principalmente pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC), Plano Nacional de Cultura (PNC) e proposta de emenda constitucional (PEC) 150/2003, que vincula à Cultura 2% da receita federal, 1,5% das estaduais e 1% das municipais. A proposta também explicita o apoio à aprovação do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura), que atualiza a Lei Rouanet.
“A Conferência aponta a urgência de se construir um marco regulatório para a cultura brasileira. É uma demanda legítima da sociedade, que prioriza a agenda cultural em todas as esferas de governo. Demos um grande passo para fortalecer definitivamente a importância dessa políticas para o desenvolvimento sustentável do país”, explica a coordenadora executiva da Conferência, Silvana Meireles.
Os debates da Conferência seguiram cinco eixos temáticos: produção simbólica e diversidade cultural; cultura, cidade e cidadania; cultura e desenvolvimento sustentável; cultura e economia criativa; gestão e institucionalidade da cultura.Entre os destaques estão a formalização do trabalho na cultura, o incentivo ao ensino de arte nas escolas, o reconhecimento de um “custo amazônico” como fator que onera as iniciativas culturais devido a questões geográficas e logísticas da região – a ser incluído em editais de novos projetos -, a ampliação do acesso à internet e a necessidade de reformulação da Lei de Direitos Autorais. O marco legal para os Pontos de Cultura e a Lei Griô Nacional também estiveram entre as propostas mais votadas.
“Esse é um momento de afirmação da cultura. Esse tema não será mais subalterno. Claro que todas as outras pastas são importantes, mas nada se realiza sem cultura”, afirma Juca Ferreira, ressaltando que neste ano o ministério terá orçamento recorde, o equivalente a 1% do total de impostos arrecadados pela União. Pré-conferênciasTodos os estados realizaram suas conferências, elegendo 743 delegados ao todo. Mais de 200 mil pessoas estiveram diretamente envolvidas nas etapas estaduais e municipais. Novidade nesta edição, as conferências setoriais – 143 no total – tiveram 3.193 inscrições de candidatos a delegados. Além de deliberar, esses encontros têm o objetivo de estimular a criação e o fortalecimento de redes de agentes e instituições culturais do País.
I CNCEm sua primeira edição, em 2005, 1.192 municípios realizaram conferências, o que representou 21,42% do total das cidades brasileiras. Nesta segunda Conferência, nas etapas municipais e estaduais, observou-se um significativo avanço no processo participativo, uma vez que, de agosto a outubro de 2009, aconteceram 3.071 reuniões, ou seja, mais da metade do total dos municípios do País estiveram envolvidos.
Após três dias de debates, os participantes da II Conferência Nacional de Cultura (CNC), realizada em Brasília, elegeram as 32 prioridades que nortearão as políticas públicas para o setor. As prioridades setoriais foram aprovadas por unanimidade no plenário pela manhã.
Presente ao Centro de Convenções e Eventos Brasil 21 durante os trabalhos na tarde deste domingo, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, reafirmou o grande mérito da Conferência: promover o acesso de todos à discussão e formulação das políticas públicas. “A democracia e a inclusão têm sido uma grande preocupação do governo e do ministério da Cultura”.
As prioridades eleitas serão tratadas uma a uma, de acordo com sua natureza. Algumas poderão servir para incrementar políticas públicas já existentes, outras devem se transformar em projetos de lei para envio ao Congresso Nacional ou, ainda, integrarem ações interministeriais de estímulo a áreas afins, como cultura e educação, por exemplo.
Ao todo, foram analisadas 347 propostas pelos participantes da conferência, dentre os quais artistas, produtores culturais, investidores, gestores e representantes da sociedade de todos os setores da cultura e de todos os estados do País. Dos 883 delegados credenciados, 851 votaram por meio de cédulas nas propostas prioritárias.
A aprovação do marco regulatório da Cultura, que já tramita no Congresso Nacional, foi a proposta mais votada (754 votos). O marco é composto principalmente pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC), Plano Nacional de Cultura (PNC) e proposta de emenda constitucional (PEC) 150/2003, que vincula à Cultura 2% da receita federal, 1,5% das estaduais e 1% das municipais. A proposta também explicita o apoio à aprovação do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura), que atualiza a Lei Rouanet.
“A Conferência aponta a urgência de se construir um marco regulatório para a cultura brasileira. É uma demanda legítima da sociedade, que prioriza a agenda cultural em todas as esferas de governo. Demos um grande passo para fortalecer definitivamente a importância dessa políticas para o desenvolvimento sustentável do país”, explica a coordenadora executiva da Conferência, Silvana Meireles.
