quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Edgar Borges Júnior analisa o discurso de um jovem Tucano

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- por Edgar Borges Júnior, Historiador e Secretário de Juventude do PCdoB Jundiaí

Um dos exercícios mais interessantes que realizávamos na faculdade de História era analisar o discurso e os escritos de uma pessoa, a luz de sua posição no mundo, e ver como o seu lugar social influenciava em suas opiniões acerca de diversos assuntos.

Assim, é possível tirar desta análise idéias e princípios que estejam disfarçados no texto e conseguir apreender como funciona o pensamento daquele grupo o qual o autor do texto pertence.

Ao topar com um artigo publicado no Blog Mais Atitude!, do jovem tucano Márcio Ferrazzo, já proeminente dentro do PSDB e que ocupa o cargo de Assessor Especial da Juventude na Prefeitura do Município (governada desde 1993 pelo PSDB), resolvi fazer o referido exercício.

O artigo é pautado por curtas notas acerca de vários assuntos, e duas interessam ao nosso estudo. Irei transcrevê-las e depois analisá-las:

"Idéias ao ar livre

Insisto que os mecanismos tradicionais de participação política não darão conta do enorme desafio de mobilizar a sociedade para de fato participar. Os partidos políticos tomaram de assalto os sindicatos, as entidades estudantis, os movimentos sociais, enfim, e desvirtuaram suas causas. Por isso, iniciativas como o portal “Cidade Democrática”, destinado à livre manifestação por parte dos cidadãos acerca dos problemas da cidade, podem — caso de fato resistam à sanha dos que, lobos em pele de cordeiro, se enveredam na caça aos votos — contribuir para os novos ares de que tanto necessitam nossos pulmões.

Política sem massa encefálica

A comunidade de Jundiaí no orkut é um exemplo clássico de ar rarefeito para o arejar de idéias. A predominância é de internautas radicais, que só por serem ligados aos partidos de oposição, revestidos de bordões como PIG (Partido da Imprensa Golpista), nutrem verdadeira raiva pelo PSDB. Cheguei a postar com freqüência, até cometi excessos movido pelo ambiente inóspito, hoje acompanho de longe e volta e meia eles chamam para a briga, feito moleques, questionando a minha ausência."


Eis aí os dois excertos do artigo do jovem tucano. Eis o link para a consulta de todo o artigo:
http://marcioferrazzo.blogspot.com/2009/11/coluna-do-jornal-da-cidade.html

Infelizmente nós, historiadores, muitas vezes não conseguimos produzir textos inteligíveis e curtos. O cabedal de conhecimento por nós acumulado não permite que uma análise de discurso seja feita em dois parágrafos. O processo é lento, gradual e longo. Vamos a ele.
A primeira frase do artigo “Idéias ao ar livre” (título interessante para o artigo, que se relaciona com os ares que necessitam alguns pulmões) é das mais reveladoras do discurso de um tucano. “Insisto que os mecanismos tradicionais de participação política não darão conta do enorme desafio de mobilizar a sociedade para de fato participar”. A priori, como discordar de que novos mecanismos que aproximem a política do cidadão se fazem necessários? Ainda mais a luz das novas tecnologias de comunicação e informação trazidas pelo advento da internet, claro esta que novas formas de mobilização da sociedade para a participação política não só são necessárias como também plenamente possíveis. Só ao final do artigo é que o autor vai esboçar como poderia ser essa forma inovadora de participação. Prossigamos.

A segunda frase é a chave para entender como funciona o discurso tucano: “Os partidos políticos tomaram de assalto os sindicatos, as entidades estudantis, os movimentos sociais, enfim, e desvirtuaram suas causas”. Trocando em miúdos, não deixa de ser um resmungo, típico de FHC: como a mensagem que nós, tucanos, temos a transmitir para a sociedade não é aceita por essas entidades (a não ser alguns sindicalistas pelegos de quando o FHC era presidente) e outras idéias trazidas por outros partidos são melhor aceitas pelos sindicatos, movimento estudantil e movimentos sociais como o MST, então o caminho é desqualificar as entidades. Elas teriam se afastado de suas lutas históricas e foram cooptadas por partidos com interesses outros. Contudo, quando o PSDB estava no poder, nunca se preocupou em atender minimamente os anseios dessas organizações, a não ser para cooptar lideranças das formas que todos podem imaginar e acabar com as lutas dessas instituições. Basta dizer que em oito anos de presidência FHC nunca recebeu a UNE para conhecer e negociar suas pautas. Agora, como essas entidades estão totalmente afastadas do tucanato, partem pra desqualificação: a UNE que recebe verba pública ou da Petrobras, criam CPI pra criminalizar os sem-terras quando estes invadem terras griladas da União. Mas nunca se preocuparam em atender de forma séria e respeitosa as reinvidicações destas entidades.

Vamos então para o final do 1º artigo. O autor saúda um mecanismo onde a população pode participar enviando propostas e apontando problemas da cidade para um site que reúne as sugestões e de onde se espera que o poder público consulte e realize alguns daqueles apontamentos. E faz o alerta supremo: “podem — caso de fato resistam à sanha dos que, lobos em pele de cordeiro, se enveredam na caça aos votos — contribuir para os novos ares de que tanto necessitam nossos pulmões”. De alguma forma, não deixa de ser uma precaução: se os movimentos citados acima estão todos afastados do PSDB, o mesmo pode ocorrer com o Cidade Democrática.

Aqui, cabe relatar uma situação da qual participei. Em torno de 2007, a comunidade “Jundiaí”, no Orkut, discutia diversos problemas da cidade, até que os participantes resolveram se encontrar pessoalmente, em happy-hours, para se conhecer e levar aquela discussão para o “mundo real”. E isso chamou a atenção da mídia da cidade, que foi cobrir os encontros. Um dos pontos mais discutidos era a Câmara Municipal, em especial o horário de sua sessão, manhãs de terça-feira, impossibilitando maior participação popular. O presidente da Câmara na época, o tucano Luis Fernando Machado, chamou o grupo para se reunir com ele e ouvir o que tínhamos a dizer da Câmara. No encontro, no plenário da Casa de Leis, fomos presenteados com um tomo com as constituições federal e estadual e um livrinho com o regimento interno da Casa. O encontro foi ameno e ele explicou que estudava votar um novo regimento, onde os horários da sessão e das audiências públicas iriam para as noites, ainda que isso acarretasse maior gasto com eletricidade e hora-extra dos funcionários da Câmara. E isso iria para votação, para apreciação de seus pares, e caberia à sociedade pressionar os vereadores para que as mudanças fossem consumadas. Aquela legislatura acabou e esses temas nunca foram votados.

Após algum tempo, aquele grupo perdeu força. Todos tinham que se dedicar as suas atividades profissionais e a política acabou ficando pro Orkut mesmo, como forma de passatempo. Mas o episódio me ensinou algo muito valioso: ainda que novas formas de mobilização sejam louváveis, só fazendo a luta dentro da instância indicada, um partido político, é que se pode levar a cabo as mudanças que se entende como necessárias a sociedade, conquistando as instâncias de poder dentro de eleições democráticas. Fui convidado para ingressar no PC do B da cidade e agora ocupo um cargo na executiva do partido (secretário de Juventude), onde tenho a percepção de que é um caminho mais propício para realizar as mudanças que ensejo. Pessoas organizadas sem uma bandeira partidária podem até ter as melhores das intenções, mas bastam algumas manobras do poder público para que o grupo se enfraqueça ou que sua legitimidade seja questionada. Se isso não ocorrer com o Cidade Democrática e outros projetos do gênero que existem na cidade, como a ONG Voto Consciente, muito melhor pro município de Jundiaí.

Voltando ao artigo de nosso amigo tucano. A idéia parece interessante: cidadãos reunidos em torno de um site apontam problemas e propostas e o poder público local se coloca para consultar o site e resolver essas questões. Fica a pergunta: será que esses gestores públicos tomarão a atitude de consultar tal ferramenta e dar uma resposta aos cidadãos que lá participam?