Os debates da Conferência seguiram cinco eixos temáticos: produção simbólica e diversidade cultural; cultura, cidade e cidadania; cultura e desenvolvimento sustentável; cultura e economia criativa; gestão e institucionalidade da cultura.Entre os destaques estão a formalização do trabalho na cultura, o incentivo ao ensino de arte nas escolas, o reconhecimento de um “custo amazônico” como fator que onera as iniciativas culturais devido a questões geográficas e logísticas da região – a ser incluído em editais de novos projetos -, a ampliação do acesso à internet e a necessidade de reformulação da Lei de Direitos Autorais. O marco legal para os Pontos de Cultura e a Lei Griô Nacional também estiveram entre as propostas mais votadas.
“Esse é um momento de afirmação da cultura. Esse tema não será mais subalterno. Claro que todas as outras pastas são importantes, mas nada se realiza sem cultura”, afirma Juca Ferreira, ressaltando que neste ano o ministério terá orçamento recorde, o equivalente a 1% do total de impostos arrecadados pela União. Pré-conferênciasTodos os estados realizaram suas conferências, elegendo 743 delegados ao todo. Mais de 200 mil pessoas estiveram diretamente envolvidas nas etapas estaduais e municipais. Novidade nesta edição, as conferências setoriais – 143 no total – tiveram 3.193 inscrições de candidatos a delegados. Além de deliberar, esses encontros têm o objetivo de estimular a criação e o fortalecimento de redes de agentes e instituições culturais do País.
I CNCEm sua primeira edição, em 2005, 1.192 municípios realizaram conferências, o que representou 21,42% do total das cidades brasileiras. Nesta segunda Conferência, nas etapas municipais e estaduais, observou-se um significativo avanço no processo participativo, uma vez que, de agosto a outubro de 2009, aconteceram 3.071 reuniões, ou seja, mais da metade do total dos municípios do País estiveram envolvidos.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Grande mídia organiza campanha contra candidatura de Dilma
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Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.
- por Bia Barbosa, na Agência Carta Maior
Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500,00 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo.
Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). E dedicou boa parte das suas discussões ao que os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.
A explicação foi inicialmente dada pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas. Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas.
“Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário anti-democrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente a diversidade política no PT. E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba”, acredita. “O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV”, diz.
A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium. Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. Por esta atitude, Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão – um direito a que, acreditam, o PT também é contra.
“O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos”, declarou o filósofo Denis Rosenfield. “A idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão”, completou Magnoli.
O tal ataque
Para os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos em iniciativas do governo Lula, em projetos com o da Ancinav, que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado “autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante” pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país.
“Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais. Mas o governo não desiste. Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a Conferência Nacional de Comunicação defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa”, avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco.
“Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo”, lamenta Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que faz questão de assumir que Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. “A guerra da democracia do lado de cá esta sendo perdida”, disse, num momento de desespero.
O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranqüilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o Presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também. “Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável”, garantiu.
Mas não adiantou. Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda.
“O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos. E a escolha do militante vai até a morte. (...) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa”, explica.
O “risco Dilma”
Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do Presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de Dilma Rousseff. A análise é simples: ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.
“O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança. Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos”, afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor. “Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”, alerta Jabor.
Para Denis Rosenfield, ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de idéias em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançado pelo governo no final do ano passado. “Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer”, afirma. “Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante”, admite.
Hora de reagir
E foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira. Sair da abstração literária e partir para o ataque.
“Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é que a Dilma vença”, alertou Demétrio Magnoli.
“Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.
“Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”, prevê Reinaldo Azevedo.
Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500,00 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira.
Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.
- por Bia Barbosa, na Agência Carta Maior
Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500,00 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo.
Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). E dedicou boa parte das suas discussões ao que os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.
A explicação foi inicialmente dada pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas. Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas.
“Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário anti-democrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente a diversidade política no PT. E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba”, acredita. “O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV”, diz.
A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium. Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. Por esta atitude, Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão – um direito a que, acreditam, o PT também é contra.
“O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos”, declarou o filósofo Denis Rosenfield. “A idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão”, completou Magnoli.
O tal ataque
Para os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos em iniciativas do governo Lula, em projetos com o da Ancinav, que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado “autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante” pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país.
“Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais. Mas o governo não desiste. Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a Conferência Nacional de Comunicação defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa”, avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco.
“Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo”, lamenta Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que faz questão de assumir que Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. “A guerra da democracia do lado de cá esta sendo perdida”, disse, num momento de desespero.
O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranqüilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o Presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também. “Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável”, garantiu.
Mas não adiantou. Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda.
“O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos. E a escolha do militante vai até a morte. (...) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa”, explica.
O “risco Dilma”
Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do Presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de Dilma Rousseff. A análise é simples: ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.
“O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança. Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos”, afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor. “Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”, alerta Jabor.
Para Denis Rosenfield, ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de idéias em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançado pelo governo no final do ano passado. “Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer”, afirma. “Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante”, admite.
Hora de reagir
E foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira. Sair da abstração literária e partir para o ataque.
“Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é que a Dilma vença”, alertou Demétrio Magnoli.
“Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.
“Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”, prevê Reinaldo Azevedo.
Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500,00 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira.
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