Para finalizar com esse primeiro artigo, diria ao tucano para dormir tranqüilo. O pessoal que cuida do Cidade Democrática é crescido e maduro o suficiente para não cair nas garras desses homens maus que tem interesses eleitoreiros. E se um dia essas pessoas resolverem ingressar em algum partido político para realizar as mudanças que consideram necessárias, devem ter esse seu direito respeitado. Ainda que novas ferramentas de mobilização sejam necessárias, a instância legítima para a luta política ainda são os partidos.

O segundo artigo é sobre essa comunidade Jundiaí no Orkut que já citei. Ele coloca essa instância como local de ar rarefeito para o arejar de idéias. Provavelmente, um lugar onde pulmões que de ar precisam não irão encontrá-lo, pra relacionar com idéias do artigo anterior. Um local sem massa encefálica, como diz o título. E a causa disso seriam internautas radicais. O termo radical vem do latim radix, que significa raiz. Mas raiz existe em diversos contextos. Plantas tem raiz. Matemática tem raiz. As palavras também tem raiz. Problemas também tem suas raízes. O que seria, então, um internauta radical? Alguém que navega na internet 24 horas por dia? Ou alguém que usa o teclado do computador como shape de skate para fazer manobras radicais numa pista para a prática desse esporte? Mas ele logo define o seu radical: “internautas radicais, que só por serem ligados aos partidos de oposição”.

Aí esta. Para o tucano, ser radical é pertencer a um partido de oposição. Quem é filiado ao PSDB, Democratas ou PPS seria o que então? Um internauta moderado?

Então, ele coloca que nós, radicais da oposição, nos revestimos de bordões para expressar nossa raiva do PSDB. De minha parte, não nutro nenhuma raiva do PSDB, apenas me dou ao direito de não gostar do que esse partido defende. Não tenho ódio de FHC, Serra ou Miguel Haddad, para citar a política local, apenas não gosto do projeto que eles representam. Não costumo fazer muito uso de bordões, apenas quando quero me fazer entender facilmente e sei que o bordão é amplamente conhecido. Chamar os filiados do PSDB de tucanos é um destes casos.

O tucano deveria se perguntar não o porquê de internautas radicais da oposição terem raiva do PSDB (se é que esta raiva existe), mas sim porque o povo brasileiro não concorda com o projeto que eles apresentam. Retiro da Folha Online:

“No Brasil, 64% quer maior controle do governo na economia
A pesquisa feita a pedido da BBC em 27 países e divulgada nesta segunda-feira revelou que 64% dos brasileiros entrevistados defendem mais controle do governo sobre as principais indústrias do país. Não apenas isso: 87% dos entrevistados defenderam que o governo tenha um maior papel regulando os negócios no país, enquanto 89% defenderam que o Estado seja mais ativo promovendo a distribuição de riquezas.”

Pois é. Não são internautas radicais que tem raivinha do PSDB. O povo é que não se vê contemplado dentro do projeto neoliberal que o PSDB apresenta, como mostra essa pesquisa recém divulgada.

Óbvio que dentro de uma comunidade do Orkut, pessoas se aproveitam da liberdade que o mundo virtual promove para destilar veneno e agir imaturamente contra esta ou aquela agremiação política, esta ou aquela pessoa, conforme o tipo de participação que cada um tem no universo virtual. O autor deveria ter citado alguns episódios dos quais ele participou no Orkut e saiu chamuscado, para contextualizar o seu resmungo. Cito três.

Há alguns meses, o tucano, que tem seu trabalho na prefeitura através de um cargo de comissão, foi por mim questionado por postar em rede social (Orkut) para defender seu partido em horário que o mesmo deveria estar dando expediente, já que era pago com dinheiro público. Me atacou, dizendo que eu estava baixando o nível do debate (pois vários outros internautas radicais passaram a questioná-lo), como se questionar a maneira como um funcionário público gasta seu tempo de trabalho seja baixar o nível da discussão, mas passou a respeitar o horário de expediente público para postar na comunidade. O outro episódio é mais complexo.

Ocorreu uma ação policial na maior favela de Jundiaí, o São Camilo, tomada pelo tráfico e pelo PCC (cujo eufemismo é facção que age dentro e fora dos presídios, para todos acharem que o PCC acabou) onde policiais e promotores públicos de fora da cidade afirmaram que a situação só chegou ao ponto de exigir interferência externa porque o poder público não se fez presente naquela comunidade (lembrete: PSDB governa Jundiaí desde 1993). Até a apresentadora do jornal local da TV Tem, afiliada da Globo, questionou o prefeito por ele ter sumido durante dias e não explicar o que pretendia para o local. Pois bem, começamos a discutir o assunto na comunidade, onde afirmei que o São Camilo não tinha creches. O tucano em questão veio me desmentir, de maneira peremptória, dizendo que haviam duas creches municipais no local. Fui ao site da Prefeitura de Jundiaí ver a lista de creches e não constava nada sobre o São Camilo. Postei isso na comunidade, e Márcio Ferrazzo veio com o nome de duas creches que ficariam no local. Entrei novamente no site, nesta lista, e vi que as duas creches estavam localizadas em dois bairros diferentes. Utilizando o Google Maps, vi que as duas creches eram relativamente próximas ao São Camilo, mas não estavam nessa comunidade (na verdade, estariam no bairro que conhecemos como Vila Aparecida, aqui em Jundiaí, e que foram subdivididos ao longo dos anos). Para confirmação final, liguei nas duas creches, perguntando as secretárias que atenderam se as mesmas ficavam no São Camilo, e ambas disseram: não é no São Camilo, mas é próximo. Desmentido por mim, o tucano iria fazer suas aparições de forma cada vez mais rarefeita, até sumir por completo da discussão daquela comunidade.

Para ser justo com o Márcio Ferrazzo, houve um episódio no Orkut em que algumas pessoas foram realmente injustas em sua crítica contra ele. Ele veio relatar o sucesso do show Reencontro, que ele promoveu e realizou na Sala Glória Rocha, e alguns mais exaltados o criticaram de maneira infantil e injusta. Apontei esses erros naquele tópico e elogiei o Márcio pela idéia e o parabenizei pelo sucesso do evento. Criticar é parte do processo de discussão da política ou de qualquer outro assunto, mas quando alguém que é de um campo político oposto realiza algo relevante, não é feio elogiar. Apenas se é justo procedendo dessa maneira.

De qualquer forma, entendo que isso não configura um motivo realmente forte para que se abandone o debate público naquela ferramenta (Orkut), já que é uma comunidade que conta com mais de 20 mil membros e é a rede social mais popular do Brasil e vez ou outra ganha às páginas dos jornais locais, como citei acima.

Mas não deixa de ser exemplar da maneira de proceder dos tucanos. Como não tiveram sucesso em engessar e imobilizar as discussões naquela comunidade (e coloco no plural, pois o Márcio não é o único comissionado a se manifestar por lá) agora se repete o processo de desqualificação da ferramenta, povoada de “internautas radicais, ligados aos partidos de oposição”. Como se fazer parte de um partido político desqualificasse o cidadão para as discussões públicas. Como ocorreu de os tucanos estarem sendo amplamente questionados naquela comunidade, pois vários destes comissionados se colocaram a disposição para defender seu partido e o governo de Jundiaí e agora não dão conta de responder todos os questionamentos com qualidade, parte-se para a desqualificação do espaço e de todos os que pretensamente são internautas radicais. Bastante ilustrativo do modus operandi tucano em qualquer escala.

3 comentários:

  1. Gostei muito de sua análise para se compreender as mensagens subliminares em torno do pensamento tucano, pois refletem o caráter da esfera social a que pertencem de maneira a sutilmente "embelezarem" com discursos "modernistas de uma elite burguesa que faz sempre o possível para perpetuar homogeneamente seus caprichos herdados ao invés de colocar em transparência discussões filosóficas e a ciência política social com vistas ao estabelecimento democrático elencado popularmente.
    Oxalá possamos ampliar sempre com tais exemplos analíticos a discussão social para restabelecermos o equilíbrio social em suas diferenças.
    Parabéns ao Camarada Edgar

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  2. Getulio Venancio Junior25 de novembro de 2009 às 04:17

    Edgar

    Em um trecho do seu texto você associa a filiação partidária à possibilidade de realização de mudanças: mas será isto realmente bom? Mesmo com partidos ideológicos (o seu é um deles) estando mais próximos ao poder é possivel fazer as mudanças positivas que podem acabar por serem barradas por membros de partidos "fisiológicos" que também compartilham este poder? E quando pessoas que buscam mudanças mas acreditam que a filiação partidária (mesmo em partidos ideológicos) acabam por engessar estas mudanças? Abrem mão de suas convicções e filiam-se a algum partido, cruzam os braços já que correm o risco das "manobras do poder público para que o grupo se enfraqueça ou que sua legitimidade seja questionada" tenham sucesso? Ou arregaça as mangas, e vai fazer o melhor possível?

    Com relação à pesquisa que você incluiu no seu texto: Não estou questionando a legitimidade da pesquisa, mas sim a capacidade de pessoas "educadas" em tempos de Progressão Continuada e "formadas" em Unibans da vida em comparar o Estado Interventor que você defende, o Estado regulador (que ao meu ver é o ideal), do "laizez-faire" (se eu me lembro bem é assim que se escreve) que os tucanos querem nos empurrar guéla abaixo.

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  3. Getúlio,

    considero a filiação partidária positiva sim, pois ainda é a instância legítima de participação política efetiva. Ainda que a pessoa partilhe da ideologia política do PSDB ou do Dem, acho que é melhor ela se filiar a um desses partidos e lutar para que as mudanças que ela acredita sejam postas em prática do que se alienar da política ou viver apenas reclamando e dizendo que o Lula é um analfabeto. E isso vale pra qualquer partido.

    Com relação as mudanças que ensejamos serem engessadas pelos partidos fisiológicos, vejo a questão de uma maneira histórica: as forças progressistas no Brasil só tiveram vez quando se aliaram a esse centro fisiológico, hoje dentro do PMDB. Idealmente, seria legal poder não precisar deles pra governar o país, mas o fato é que essas forças do atraso são muito poderosas ainda. Então, é melhor avançar 10 passos e voltar 4, com esse centrão, do que não avançar nada. E lutar para que a força progressista tenha poder suficiente para um dia largar esse atrasp pra trás. Mas como a história nos mostra, essas mudanças são lentas.

    A questão destes cidadãos que se envolvem em torno de uma causa, sem filiação partidária, é complexa. Óbvio que esse tipo de ação é legítima, mas vai falar isso pro Julião, do PSDB, aqui da Câmara de Jundiaí? O nobre vereador vive questionando a legitimidade das ações do voto consciente, por exemplo. Acho ótimo que eles tenham força para resistir a esse tipo de coisa, pois a sua maneira estão cobrando ações do poder público. Mas acho que ficar tomando essas traulitadas de maneira recorrente podem sim fazer alguns desanimar, o que seria péssimo. Antes que isso me acontecesse, me filiei ao PcdoB.

    A pesquisa: entendo seu questionamento. Realmente o grosso da população não conseguiria formular essa idéia de maneira refinada. Mas quando lembramos das campanhas da mídia pelo estado mínimo, associando isso ao PSDB, FHC, Serra e Democratas e vendo que a população, em sua maioria, desaprova essa forma de conduzir o estado, óbvio que a associação com quem pensa o contrário disso, um estado forte e atuante, vai pra cima do PT, Lula, PSB, PDT e PcdoB, que se contrapõe ao estado mínimo no debate público. Então, os mais simples devem fazer a associação: estado mínimo = PSDB, FHC e Serra e estado forte e atuante = PT, Lula e os partidos que citei. Então, confrontados com a pesquisa, ainda que sem o cabedal de conhecimentos para dissecar o assunto, acabam indo pra aquele que associam com as melhorias em sua vida, qual seja: PT, Lula = estado mínimo, então é disso que eu gosto.

    Obrigado pelas perguntas e a chance de desenvolver novas idéias.

    Edgar Borges Júnior

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